Capítulo 19

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Boa noite pessoal tudo bem? O que estão achando da história? 

Vou fazer os posts de amanhã, agora porque eu não estou me sentindo muito bem não vou conseguir ficar acordada até meia noite e amanhã, meu notebook vai pra assistência pra instalar um programa que estou precisando então não sei que horas vou pegar. Então já vou postar ok?

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Logo a gente subiu para o terraço da sala de cima que tinha uma lareira era uma sala aberta então acendemos a lareira abrimos o blindex deixando toda a área aberta de frente ao mar e nos sentamos. Ficamos ali conversando amenidades, fazendo planos e surgiu a oportunidade de falar sobre o caso da Helena.

Rafa: E a Helena o que você queria falar?

Eu: A Helena como deve ter notado, ela está bem abaixo do peso dela, e ela hora come muito, hora come pouco, só que quando ela come muito, ela está induzindo o vomito e sempre que faz isso vem acompanhado de um grande ataque, uma agressividade, uma ofensa.

Rafa: A quanto tempo ela faz isso? Você sabe?

Eu: Eu notei a uns dois meses...

Nat: Mas eu notei a uns quatro meses ou mais. Só que agora está muito mais frequente, principalmente a agressividade dela depois disso.

Rafa: Ela tem um quadro clássico de bulimia, e de fato eu notei que a Helena está bem mais magra do que deveria. Ela não tem o biotipo que engorda que fica acima do peso e ela é uma bailarina. Eu recomendo primeiro que ela busque ajuda com um psicólogo porque ela precisa antes de tudo, reconhecer que ela está doente. Que ela precisa de ajuda, porque só eu, ou vocês falarem não vai mudar o que ela está fazendo com ela mesma. Ela não reconhece que é uma doença, ela não reconhece que está fazendo mal. Só que na maioria dos casos, a bulimia e a anorexia, tem um motivo para existir, tem um gatilho. Precisam buscar o gatilho dela e tentar intervir de alguma maneira.

Nat: O ballet... Eu acho que o gatilho dela é o ballet. Ela fala o tempo todo que não existe bailarina gorda, que o ballet é a vida dela desde pequena. Eu acho que a origem disso é o ballet.

Rafa: Então vão até a fonte e descubra, com cuidado, sem invadir, para que isso não se torne uma ofensa a ela, a professora de ballet ou seja lá quem for. – ela nos iluminou muito aquela noite. Ficamos até de madrugada ali conversando e logo fomos dormir. Aqueles dias ali foram bem divertidos, com a família com os amigos. Minha mãe ligou conversamos um pouco. Minha sogra que me odeia, e ligou também, meu sogro está com Alzheimer precoce e a minha sogra não sabe como lidar e não para de ligar um segundo pra Natalie. Basta ela ficar um dia sem ligar que a mãe dela desespera, isso porque os outros dois filhos são os médicos da família. Natalie ficava triste, porque era uma maneira da mãe dela sufoca-la.

NATALIE NARRANDO...

Caos... Era assim que nossa vida era nos últimos tempos... Meu filho foi batido na máquina de lavar e quase morreu. No mesmo dia minha filha passou mal e se esfolou toda e levou pontos no queixo. Meus filhos mais velhos tem uma mãe biológica que eu achei que estivesse morta devido o estado que ela se encontrava quando as crianças foram para o abrigo e ela cai de balão no Rio de Janeiro numa audiência com a Priscilla juíza do caso. A Helena com problemas alimentares e eu tenho certeza que a professora de ballet dela é o gatilho. Eu tenho muito filho. Minha família tinha negócios fora do país, e agora que meu pai adoeceu, eu que cuidava de tudo praticamente sozinha. Eu tentei evitar essa viagem para NY até onde deu, mas eu tive que encarar e pra isso a Priscilla ia ter que cuidar dos nossos filhos sozinha, coisa que ela nunca fez na vida. A Pri tem uma rotina pesada de trabalho e isso de certa forma vem prejudicando o convívio familiar e nosso relacionamento também, e talvez se aproximar mais dos filhos nessas férias que ela tirou, seja bom pra ela. Além de juíza ela é tutora de uma faculdade particular no curso de direito. A tutoria é online mas isso também tomava tempo. Eu estava desmamando a Ana Júlia aos poucos, pra poder viajar tranquila sem ela sofrer por falta do peito. A Rafa com a Lohana apareceram em Angra com a Soso, ficaram uns dias lá com a gente. Aproveitamos para conversar com a Rafa sobre a Helena, pedimos conselhos a ela e ela nos orientou bastante. Priscilla conheceu a namorada do Hugo e ficou brava por saber que ele namorava a oito meses e ela não sabia de nada disso. No fim tudo ficou bem, ela gostou da menina, mas com reservas, Priscilla sendo Priscilla. Voltamos para o Rio, eu tinha que viajar no dia seguinte e a noite eu dei mama pela ultima vez. Eu já conversava com a Ana Júlia sobre isso, explicava que ela já era uma mocinha e tinha que mamar só na mamadeira, e ela parecia entender isso.

Eu: Filha, esse é seu ultimo tetê na mamãe tá? Agora você é mocinha e você mama só na mamadeira. Não tem mais tetê. – estava mais difícil pra mim que pra ela. Ela mamou bastante nos dois peitos. Deu tchau para o tetê e me abraçou. Não demorou muito e ela dormiu – Eu te amo filha, te amo muito. – a beijei e a coloquei no berço. Fui pra cama já chorando.

Pri: O que foi? – perguntou preocupada.

Eu: Ela mamou pela ultima vez e deu tchau para o tetê. – soluçava.

Pri: Oh meu Deus, está mais difícil pra você que pra ela né?

Eu: É... – soluçava. Me abraçou.

Pri: Amor, ela vai ficar bem. Ela tem quase 2 anos, e ela mama porque você oferece. – me deu um beijo.

Eu: Eu sei... eu tenho que me acostumar – ri.

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora