Eu: Ah é isso... Então todos esses anos, esse é o problema? A sua filha é lésbica demais pra você aceitar? – aquilo me doeu de uma forma absurda. – Quer dizer que seus netos então você dispensa um sentimento falso é isso?
Mãe: Não. Eu amo meus netos, são seus filhos. Eu recebi o Hugo e a Helena com todo meu coração, eu amo a Laura, o Samuel e a Ana Julia. Mas eu não consigo amar a Priscilla, eu não consigo entender que você se casou com uma mulher. – chorava nervosa. – Você se relacionar com mulher, tudo bem, mas se casar, assinar o nome dela, eu não consigo entender isso e você deveria ser um pouco mais compreensiva comigo.
Eu: Você não está fazendo o menor sentido mãe. E nossa relação acaba aqui. Não chega perto dos meus filhos. Eu vou ver meu pai, vou cuidar dele sempre que for preciso, mas não chega perto de mim e nem dos meus filhos, nunca mais. – peguei minhas coisas e sai. Fui chorando até a casa do meu irmão e por coincidência minha irmã estava lá. Meu sobrinho filho dela brincava com o meu sobrinho filho do Kevin.
Kevin: Nat? O que houve? – eu o abracei caindo no choro.
Emilly: Hei... O que aconteceu?
Eu: Eu não dou conta mais... Eu rompi com a mamãe. – contei tudo a eles e eles me ouviam atentamente.
Kevin: A mamãe é inacreditável.
Emilly: Isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde Natalie. Não tem conversa com ela. Ela é uma copia piorada da vovó, você sabe disso. Cheia de preconceitos, cheia de loucuras, de manias. Você aguentou até demais.
Eu: Não dá mais. Eu pensei muito durante essa viagem e eu não posso mais fazer isso. Eu tenho 5 filhos eu tenho uma esposa, eu tenho um trabalho, tudo isso me toma muito tempo e eu não posso ficar deixando tudo de lado pra fazer as vontades da mamãe porque ela me obriga a isso, por odiar o amor da minha vida.
Kevin: Vai ter que contar pra Priscilla.
Eu: Como? Como eu vou chegar pra minha esposa e falar pra ela que a minha mãe odeia ela porque ela é casada comigo e ela não queria me ver casada com mulher alguma? Como que eu faço isso sem magoar a mãe dos meus filhos?
Emilly: É difícil, mas ela é madura e vai entender.
Eu: Eu espero que sim. – eu fui pra casa, tinha que cuidar do jantar. A Maria tinha deixado adiantado então eu só coloquei a lasanha no forno, fiz uma salada e enquanto a lasanha assava eu tomei um banho e desci. Laura dava comida pra Juju que ela já tinha esquentado. Logo eu a levei para escovar os dentinhos coloquei um pijama nela e coloquei um desenho pra ela assistir. A Pri chegou, a gente jantou sem conversar, e ela não parava de me encarar. Ela foi colocar os pequenos na cama e eu fui deitar. Escovei os dentes e deitei começando a chorar. Não demorou muito ela entrou fez o mesmo e sentou na cama.
Pri: Natalie? Está tudo bem?
Eu: Sim, só estou com dor de cabeça. Apaga a luz por favor.
Pri: Tem certeza? Brigou com a sua mãe?
Eu: A gente sempre briga. Mas não quero falar disso agora.
Pri: Tudo bem. – apagou a luz me deu um beijo no rosto – Boa noite, eu te amo.
Eu:Boa noite, eu te amo. –eu não dormi um segundo.
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A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESE
FanficMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 36 anos sou juíza estadual e tutora universitária de uma universidade particular no Rio de Janeiro, moro numa numa cobertura no Leblon no Rio de Janeiro. Eu sou casada com Natalie Kate Smith Pugliese, ela...