- Não vai dormir, não? - Katharine, minha filha, pergunta. A mesma estava no batente da porta. Nem tinha percebido quando ela chegou.
- Se suas irmãs deixarem. - Digo, colocando uma das bebês que estava em meu colo, sentanda no chão. - Quem deveria estar dormindo, é você.
- Acordei quando elas acordaram chorando, mas ainda não consegui dormir. - Apenas concordo com a cabeça.
- Tem aula amanhã, não? - Kath confirma com a cabeça. - Foi mal. Eu não estou conseguindo fazer elas dormirem.
- Não tem problema. - A mesma se senta na minha frente, no chão. - Eu posso ajudar.
- Vai dormir, filha. Você tem aula amanhã. - Na real, hoje, pois já passou de meia noite. - E ontem você já faltou, me ajudando a cuidar delas.
- Pai, é inevitável isso. Eu moro com você e quando você tem que ficar com as minhas irmãs, eu vou ajudar. - Elas diz e pega uma película das gêmeas. - Eu quero ajudar.
- E quem se prejudica na escola, é você.
- Eu sou uma ótima aluna, e não vai ser dois dias de falta que iram me prejudicar. Relaxa. - Concordo e ficamos ali rindo e brincando com as gêmeas até que elas dormissem.
[...]
- Já deu a comida para elas? - Katharine diz, vindo com os carrinhos das gêmeas.
- Olha para mim e refaz essa pergunta. - Digo e estico os braços para o lado. Eu estava tentando dar uma papinha de banana para elas, antes de irmos até a casa de minha mãe. Mas acho que elas não estavam com muita fome, pois a mais "velha", Koraline, deu um tapa no pratinho dela, fazendo cair toda comida em cima de mim. Kamily, a mais nova, foi no embalo, fazendo o mesmo com seus prato.
- Prefiro não perguntar nada. - Katharine pega os pratinhos e talheres jogados no chão. - Vai tomando um banho, que eu vou tentar dar a comida. - Concordo e vou me banhar.
[...]
- Cadê a Kath? - Minha mãe pergunta assim que eu entro em sua casa e me sento no sofá. - Ela não quis vir?
- Não, ela veio. - Olho em volta, a procura da mesma. - Estava bem atrás de mim.
- Será que ela ainda está no carro? - Coloco a mão na cabeça e me levanto do sofá, rapidamente.
- Eu acho que tranquei ela e as gêmeas no carro. - Minha mãe arregala os olhos.
- Meu Deus, Rúbens! Logo nesse calor!? - A mesma diz e vai até a porta de casa, abrindo-a.
Olho pela janela do carro e, mesmo não dando para ver muito, eu a vejo com uma feição irritada.
Graças a Deus as gêmeas estão distraídas com alguma coisa que estava no celular de Katharine.
- Olá, meu amor. - Digo assim que abro a porta do carro.
- Não vem com essa de "meu amor". - Kath diz brava. - Você nos trancou no carro, em um calor do caramba!
- Desculpa, filha. Eu estava distraído. - Digo pegando uma das gêmeas.
- Como você esquece suas filhas dentro um carro? - Minha mãe diz fechando a porta do carro.
- Isso não é bem metade do que eu sofro na mão dele. - Kath diz e começa a andar em direção a casa. Arqueio as sobrancelhas com essa mentira dita.
- Sua pai é terrível. - Minha mãe diz, entrando na onde de minha filha. As duas me deixaram carregando as duas crianças, enquanto iam na minha frente, falando mal de mim.
[...]
- Por que você deu isso a elas? - Pergunto rindo. As gêmeas estavam ficando agitadas, então demos uns brinquedos para elas. Mas minha mãe acabou dando uma bixiga com farinha, que Katharine fez no tédio.
- Não foi eu. - Ela diz rindo, com a mão na testa. - Kath deixou perto delas e elas pegaram.
- Pai, olha suas filhas. - Katharine diz gargalhando alto. A mesma estava rindo da cara suja de farinha das gêmeas, fazendo as mesmas rirem.
- Minha nossa. - Digo e solto alta gargalhada. ________________________________________
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