Capítulo 137

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XX: Caindo... Vamos entubar. – aquilo era desesperador. Ela foi entubada e chegamos no hospital. Já tinham médicos esperando por ela. – Adolescente, 14 anos, crises de ausência neurológica, e convulsiva. Desmaiou em casa e perdeu totalmente a consciência. Pressão caiu muito rápido, saturação e batimentos também. PA 70/40, 52 BPM saturação 79%. Intubamos a menos de cinco minutos, não responde a estímulos. Tipo sanguíneo O+ alérgica a acido acetilsalicílico e frutos do mar.

XXXX: O neurologista já está descendo, vamos para uma sala de trauma rápido. – a Pri chegou com a Helena, fizemos a ficha dela e sentamos para esperar. Depois de uma hora minha sogra chegou com o Hugo. Minha cunhada Amanda estava de plantão minha filha foi levada para o Copa Dor que era mais perto, minha irmã e meu irmão estavam plantão também. Os dois vieram juntos.

Kevin: O que aconteceu? Vi o nome da Laura no painel.

Emilly: Por que ela está na neurologia? O que houve?

Eu: Ela passou mal em casa – expliquei pra eles mais ou menos.

Kevin: Calma, quem está cuidando dela é o doutor Fabricio, ele é um excelente neurologista. Ela subiu pra emergência da neurologia e está fazendo exames agora. – me abraçou.

Eu: Eu estou com medo Kevin, nem quando ela tinha essas crises convulsivas ela ficava assim. Minha filha foi entubada na minha frente. – comecei a chorar.

Kevin: Fica calma, não vamos desesperar antes da hora ok? Ela está em boas mãos, o Fabrício é excelente e ele vai fazer todos os exames possíveis para identificar qualquer coisa. Fica tranquila. – eles foram atender os pacientes deles a Amanda veio conversou com a gente um pouco, ela tinha ido ao Copa Dor ver um bebê que era paciente dela e voltou para o CopaStar porque ela tinha cirurgia. Depois de mais 30 minutos esperando o médico veio.

XX: Responsáveis de Laura Smith Pugliese?

Eu: Natalie Smith Pugliese mãe dela, como ela está?

Pri: Priscilla Pugliese, mãe dela. Como nossa filha está doutor?

XX: Doutor Fabricio neurologista – ele suspirou – Vamos levar a Laura para a cirurgia. – meu corpo todo deu um choque. – Ela teve o rompimento de um aneurisma e entrou em coma, por isso a saturação dela foi caindo, a pressão, a consciência dela.

Eu: Como? Como assim? Como ninguém viu isso? – perguntei apavorada.

Patrícia: Ela passou mal no sábado, eu a levei ao médico, o neurologista dela fez exames e não falou nada.

XX: Acredito que por ser tão pequeno, pode ter sido confundido com um artefato de imagem. É muito pequeno, e ela foi altamente medicada, por isso ela ficou tão chapada de medicação o dia todo ontem segundo o relatório dos paramédicos, e hoje pela manhã quando ela conseguiu fazer mais esforço, a atividade cerebral dela foi maior, ela teve outra crise que ela não tinha a muito tempo como eu vi no relatório, ele se rompeu. Precisamos clipar o mais rápido possível para que ela não fique com sequelas. A cirurgia ocorrendo bem, ela fica dois dias na UTI mais três dias no quarto e vai pra casa descansar e depois de uma semana ela já pode voltar pra escola, sem esforços, sem estresse, sem pegar peso.

Eu: Ela é capitã do time de vôlei dela.

XX: Ela vai ter que se afastar do vôlei pelo menos por três meses até se recuperar totalmente.

Eu: Ok. – ele nos mostrou todos os exames dela, nos explicou tudo, ela já estava sendo preparada para a cirurgia e nós assinamos a autorização. A gente parece que não saia nunca de hospitais com nossos filhos, eu estava exausta. E no ultimo dia do mês ainda tinha a audiência do caso do nosso filho. A Priscilla já estava puta com o neurologista dela que deixou isso passar, mas como o médico explicou, era tão pequeno que passaria como um artefato de imagem até mesmo pra ele, se visse antes de se romper. A cirurgia deve demorar cerca de 2 horas. A gente sentou na recepção da neurologia, lá era mais quieto. Nessa hora a avó da Pri já tinha chegado, minha sogra ainda estava lá, o Hugo e a Helena, a Lohana chegou com a Rafa, meu cunhado estava lá também e a minha mãe chegou em seguida.

Mãe: Oi filha e ai como ela está? A Emilly me ligou.

Eu: Na cirurgia mãe. Estão fazendo a embolização do aneurisma. Deve terminar em uma hora. Já tem uma hora que ela foi pra lá.

Mãe: Ela não tinha uma crise a tanto tempo filha.

Eu: Pois é mãe. Isso foi surpresa pra todo mundo. – ela não falou com a Priscilla como sempre, e a Pri também não fez questão. Logo a cirurgia acabou e o médico veio. Eu e a Pri levantamos rapidamente.

Pri: Como ela está?

XX: Ela está bem, a gente já a acordou, ela está responsiva. Ela vai pra UTI agora pra se recuperar, a sedamos novamente pra ela descansar.

Eu: Graças a Deus, podemos vê-la?

XX: Logo alguém vem busca-las para que possam vê-la. – nos explicou como foi a cirurgia. Depois de meia hora um residente veio nos buscamos, a gente a viu rapidamente, não podíamos ficar muito e saímos. O médico nos mostrou os exames dela que ela fez com o médico dela quando minha sogra a levou, os exames de quando ela chegou e o pós cirúrgico dela. A gente foi pra casa não podíamos ficar com ela na UTI. Já era hora do almoço tínhamos que levar as crianças pra escola, a Pri tinha audiência que ela não podia desmarcar. Eu fui pra uma reunião também que eu não podia desmarcar mas minha cabeça estava nela. A Pri chegou em casa eram 22 horas, cheia de mala. Ela fez as malas dela fechou o apartamento, alguém ia cuidar de deixa-lo arejado, ela não ia desfazer dele e talvez ela daria ao Hugo daqui um tempo, e por hora a gente ia usá-lo quando quiséssemos ficar sozinhas as vezes. Enquanto ela tomava banho eu comecei a colocar as coisas dela no armário e consegui colocar metade enquanto ela estava no banho. Ela já tinha comido então a gente deitou e dormiu em seguida. 

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora