Capítulo 147

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Oi pessoal... Estamos perto do fim, mas intenso hein...

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NATALIE NARRANDO...

O Marcos está perseguindo a Priscilla e obvio que isso tinha dedo da Rosana. Essa mulher consegue ser burra de todas as maneiras, e eu ainda tente manter a civilidade, mas com ela realmente não dá. Afastou o Hugo e a Helena por burrice, e agora piorando tudo com o ex marido no encalço da Pri e dos nossos filhos. E com isso, perdemos nossa liberdade. Um dia antes da nossa viagem eu fiquei irritada porque eu até na porta do consultório médico os dois patetas que me arrumaram ficaram. Só faltaram entrar e ficarem lá olhando para o meio das minhas pernas. Era patético. A Pri foi trabalhar ela tinha audiência e quando ela chegou, parecia triste, baqueada. Ela teve um pesadelo de madrugada que me assustou muito. Conseguimos sair de casa no horário e embarcarmos. No avião conversamos sobre o pesadelo. A questão da gestação do Samuel foi muito difícil pra gente, mas principalmente pra Priscilla. Ela é uma mulher muito forte, durona, mas quando se tratava do gestação dela, ela se tornava a pessoa mais frágil do mundo. Foi uma gravidez muito difícil, de muito medo, de muita dor, de muita insegurança, e o parto foi apavorante, a incerteza da vida dela e do nosso filho. Ela realmente ficou mexida. A gente chegou no nosso destino, tinha um transfer até o hotel e o lugar era realmente lindo. A vista do nosso quarto era maravilhosa. Escolhemos uma suíte dupla, que era separada por uma porta, assim o Samuel e a Ana Julia ficariam lá e mais perto de nós. O Hugo ia dormir em outro quarto com a Mali, a Laura e a Helena ficariam em outro quarto.

Pri: Olha que vista incrível amor.

Eu: É lindo demais aqui. – a abracei por trás.

Pri: Está cansada?

Eu: Um pouquinho. Mas estou com fome.

Pri: Então vamos descer pra jantar, dar um banho nas crianças e colocar todo mundo na cama.

Eu: Vamos. – dei um beijo nela – Te amo.

Pri: Te amo. – a gente desceu, se serviu e comemos horrores, estávamos com fome. Nossa suíte tinha uma pequena salinha que separava o nosso quarto do quarto dos pequenos e uma pequena cozinha com geladeira, fogão, micro-ondas. O hotel tinha um mercadinho que os hospedes podiam comprar comida e fazerem nos quartos que dispunham dessa pequena cozinha. Então compramos água, suco, leite por causa dos pequenos, principalmente da Juju que ainda mama na mamadeira. Então quando ela acordasse de madrugada querendo um tetezinho tinha como esquentar. Demos banho nos dois, coloquei a Juju para dormir e a Pri estava lendo para o Samuel. Tínhamos uma baba eletrônica que o hotel disponibilizou pra gente, e colocamos no quarto deles. Eu fui para o banheiro enchi a banheira, abri um vinho tirei a roupa e entrei. – Uau... Nua, na banheira e com vinho.

Eu: Nua e gostosa, na banheira com vinho... Do jeitinho que você adora – falou com uma voz muito sexy.

Pri: Natalie... – ela veio até mim e me beijou.

Eu: Saudade sabia... – beijou meu pescoço.

Pri: Eu também estou com muita saudade.

Eu: Tira a roupa... Entra aqui... – ela tirou a roupa e entrou comigo.

Pri: Nem acredito que a gente está aqui... em paz, sem pessoas trazendo problemas, sem confusões externas e internas... Só vivendo...

Eu: Nem eu sabia... A gente viveu um ano de tanta loucura que estar aqui assim parece até mentira.

Pri: Parece mesmo – me beijou – Eu te amo muito amor...

Eu: Te amo... Muito – ficamos ali trocando carinho, logo saímos e fomos pra cama. Fizemos amor, foi tão gostoso. Aquela neve caindo lá fora, a lareira acesa. As crianças não acordaram de madrugada, estavam exaustas. De manhã tomamos banho e nos trocamos, os pequenos acordaram. Eu cuidei do Samuel, a Pri cuidou da Juju, a gente pediu café no quarto pra gente e os mais velhos foram tomar café no restaurante do hotel. A gente não ia poder sair, porque estava caindo uma nevasca então a ordem era ninguém sair do hotel. Lá tinha cinema, tinha uma área para os jovens também com jogos, para as crianças, então ficamos vendo as atividades deles. O Samuel não se sentiu bem num determinado momento. Um garoto o empurrou e ele caiu de costas, e foi tão de repente, que ele ficou assustado. Ele nunca se assusta com essas coisas porque ele é super aventureiro, mas ali ele se sentiu desconfortável. Aquilo virou uma chave em mim e na Pri na hora, de situações que deixam nosso filho muito desconfortável. Nos lembramos da Larissa terapeuta dele, dizendo que aos poucos as coisas que ultrapassavam os limites daquilo que era sensível pra ele. Nosso filho não gostava de ser abraçado por outras pessoas sem ser os irmãos, nós mães, e os tios e avós. Ele não gostava que mexessem nos brinquedos de apego dele que a maioria são os foguetes, os planetas, e os que ele gosta de construir com Lego e massa de modelar. Aos poucos a gente entendia o mundo dentro do espectro que ele vivia. Ele começou a gritar, ficou super nervoso e a Pri correu para atende-lo. Ela falou com ele, o abraçou. E ele continuava assustado e irritado. Uma moça dali da sala de jogos veio e falou algo com ela e com ele e eles foram pra uma sala ao lado. Depois de 15 minutos a moça saiu e voltou a atender as crianças, a Juju brincava com outros bebês da idade dela e eu fui até lá. 

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora