A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESE

Capítulo 180

7 ANOS SE PASSARAM...

05 DE ABRIL... 06:10 DA MANHÃ...

Sete anos se passaram... Nossas bodas de prata está próxima, mas temos um evento importante acontecendo agora... A chegada da Pérola, nossa netinha. Hugo e Maria Elisa ficaram noivos no último ano de faculdade aos 22 anos e aos 25 anos eles se casaram, moram no apartamento que era meu em Copacabana, eu mandei redecorar todo como eles gostariam e dei presente a eles. Hugo trabalha na empresa do avô, ele quem cuida de boa parte da empresa do Leandro. Leandro já não se lembrava mais quem eram os filhos, os netos, a esposa. Ele tinha raros momentos de lucidez e nos deixou a cerca de um ano. Hugo se dá bem com Deborah e é a única pessoa que ela se dá bem e acho que ele se esforçava pelo avô e sentiu com a missão de não abandoná-la depois da partida dele e ela sofre por não ter a convivência de mais ninguém já que sua mãe também já partiu. Quando a Mali soube da gravidez foi um susto porque eles não pretendiam ter filhos agora, iam esperar mais dois anos, mas o remédio dela parou de funcionar e isso foi um choque pra ela. Ela demorou um pouco a aceitar a gravidez, e ficamos preocupados com isso, mas logo ela ficou bem e a Pérola era muito aguardada por todos nós. Ela já vinha tendo contrações de treinamento a duas semanas e acordamos com o Hugo ligando as 3 da manhã dizendo que a bolsa havia rompido. Laura ia fica com o Samuel e a Ana Júlia em casa, a Helena estava no apartamento dela, e essa era outra novidade. Helena e Eduarda se casaram em janeiro na praia. Duda se formou em administração aos 22 anos e Helena em Direito também aos 22 anos. Demos um apartamento a elas também na Barra da Tijuca. A Duda trabalhava com o pai dela na empresa deles, e a Helena tinha seu escritório e já estava estudando para promotoria. Ela passou na OAB dois meses antes de terminar a faculdade e era uma excelente advogada. Ver minha filha se casar foi doloroso pra mim, porque ela era minha bebê... As duas já estavam malucas para terem um bebê e eu estava com medo já, por elas serem novas. Eu e Natalie fomos para o hospital, chegamos lá as 4 da manhã. Renata e Geovane já estavam lá ansiosos. A gente entrou deu um beijo nos dois e Mali fazia questão de ter os pais e as sogras o tempo todo por perto. A Pérola estava encaixada e ela estava dilatando então ela ia tentar parto natural. A gente se revezava para ajuda-la. Meu filho estava uma pilha de nervos.

Eu: Vem filho, vamos tomar um café, você está precisando – fomos para a sala ao lado eu fiz um café pra ele e um pra mim. Ele balançava as pernas sem parar – Calma Hugo, você vai ter um treco daqui a pouco. – ri.

Hugo: Mãe, é horrível vê-la assim, sentindo dor. Eu estou angustiado.

Eu: Filho, toda mulher foi preparada para ter filho de parto normal. Quantas mulheres já deram a luz em casa e nem medicação tinha? Ela está pronta, o corpo dela sabe o que fazer, e ela pode pedir medicamentos a hora que ela quiser, vocês fizeram o plano de parto juntos. Se ela ainda não pediu é porque ela quer tentar é porque ela está suportando, fica tranquilo.

Hugo: Com a mamãe foi assim?

Eu: Foi... A Laura foi a única que nasceu de parto normal, e a mamãe aguentou por 14 horas. Ela diz que depois que viu a Laura ela esqueceu toda a dor que ela sentiu. Mas eu lembro de tudo, principalmente das mordidas que ela me deu, dos tapas, das ameaças de morte – demos risada.

Hugo: Acho que eu posso imaginar.

Eu: Pois é... Fica tranquilo... Ela está bem assistida, ela é muito guerreira filho. E estamos aqui por ela...

Hugo: Te amo mãe... Obrigado por estar aqui... – me abraçou.

Eu: Eu te amo meu filho, muito. A mamãe te prometeu lá atrás quando você tinha cinco anos que jamais te deixaria sozinho e eu nunca vou deixar. – o beijei – Agora vamos ajudar a nossa garotinha vir ao mundo? Conhecer a família maluca dela?

Hugo: Vamos... – sorriu. Depois de mais algumas horas, finalmente era o momento tão esperado... Nossa netinha ia nascer.