• Ferran Torres García.
• Palavrões.
•ferr_265
_______________________________________- Se comporta, tá? - Digo para Sophie que não estava nada feliz em ter que entrar na escola.
- Não, eu quero ir pra casa. - Ela diz batendo o pé e fazendo cara de brava.
- Você já faltou ontem, Sophie. É para se comportar. - Digo e dou um beijo na testa da mesma, que resmunga alguma coisa, mas entra na escola.
[...]
Acabou de voltar do treino e assim que sento no sofá, meu celular começa a tocar.
Resmungo irritando, pois o celular estava na minha mochila e eu estava com preguiça de levantar, mas, mesmo assim, me levanto e pego a aparelho.
- Quem é? - Atendo sem nem ver o nome de quem me ligou. Apenas atendi e me joguei no sofá, novamente.
- Olá. É o responsável da aluna Sophie Torres, certo? - A pessoa na ligação diz e me sento certo, assim que ele diz o nome da minha filha.
- Sim, é ele. Aconteceu alguma coisa? - Digo preocupado.
- Não aconteceu nada com a aluna em si, fique tranquilo. Mas o senhor poderia vir aqui? - O mesmo diz e eu concordo, desligando a ligação.
O que essa menina fez agora, mano?
[...]
- Olá, tudo bem? - Entro na sala que um funcionário me levou e, de cara, já vejo Sophie com uma carinha de brava e os braços cruzados.
A mesma escutou a minha voz e se virou para mim, saído da cadeira e me pedindo colo.
- Olá. Se sente, por favor. - Eu me sento em uma cadeira na frente do mesmo, com minha filha no meu colo.
- Bom, o que aconteceu para ter me ligado? - Pergunto e o mesmo começa a falar.
- Bom, eu tive algumas reclamações de professores, dizendo que a sua filha estava falando "Palavras feias", na sala de aula. - O mesmo diz, fazendo, com as mão, as aspas. - Como não foi só um professor que fez essa reclamação, eu fui falar com Sophie, e a mesma direcionou algumas dessas palavras para mim. - O mesmo termina de falar e eu fico sem reação.
- Nossa, que estranho. Ela nunca falou nenhum palavrão em casa.
- Eu imagino que pode ter sido coisas que ela ouviu em casa ou na rua. Mas espero que o senhor converse com a mesma para que isso não se repita. - O mesmo diz, se levantando e eu faço o mesmo.
- Claro, irei conversar com ela. - Nós despedimos e eu escolhi levar ela embora.
[...]
- Por que ficou falando isso? - Digo quando já estamos no carro. - Sabe que é feio, e você ainda falou para o diretor, Sophie. Onde vc aprendeu isso? Pois eu não sou de falar essas coisas.
- Fala sim, pai, e muito.
- Não falo.
- Pai...
_
- Ah, que caralho. - Digo assim que derrubo uma xícara.
__- FILHA DA PUTA! - Digo assim que o perco no FIFA para Rafinha.
__- VAI TOMAR NO CU, CARALHO!
__- PORRA.
__- ARROMBADO!
__- SEU MERDA DO CARALHO!
-
- Ok, mas isso não conta. - Digo saindo dos meus pensamentos. - Não fala mais essas coisas, tá?
- Mas você vai parar também? - ela diz, jogando isso para mim também.
- Tá, vamos parar os dois. - Digo e tive uma ideia para fazer ela não falar mais palavrão. - Quam falar palavrão, vai ter que fazer o que o outro quer, mas vai ser o dia inteiro. Pode ser? - Digo e estendo a mão para a mesma apertar.
- Tá bom. - Ela junta nossa mãos. - Agora vamos pra casa, pai.
- Vamos. - digo e começo a dirigir.
______________________________________• Sophie Torres.
• Ferran Torres.