Na quinta foi aniversário de Helena. A gente saiu para jantar, a namorada foi e os pais dela também. Foi uma noite bem gostosa. Ela não quis festa, e ela e a Duda vão para Cabo Frio no fim de semana para comemorarem o aniversário dela. A Helena está numa fase bem tranquila da vida dela, enquanto a um ano atrás ela vivia o caos a tristeza, a angústia. Ela só quis um jantar em família e viajaria com a Duda. Hugo estava e não estava feliz ao mesmo tempo, com a faculdade, e claramente estava muito desconfortável com alguns trotes que vinham acontecendo desde o primeiro dia. Na sexta feira tinha uma festa a tarde, e todos os calouros tinham que ir e ele me ligou antes de ir falando que não estava confortável com isso, eu falei pra ele não ir, e ele disse que era obrigatório. Senti meu filho estranho, pressionado, inquieto. Eu liguei pra Natalie por volta de 15 horas conversei sobre a ligação do Hugo e ela disse que ele passou a semana toda angustiado, falando sobre sair da faculdade e aquilo me surpreendeu porque ele estava muito animado com o curso dele, e quando começou, com o passar dos dias ele ficou apagado com a faculdade, desanimado, triste. Eu entrei para uma audiência que durou cerca de 2 horas e senti um calafrio um arrepio estranho, minha cabeça doeu, eu me senti muito esquisita na hora, senti uma tontura e todos os meus pensamentos por alguns segundos foram para o meu filho. O caso logo foi encerrado e eu sai da sala de audiência, eu precisava ligar pra ele para saber se estava tudo bem. Quando entrei na minha sala o telefone tocou, meu celular tinha ficado carregando.
Eu: Oi Nádia?
Nádia: Doutora, é a dona Natalie no telefone, ela está muito nervosa.
Eu: Pode passar. – ela passou. – Natalie?
Nat: Amor... O Hugo... – soluçava – O nosso filho.
Eu: O que foi Natalie? O que aconteceu? – meu coração disparou.
Nat: Ele foi trazido em estado grave para o Barra Dor, eu acabei de chegar aqui eu não sei o que aconteceu ainda, eu não tenho noticia de nada ainda pelo amor de Deus, vem pra cá – chorava muito. Eu comecei a tremer, me deu uma dor no peito que foi algo surreal.
Eu: Eu estou indo, fica calma... – desliguei peguei minha bolsa, minha pasta e sai. – Nádia, cancela minha audiência de amanhã ou transfere pra minha mãe. Ela conhece o caso. Meu filho está no hospital em estado grave eu preciso ir pra lá.
Nádia: Meu Deus... Tudo bem doutora.
Eu: Avisa a doutora Lohana por favor. – corri para o meu carro e sai feito uma bala dali. Era sexta feira, fim da tarde, o transito estava um verdadeiro inferno. Eu não chegava nunca no hospital. Quando eu cheguei lá, era só caos. Muitos pais estavam ali desesperados, nervosos, gritando, chorando. Parecia um cenário de guerra. Avistei a Natalie andando de um lado para o outro, ela estava com a nossa vizinha Silvia. – Natalie...- ela me olhou e veio me abraçar chorando muito. – O que aconteceu? – eu estava apavorada. – O que está acontecendo aqui? O que aconteceu com nosso filho?
Silvia: Um trote muito mal sucedido acabou em tragédia Priscilla. Alguns alunos morreram, outros estão em estado grave. – tentava manter a calma.
Eu: O... O meu filho? – minha voz quase não saia – Ele... Ele está vivo não está?
VOCÊ ESTÁ LENDO
A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESE
FanficMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 36 anos sou juíza estadual e tutora universitária de uma universidade particular no Rio de Janeiro, moro numa numa cobertura no Leblon no Rio de Janeiro. Eu sou casada com Natalie Kate Smith Pugliese, ela...