Capítulo 143

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Lukkas: Ele não vive com a mãe biológica a Rosana?

Eu: Não. Eles se separaram a muito tempo, ela seguiu a vida dela e ele sumiu, ela nunca mais soube dele, foi o que ela disse. Mas como ele me achou no Rio, como ele sabe que sou eu? Isso está mal contado.

Lukkas: Os dois estão afastados dela depois daquele caso que você me contou. Ele pode ter procurado por ela e ela ter contado a história deles.

Eu: É a hipótese mais provável. – suspirei – Essa mulher parece a besta do apocalipse, só apareceu pra causar destruição. – soquei o volante.

Lukkas: Calma Priscilla... Fica calma... Eu recomendo colocar seguranças atrás dos seus filhos, da sua esposa, e com você. Você vai ter que andar armada, e só no carro blindado. Esteja sempre em garagens fechadas, não dê bobeira na rua.

Eu: Eu vou tomar essas providencias... – conversamos algumas coisas, ele ia arrumar os seguranças para os meus filhos e minha mulher, e eu ia ter os seguranças do tribunal. Eu fui pra casa depois de me certificar que eu não estava sendo seguida.

Nat: Oi... demorou, o que houve? Parece tensa.

Eu: Nada não amor, só estou com dor de cabeça e cansada. – sorri tentando disfarçar e dei um beijo nela. – Vou tomar um banho. As crianças onde estão?

Nat: O Hugo saiu com a Mali, a Helena foi ao cinema com a Duda, a Laura está fazendo trabalho na biblioteca lá embaixo, o Samuel e a Juju estão brincando na brinquedoteca. Eles acabaram de jantar.

Eu: Daqui a pouco eu desço pra comer. – entrei no banheiro e tomei um longo banho pensando em tudo aquilo. Eu jantei com a Natalie e a Laura, eu estava distante. Depois de colocar os pequenos na cama eu fui para o quarto e a Natalie perguntou de novo.

Nat: Amor, está acontecendo alguma coisa, me fala?

Eu: Amor... – suspirei. – Eu fui perseguida hoje e cercada. – contei como aconteceu.

Nat: Priscilla, isso é muito sério. Agora o que a gente faz? – perguntou preocupada.

Eu: Vou colocar seguranças atrás de todos vocês, para protege-los até pegarmos essa pessoa. Não se preocupe, não perderá sua liberdade, você já andou com seguranças quando foi preciso e sabe como eles são discretos. As crianças terão seguranças também, na porta da escola, nas atividades extras até descobrirmos quem é. Principalmente o Hugo e a Helena porque claramente, os dois são os alvos principais dessa pessoa.

Nat: Desconfia de alguém?

Eu: Sim. Marcos Dias. – ela pensou um pouco.

Nat: O... O pai? – sussurrou apontando para os quartos dos nossos filhos.

Eu: Sim. E eu quero muito acreditar que a Rosana não tem nada com isso Natalie, porque se ela tiver, eu vou meter uma bala no meio da cabeça dela. Eu odeio andar armada, eu odeio que meus filhos me vejam armada, eu odeio sair com seguranças, sabe que eu não gosto de busca-los na escola, nas atividades quando estou sofrendo algum tipo de ameaça, porque se eu morrer, o problema é meu, mas e se acontece alguma coisa com eles? E com você? Eu jamais me perdoaria por isso. E pela burrice dessa mulher, eu não duvido nada que ele a procurou e ela deu todos os detalhes sobre nós. Ainda mais que agora os dois não querem olhar na cara dela.

Nat: Pri, acha que ela colocaria os dois em perigo assim?

Eu: E você tem alguma dúvida sobre isso amor?

Nat: Meu Deus... – suspirou.

Eu:Amanhã vou reunir com a Lohana, com a minha mãe, com mais dois juízes, doispromotores e dois desembargadores, vamos ver como vamos reagir a isso. Eu voupedir grampo no telefone dela de casa, do celular, no telefone dos nossosfilhos, das namoradas dos nossos filhos. Isso é péssimo, é uma invasão deprivacidade enorme e eu tenho pavor disso, mas é para a segurança deles.

Nat: Vamos fazer o que tem que ser feito. Segurança vem em primeiro lugar. – ela sentou no meu colo e me abraçou. – Eu te amo, vai ficar tudo bem.

Eu: Eu te amo... – beijei o pescoço dela – Muito... Estou com dor no peito, com dor de cabeça.

Nat: Vamos checar sua pressão?

Eu: Vamos – eu olhei minha pressão estava altíssima, eu tomei meus remédios, a Nat fez um chá de camomila pra mim.

Nat: Amor, como está seu coração, você nunca falar sobre isso, é a sua saúde, a gente precisa conversar, eu preciso saber.

Eu: Uma arritmia importante como já sabe, a pressão sempre alta, a anemia eu já resolvi. Mas quando eu fico nervosa assim, eu sinto um pouco de mal estar, eu estou me cuidando direitinho amor, eu alimento bem, eu faço esteira todos os dias nem que seja 30 minutos, eu durmo bem. Só que essa situação está me deixando preocupada.

Nat:Vai dar tudo certo ok? Vamos resolver isso juntas. – me beijou. Eu terminei meu chá, e deitei denovo. Ela me abraçou e eu acabei dormindo rápido. Na manhã seguinte eu saiantes mesmo dos meus filhos, eu tinha uma reunião bem cedo, expliquei tudo queestava acontecendo, as minhas suposições, então uma estratégia foi montada. Eutrocaria de carro todos os dias. Eu iria de carro até um prédio a um quarteirãodali, onde funcionava o escritório de parte da promotoria. A entrada lá eracontrolada e tinham 4 saídas alternativas. Teria um carro lá blindado comseguranças a minha espera todos os dias. Eu iria de casa até lá em um dos meuscarros trocando de carro todos os dias, chegando lá eu entraria nesse carro eiria até o tribunal. Vez ou outra esse mesmo carro me deixaria em casa ou eupegaria meu carro de novo e iria pra casa. Era uma forma de não me verem sair enem chegar em casa. Helena e Laura sairiam da van para um motorista particularcom segurança, e o mesmo motorista com outro segurança levaria o Samuel e a AnaJulia para a escola. A Natalie teria dois seguranças a acompanhando onde fossee o Hugo também. O principal alvo sou eu o Hugo e a Helena. Mas eu corria riscode morte, mas cercaria toda a minha família. O telefone da casa da Rosana e ocelular dela e do marido foram grampeados, e dos meus filhos seriam grampeadoscaso eles notassem ligações estranhas. Achamos melhor não contar a eles nada,só que por medida de segurança por um caso sério, todos teriam que andar comsegurança por um tempo, não explicamos os motivos e eles também não fizeramperguntas, porque eles sabem que muitas das vezes não podemos abrir os motivos.De alguma forma eu sabia que a Helena imaginava os motivos. Ela voltou a tercrises de ansiedade bem intensas depois de tudo isso.

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora