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• Bebê • Pablo Martíns Páez Gavira. •eu-lele23 _________________________________________
- Calma, eu tô ligando a água. - Digo para uma bebê de 4 meses, enquanto eu espero a água da banheira encher.
Eu estou tendo que cuidar da minha filha sozinho, já que a mãe dela teve que ir ao hospital. Isso não seria um problema, não seria se eu soubesse cuidar de um bebê sozinho, mas eu não sei.
Ah, porque você não liga para a sua mãe ou irmã?
Elas vão achar que eu não sei cuidar da minha própria filha. Eu não sei, mas só eu saber disso, já tá bom.
E com essa decisão de não ligar para elas, que eu estou com uma criança cheia de bosta pelo corpo e chorando desesperadamente.
- Será que é só colocar na água? Será que tem que limpar primeiro? - Digo para mim mesmo, mas escuto o choro mais forte de Luiza e vou até ela. - Vai ser assim mesmo.
Pego Luiza no colo, - com cuidado, já que a mesma era banhada na merda - levo ela para o banheiro e a coloco na água.
- Graças a Deus. - Digo assim que percebo que o chora já parou. - Meu Deus... - Digo ao ver que a sujeira que estava nela, está na água da banheira.
Percebi que ia ter que tirar ela da banheira, então, preferi dar banho de chuveirinho mesmo. O que ela não gostou, pois ficou chorando a banheiro inteiro, mas agora tá limpa.
[...]
- Pronto, agora está cheirosa. - Digo dando um cheiro no pescoço de Luiza. - O que eu tenho que fazer agora? - Digo e pego o meu celular, pois fiz uma lista de tudo que tinha que fazer.
Mas nesse meio tempo que eu estava no celular, Luiza saiu rolando pela cama até a berada, mas consegui pegar antes que ela caísse.
- Você não para, né? - Digo pegando ela no colo para descer para o andar de baixo.
- Quer dá uma volta lá fora?
[...]
- Sai fora, cara. - Digo para o cachorro que estava pulando em mim. - Olha o que você fez, porra. - Digo assim que Luiza começa a chorar.
- Não é pra latir. - Digo e o cachorro começa a latir para Luiza. - Caralho, mano, você é surdo?!
- Calma, ele não vai fazer nada. - Tiro a mesma do carrinho e a pego no colo. - Aí, caralho. - Digo para o cachorro que mordeu minha perna.
- Desculpa, ele saiu correndo. - Diz um cara que, provavelmente, veio correndo, pois tava ofegante.
- Coloca uma coleira nele, mano. - Digo e cara concordo com a cabeça e sai com o cachorro.
- Vamos para a casa, né. Não foi uma boa sair. - Digo enxugando as lágrimas dela e a ponho de volta no carrinho.
[...]
- Vou preparar sua mamadeira. - Digo a colocando encima da bancada da cozinha.
- Pronto. - Tiro a mamadeira do microondas e me viro para Luiza. - Luiza...
Ela tinha virada todo o pote de farinha encima de si mesma.
- Você ainda acha graça, né. - Digo vendo a mesma dando risadinhas e brincando com a farinha. - Isso que você nem anda, imagina quando andar. - Pego a mesma e a levo para tomar outro banho.
[...]
- Você chegou. - Digo abrindo os olhos e vendo que Laura, mãe de Luiza e minha mulher, chegou.
- O dia foi cansativo, é? - Ela pergunta pergunta pegando Luiza, que estava dormindo ao meu lado, no colo.
- Muito. - Digo e Laura solta um risada. - Ela não para.
- Eu entendo bem. Pode descansar aí. - A mesma me dá uma selinho. - vou levar ela pra o quarto. - Eu só concordo com a cabeça e volto a fechar os olhos e não demora muito para eu quase dormir.
- Pablo! Porquê a banheira da Luiza está toda suja?!
- Puta merda... _________________________________________
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