Capítulo 171

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Eu: Se você quiser, assim que chegarmos no Rio a gente vai na minha advogada e assina o divórcio. Mas eu não vou aceitar brigar de novo por causa da cobra da sua mãe Natalie. Ouviu tudo que eles disseram não ouviu? Eles estavam lá comigo, eles presenciaram tudo que ela disse, cada gesto dela, cada feição horrorosa que ela fez pronunciando tudo isso. Agora cabe a você tomar a decisão que você quiser. Mas eu não vou engolir sua estupidez por mentiras da sua mãe. Bati sim e bato de novo se ela falar dos meus filhos como ela falou hoje. Está passando mal no hospital? Por mim que morra, porque se fosse comigo, ela estaria lá agora tentando desligar os aparelhos. Já ouvi muita coisa da sua mãe e fiquei calada pra te poupar, pra evitar piorar tudo e você já ouviu muitas coisas e não fez nada, em nome dessa fé cega que você tem nela. - falava calma, baixo e com dor. 

Nat: Ela não disse nada disso... Ela só disse que você a agrediu por causa da casa, ela não mencionou nada disso – chorava.

Eu: Será porque né Natalie? Será porque? - suspirei - Eu vou dormir, eu não estou me sentindo bem. Boa noite, até amanhã. – deitei e apaguei o abajur. Ela deitou em seguida. Nós duas choramos, sem falar nada uma com a outra. Eu acordei no meio da madrugada vomitando, eu não estava me sentindo bem. Fui checar minha pressão e estava alta, meu braço esquerdo estava dormente. Eu liguei pra Solange minha médica.

Solange: Alô?

Eu: Doutora Solange, desculpa a hora, aqui é Priscilla Pugliese.

Solange: Oi Priscilla, não tem problema eu estou de plantão. Aconteceu alguma coisa?

Eu: Eu não estou me sentindo muito bem desde a tarde de ontem, acho que viu tudo que aconteceu aos meus filhos.

Solange: Sim eu vi, espero que estejam bem.

Eu: Sim, vão ficar. Eu estou enjoada, acabei de levantar e vomitar, meu braço esquerdo está dormente e formigando, meu peito está doendo, minha pressão está 180/140.

Solange: Onde você está?

Eu: Eu estou em Búzios minhas filhas ainda estão no hospital.

Solange: Ok. Você está sozinha?

Eu: Não, minha esposa está dormindo.

Solange: Acorde a sua esposa e vá para o hospital agora Priscilla, você pode está enfartando. Se acalma e peça ajuda ok? Tem algum hospital próximo?

Eu: Estou hospedada na Rua da Santa Casa local.

Solange: Ok, eu vou ligar pra lá e dizer que você está indo tá?

Eu: Tá... – desliguei. Eu sai do banheiro e chamei a Natalie. – Natalie... Natalie... – ela não acordou – Natalie... – a sacudi.

Nat: Oi? – abriu os olhos e acendeu o abajur. – O que foi?

Eu: Me leva ao hospital agora...

Nat: O que foi? O que você? – levantou assustada.

Eu: Eu posso estar enfartando agora.

Nat: Tá... Eu só preciso colocar uma roupa em 30 segundos – ela se trocou, e eu fui de pijama mesmo não conseguia me trocar. Ela bateu na porta do César e do Eduardo. Os dois levantaram correndo achando que era a Duda.

Eduardo: O que foi?

Nat: A Pri... Ela está enfartando, preciso leva-la ao hospital. – o Eduardo pegou o roupão vestiu, pegou a Pri no colo e entrou no elevador comigo. Ele dirigiu até o hospital que era no fim da rua e desceu pedindo uma cadeira de rodas. Um médico veio junto a Solange já tinha ligado. Logo lá colocaram aparelho de pressão em mim, oxímetro e me levaram para uma sala. Eu me colocaram num eletrocardiograma. Me deram 3 comprimidos para mastigar e ficaram falando comigo para que eu não apagasse. Logo já colocaram um acesso e uma medicação, um anticoagulante em mim.

XX: Priscilla, como se sente?

Eu: Mais confortável... Mas estou cansada.

XX: Foi um principio de infarto. Já te medicamos a tempo. Essa medicação agora vai ajudar a se sentir melhor ok? Vai ficar tudo bem. Você passou por muita coisa nas ultimas horas, você tem uma arritmia cardíaca importante, mas conseguimos pegar a tempo tá?

Eu: Ta... Obrigada. – eu não ia morrer. Por um momento eu achei que fosse morrer. Eu não demorei muito a dormir. 

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora