Capítulo 173

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NATALIE NARRANDO...

Foi um pesadelo... Meus filhos passaram mais de 48 horas reféns de três caras malucos sendo um deles o pai biológico. Quando chegamos em Búzios tudo era caos. Policia, helicóptero, pessoas curiosas e eu tinha tanto medo que tudo aquilo acabasse mal para os meus filhos. Pouco depois que chegamos, estávamos na praia que dava de fundos com a casa da minha mãe e era o local mais seguro para ficarmos e sem atrapalhar a policia. Uma janela foi aberta e vi minha filha ser colocada ali embaixo da janela. Eu não sabia o que estava acontecendo e o porquê daquilo. A Pri estava atenta e fria... A frieza dela observando tudo me assustava, porque eu sabia como aquilo dentro dela como mãe estava pesado e doendo, mas ao mesmo tempo ela estava ali como uma pessoa da lei que observava cada detalhe, cada movimentação para não afetar o julgamento dela. E isso era algo que eu e a Rafa conversávamos muito, porque ela tinha esse mesmo sentimento com relação a Lohana. Elas não podiam falhar. A Pri era uma excelente atiradora e ela estava armada e pronta pra agir a qualquer momento e isso me deixava ainda mais apreensiva. Não demorou muito Laura saiu rapidamente pela janela.

Eu: É a Laura... É a minha filha.

Lukkas: Vão pra frente da casa, rápido – a gente entrou pelo quintal da vizinha e foi para a frente da casa. Os policiais pedindo silêncio para todo mundo, porque ela saiu sem ser vista e entrou pela cerca viva da vizinha e saiu pela casa dela.

Eu: Minha filha... Minha filha – eu a abracei e ela tremia muito. Não demorou muito ela desmaiou nos meus braços e teve uma convulsão. A Priscilla me ajudou, um paramédico veio vê-la. A levamos para dentro da casa da vizinha, não podia ter movimentação na ambulância ainda. Ela logo parou e aos poucos foi voltando.

Laura: Eu sai... Eu sai... Mãe... Eu sai...

Eu: Sim filha você saiu, está tudo bem tá? – eu ria e chorava.

Laura: Eu fingi por muito tempo que estava desmaiada e o Hugo e a Helena enganando eles. Eles não sabem o que estão fazendo.

Lukkas: Como assim?

Laura: Eles estão brigando entre si desde o primeiro dia, eles não sabem o que estão fazendo. O tal Marcos pai da Helena e do Hugo que os trouxe. Ele deve 200 mil. Eles me colocaram na janela pra eu respirar senão eu ia ter outra convulsão mas eu estava fingindo. Quando eles esqueceram de mim eu sai. – não demorou muito e as meninas saíram e vieram chorando muito.

Pri: A Helena e o Hugo... Cadê os dois? – desesperou.

Mali: Ela está ajudando a soltar o Hugo. Os três subiram pra ver onde os policiais estão localizados pra tentarem sair.

Pri: Sai Helena, sai logo Hugo, eles vão matar vocês... – começou a falar sozinha com as mãos na cabeça.

Eu: Pri?

Pri: Se eles voltarem pra lá e só virem os dois, eles vão atirar nos dois. – falava nervosa.

Eu: Ai Meu Deus... – os paramédicos examinavam as meninas. Logo a Helena apareceu, ela tremia tanto e estava machucada. A Pri perguntou do Hugo e ela disse que ele estava lá que ela cortou o máximo que pode da amarração e ele ia tentar cortar o resto. Ela abraçou a Pri desesperada. E não demorou muito o Hugo e apontaram a arma pra ele.

Pri: Ai meu filho – o abraçou forte – Graças a Deus... É meu filho... É o meu filho... – o policial perguntou se tinha mais alguém lá além dos três bandidos, ele disse que não. O policial mandou invadirem a casa. Jogaram bomba de efeito moral, arrombaram a porta e entraram atirando. De certo dois deles foram atingidos porque não saíram na hora, e o Marcos saiu ferido, mas com policiais o levando. A Priscilla soltou do Hugo rapidamente sacando a arma e indo em direção ao Marcos gritando por ele.

Eu: Não Pri... – minha voz quase não saiu. Lukkas foi até ela e falou algumas coisas com ela que eu não pude entender e ela passou por ele e colocou a arma na boca dele. Eu fechei os olhos eu não queria ver aquilo. Ela falou algumas coisas pra ele e o agrediu com a arma e voltou. Todos foram levados para o hospital, eu fui com a Helena e a Pri foi dirigindo o carro. Ela estava no automático, eu já estava preocupada com ela. A Laura teve outra convulsão e os médicos acharam melhor deixa-la na UTI em observação por algumas horas. A Helena teve uma crise de pânico horrorosa, gritou muito, queria ir embora, ela estava transtornada. Deram uma medicação tao forte pra ela, que ela apagou e dormiria até o dia seguinte. O Hugo estava bem, levou alguns pontos, mas ficaria bem. Lukkas e mais alguns policiais foram tomar os depoimentos, as meninas foram para o quarto do Hugo e a conversa aconteceu lá, sem a Laura e a Helena por motivos óbvios. O Hugo falou de uma mulher, que quando eles desciam as escadas, eles mencionaram uma mulher que tinha passado o endereço da casa pra eles. A Rosana não sabia daquela casa, a casa era da minha mãe e a Helena e o Hugo não falam com a Rosana mais, não tinha como ela saber. Mas no momento eu só queria que meus filhos ficassem bem. A Pri foi até a casa junto com a Renata e o César fazer as malas deles e pegar o carro. Ela demorou um pouco e voltou muito estranha. Ele reservou o hotel na rua do hospital. Ela foi ao hospital depois fomos para o hotel, estávamos com fome e já era tarde. Fomos almoçar antes do restaurante fechar. A Pri foi dormir estava muito cansada e eu fui chamada no hospital que minha mãe deu entrada lá.

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora