Capítulo 34

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Eu voltei para o quarto e logo veio a assistente social e a enfermeira empurrando o bercinho com a neném dentro. Ela ainda usava a mantinha e a toquinha do hospital.

XX: Oi mamãe... Eu sou a Olivia... – a assistente social a pegou no colo e passou para os braços da Rafa.

Rafa: Oi garotinha... Oi filha... Bem vinda Olivia eu sou sua mãe. Seu papai está no Japão agora, mas está dando um jeito de vir embora correndo pra te conhecer. – a beijou – Que bom que você chegou filha – a beijou muito emocionada. Eu me emocionei também, ela era linda. A enfermeira falou sobre ela, perguntou sobre a amamentação a ajudou a se posicionar e dar o peito e ela estava encantada. Ela pegou direitinho. Eu registrava tudo. Logo veio outra enfermeira para ajudar no banho, ela explicou tudo pra dela depois ela a secou e vestiu a filha e a pegou no colo novamente. Uma mulher foi lá conversar com ela, psicóloga, um amor de pessoa, foi uma conversa muito bonita, a assistente junto, acabaram me incluindo já que eu estava a acompanhando.

XXX: É mãe?

Eu: Sim... Tenho cinco filhos. Três biológicos e dois de coração.

XXX: Como foi seu processo de adoção? Foi aqui nos Estados Unidos?

Eu: Não. Eu moro no Brasil, tenho negócios aqui. Eu era casada a pouco tempo com a minha esposa, estávamos prestes a começar o tratamento para fertilização e minha esposa conheceu duas crianças numa situação muito triste. Um menino de 5 anos e a irmãzinha de 3 anos. Debilitados, passando fome, abaixo do peso, desnutridos. Os pais eram viciados em drogas, tentou vender as crianças a troco de drogas.

XXX: Oh meu Deus.

Eu: Foi muito triste. Minha esposa ficou muito ligada a eles, não queria que eles fossem separados, então me chamou para conhece-los e foi amor a primeira vista. Nós nos demos bem no primeiro olhar. Hoje eles estão com 17 e 15 anos, Hugo e Helena, são meus amores. Tenho a Laura de 13 anos, o Samuel de 05 anos e a Ana Julia de 1 ano e 7 meses. A adoção deles foi rápida pelo caso extremo que eles viviam, era um perigo extremo, então os pais foram para reabilitação, eles ficaram numa espécie de carceragem por um tempo, eles foram acusados de homicídio, mas depois de um tempo foi provado que eles não tinham responsabilidade no crime. Eles abriram mão dos dois, porque não tinham condições de cria-los e os familiares também não tinham, então nós duas os adotados. O processo inteiro demorou cerca de um anos até ser concluído, nunca foi reclamado então o juiz do caso deu a nós o direito.

XXX: Lá é bem complexo né?

Eu: Sim.

XXX: O caso da Olívia, a genitora desde o inicio disse que não poderia arcar com as despesas da menina, que não teria meio de sustento e que queria encontrar uma família pra ela. A mãe já tem 7 filhos que ela sustenta com ajuda de ong's e inclusive soube a alguns dias que ela corre risco de perder a guarda deles, porque ela não tem condições de manter, saúde, segurança, alimentação para tantas crianças. O pai está na cadeia é um homem perigoso. É triste a situação mas o bem estar das crianças é essencial. – ela explicou muitas coisas. A moça do cartório já fez ali a certidão de nascimento da Olivia. Seu nome era Olivia Mendes Ziegler filha de Rafaella Mendes Ziegler e Paul Joshuá Ziegler. Ela sairia dali com a certidão de nascimento dela. A genitora abriu mão total assinando a documentação de doação direta aos dois. Logo fomos embora, eu fui dirigindo e a Rafaella foi atrás com ela. No transito eu olhava as duas e ela encarava a filha apaixonada. Logo entrei na garagem do prédio dela e descemos do carro. Subimos para o apartamento eu abri a porta e ela entrou.

Rafa: Essa é a sua casa filha, seja muito bem vinda. – ela tinha olhos azuis, eram lindos, pouquinho cabelo, ela era toda pequenininha. Subimos para o quarto dela e ela começou a chorar e chupar a mão.

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora