No dia seguinte cedo, o Hugo foi fazer caminhada pelo condomínio a Helena foi pra escola, e quando a Marta chegou eu e a Pri fomos ao hospital vimos nossa filha, ela estava bem, estava reagindo bem ao pós cirúrgico dela. No dia seguinte ela vai para o quarto. A Pri foi trabalhar e eu fui também. A Pri logo me ligou dizendo que a audiência da Concessa que havia sido adiada inúmeras vezes por conta do advogado dela arrumando diversas desculpas inclusive a colocando em prisão domiciliar, vai acontecer em uma semana, e que ela será julgada fora do Brasil também, e que se ela for condenada na país de origem dela, ela será extraditada para lá e um calculo será feito em todos os países que ela tem mandados de prisão e chegarão a uma pena para que ela cumpra no país dela. A participação das meninas não será necessária, porque todos os depoimentos foram gravados em vídeo e serão exibidos durante o julgamento. Ela perdeu a primeira instancia e o advogado dela recorreu e foi para segunda instancia. A Pri teve que se retirar, minha sogra também, então outros desembargadores julgariam o caso. Isso foi um gatilho enorme pra Helena quando contamos a ela. Ela chorou a noite toda, foi como reviver toda a situação. Depois de dar um calmante ela dormiu. A Pri estava sentada no corredor chorando em silêncio. Eu me sentei ao lado dela.
Pri: Ela dormiu? – secou a lágrima que caia.
Eu: Sim – suspirei e deixei cair uma lágrima.
Pri: Quando nossa vida vai voltar para o eixo e seguir normal de novo?
Eu: Nunca. Porque quando não é um, é o outro. Parece que esse fim de semana só nosso estava querendo dizer alguma coisa.
Pri: Parece.
Eu: Vamos pra cama?
Pri: A Rosana... Ela entrou com um pedido de guarda compartilhada.
Eu: Pelo amor de Deus Pri, não é possível – falei já exausta.
Pri: E eu vou usar isso contra ela para processá-la. Acho que o advogado de porta de cadeia que ela arrumou não avisou a ela que o Hugo tem 18 anos e a Helena 16 e o pedido de guarda compartilhada só se aplica a menores de 12 anos. Então ela deu um tiro no próprio pé. Eu disse que essa mulher nos cercando não daria certo. – se levantou e foi para o quarto. A Pri odiava a aproximação dela. Eu mantive a paz e a politica da "boa vizinhança" para o bem estar dos nossos filhos, porque eu sabia como cada um se sentia diante disso. A Priscilla nunca aceitou. Fomos pra cama exaustas do dia, e preocupadas, mas a gente mal conseguiu dormir. De manhã Helena foi para o colégio, parecia bem, mas a Pri mandou uma mensagem pra Duda avisando o que tinha acontecido e que qualquer coisa era para nos avisar. Eu tinha reunião de trabalho, a Pri tinha audiência e combinamos de nos encontrar no hospital. Chegamos lá por volta de 10 da manhã o doutor Fabricio nos recebeu e fomos pra sala dele.
Eu: E como ela está?
Fabricio: Ela está bem, dentro do esperado, com dor de cabeça que é normal no caso dela, dentro de três ou quatro dias ela vai poder ir pra casa e depois que ela for pra casa em uma semana ela pode voltar para o colégio, sem atividade física, e o vôlei três meses afastada, ela não pode fazer atividades de impacto por um tempo.
Pri: As ausências dela?
Fabricio: Infelizmente uma cirurgia não corrige isso. As medicações dela agora foram trocadas, por conta do aneurisma, mas a ausências devem continuar, talvez com menos frequência o que é ótimo, mas é um quadro que não temos como reverter.
Pri: Ok. – suspirou. A Pri ficava tão decepcionada com isso, porque ela sentia a dor da Laura de conviver com isso. Ele nos levou para a UTI onde ela estava, ela ainda ia passar por alguns exames, ainda não tinha acordado, mas logo após os exames ia para o quarto. Demos um beijo nela e fomos pra casa. Eu ia ficar com ela na primeira noite a depois a Pri trocaria comigo. Minha sogra, a avó da Pri e a minha mãe iam nos ajudar a revezar. Naquele mesmo dia não conseguimos evitar que a noticia do pedido de guarda compartilhada chegassem ao Hugo e a Helena e nossa... A Helena estava com tanta raiva, e o Hugo tão decepcionado. A Rosana conseguiu afastar de vez os dois dela.
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A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESE
FanficMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 36 anos sou juíza estadual e tutora universitária de uma universidade particular no Rio de Janeiro, moro numa numa cobertura no Leblon no Rio de Janeiro. Eu sou casada com Natalie Kate Smith Pugliese, ela...