Capítulo 159

192 24 3
                                    

Dafiny: Natalie olha só... Você está operada. Foi uma cirurgia muito séria. Sua filha está com pneumonia, num andar pediátrico, com outras crianças com outras doenças também. Você não pode ficar andando pelo hospital se expondo a vírus, bactérias, correndo risco de pegar uma infecção hospitalar que vá te enfiar numa UTI. É isso que você quer? Eu tenho certeza que não. Sua bebê está sendo muito bem cuidada pela tia dela, por um pneumologista incrível que é o doutor Sebastião Fraguas, e ela vai embora em 24 horas. Se tudo estiver bem você vai embora amanhã no fim da tarde, mais tardar depois de amanhã pela manhã. Mas precisa se acalmar, precisa ficar nessa cama. Sua recuperação é muito difícil Natalie, e dolorosa também. Todos os dias uma enfermeira vai a sua casa fazer curativos em você até você e a sua mulher puderem fazer isso sozinhas, precisa se comprometer com a sua recuperação agora.

Nat: Tá... Tudo bem. – fungou.

Dafiny: Ela está muito bem cuidada aqui, ela tem 10 enfermeiras para abraça-la, a babá dela está vindo, a mãe dela vai dormir com ela. Ela não vai ficar sozinha em momento algum, fica tranquila. Depois a gente faz uma chamada de vídeo pelo ipad com ela, você fica vendo ela o tempo que quiser. Ela tem muita gente pra cuidar dela, agora você precisa cuidar de você. Se você fosse lá, ela ia querer colo e você não pode pegá-la no colo. – ela entendeu finalmente.

Eu: Vai ficar tudo bem. A gente não podia imaginar que isso fosse acontecer. Ela está bem amor, fica tranquila. – Ela passou o dia todo emburrada feito uma criança. Meu sogro foi visita-la a tarde, a bruxa da minha sogra também foi e eu sai do quarto ficando na antessala. Ela só perguntou como ela estava, se ela precisava de alguma coisa e logo saiu. Sem olhar na minha cara e eu nem me importei. É um favor que ela me faz. Energia ruim pesada dessa mulher. O dia ali foi corrido, me dividindo entre a Natalie e a Ana Julia, e as ligações em casa. No fim da tarde minha mãe chegou pra ficar com a Juju, a Leticia esposa do Kevin chegou para ficar com a Natalie até a Rafa chegar. A Rafa vem as 21 horas. Eu deixei a Marta em casa e fui pra casa. Tomei um longo banho, a Maria deixou janta, era só colocar no forno então o Hugo com a Laura e a Helena já estavam cuidando disso quando eu cheguei. No dia seguinte é o primeiro dia de aula deles, o Samuel vai só a tarde, então eu tinha que estar em casa de manhã e na hora do almoço. Eu jantei com meus filhos, coloquei o Samuel na cama, chequei todos os materiais e uniformes e fui para o hospital. Quando cheguei, dei um beijo na Natalie a Rafa chegou e eu desci pra ficar com a Juju e a minha mãe foi embora. Ela já vai poder ir embora comigo de manhã cedinho. Então sai do hospital as 6:15 cheguei em casa com ela dormindo. O Hugo estava fazendo o café da manhã. Logo a gente tomou café e eles saíram. Minha cunhada estava com a Natalie, a Marta chegou, eu fiquei em casa até a hora do Samuel ir para a escola, levei o atestado da Juju fui a farmácia comprei os remédios dela. Foi uma grande loucura tudo isso. A Marta ia ficar de olho nela. A Nat vai ter alta no fim da tarde e eu agradeci a Deus por isso. Ela estava sem sonda, já fazia xixi sozinha, sentia um pouco de dor. As enfermeiras andavam com ela um pouco pra ela acostumar. As 17 horas ela tomou banho, eu acompanhei para pode ajudar em casa, a enfermeira mostrou como ia fazer o curativo, mas no restante da semana uma enfermeira iria fazer o curativo nela. Agradecemos muito cada enfermeira dali que foram muito cuidadosas com ela, muito preocupadas com a Natalie. A lista de medicamento era enorme. Antibiótico, anti-inflamatórios, remédio para dor, para febre, curativos, antissépticos e muitos outros. Parei na farmácia comprei tudo ficou em quase 800 reais, era muita casa. Fomos para casa, ela não conseguia colocar cinto então fui devagar e logo chegamos. Entrei em casa o Hugo já tinha chegado.

Eu: Filho?

Hugo: Oi? – A Mali estava lá com ele.

Eu: Me ajuda com a mamãe.

Hugo: Tá... – veio me ajudar. – Oi minha rainha.

Nat: Oi meu príncipe... – ele abriu a porta pegou as duas mãos dela e a ajudou a sair devagar.

Mali: Precisam de ajuda?

Eu: Minha linda, preciso de contenção. Se o Samuel ou a Ana Julia estiverem na área, eles não podem correr pra ela, por causa dos pontos e eles sempre correm pra ela – rimos.

Nat: É verdade – riu.

Mali: Ele está brincando no tapete, e a Juju está tomando banho, a Helena está dando banho nela. Já vou falar com ele. – ela entrou e fomos devagar. Eu peguei a mala dela, a minha bolsa e a sacola de remédios e entramos em casa.

Eu: Que cheiro bom.

Nat: Nossa, está mesmo.

Renata: Oi... – era a mãe da Mali. – Como está?

Nat: Oi minha querida. Bem dolorida, mas estou bem.

Renata: Invadi a cozinha de vocês, vim fazer o jantar para vocês hoje.

Eu: Ah que amor, muito obrigada – eu a abracei. Os pais da Maria Elisa eram de uma gentileza sem igual. – Amor, vamos ficar no quarto de hospedes daqui de baixo tá? Pra você não ficar subindo escadas nesses primeiros dias. Tem tudo que você precisa, e vai poder sentar na sala quando quiser, ir a cozinha.

Nat: Tá...

Samuel: Oi mamãe.

Mali: Não pode correr pra mamãe tá Samuca...

Samuel: Tá... – foi até ela e deu a mão. – Vem mamãe eu vou te ajudar. – fomos para o quarto, as meninas tinham arrumado tudo lá. Tinha uma porta que saia no jardim então ela poderia sair um pouco se quisesse. Eu a ajudei a tirar a roupa e colocar uma camisola confortável e a sentar na cama. Ela queria ver uma série que ela estava louca pra ver a algum tempo e agora teria tempo de sobra pra isso já que não poderia se movimentar muito. Agora seriam os desafios em casa. 

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora