Capítulo 153

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No dia seguinte eu fui tomar café da manhã com o meu pai.

Eu: Oi paizinho como o senhor está?

Pai: Eu estou bem filha e você?

Eu: Bem também.

Pai: O Hugo me mandou uma foto dele e da namorada. Como é mesmo o nome dela?

Eu: Maria Elisa pai.

Pai: Isso, Maria Elisa. Olha que bonito. – ele me mostrou.

Eu: É linda foto pai. A mamãe está ai?

Pai: Sim está no escritório trabalhando – a gente tomou café conversando. Ele repetiu da foto do Hugo com a Mali. Logo a minha mãe veio.

Mãe: Você aqui. Que milagre.

Eu: Eu vim tomar café com o papai e contar uma coisa. Tem uns minutinhos?

Mãe: Tenho – fomos pra sala e eu sentei do lado do meu pai.

Eu: Então. – suspirei. – No fim do mês eu vou passar por uma cirurgia.

Pai: Cirurgia filha? Vai ter outro bebê?

Eu: Não pai. A gente já tem bastante filho né? – rimos.

Mãe: Cirurgia de quê Natalie? – me encarou séria.

Eu: Eu preciso fazer uma histerectomia. – ela se mexeu incomodada.

Mãe: Porque? O que houve?

Eu: Eu tenho adenomiose, desde que a Ana Julia nasceu, e está bem sério e vem piorando nos últimos meses, então a única opção de cura pra mim no momento é a cirurgia.

Pai: Isso é câncer filha?

Eu: Não pai. É uma doença benigna. O tecido do endométrio está muito profundo no musculo uterino e isso me faz ter dores muito fortes, e sangramentos muito intensos. Eu estou menstruada já a 14 dias. É exaustivo, eu fico muito fraca, já estou anêmica. É questão de saúde.

Mãe: É uma cirurgia grande Natalie. A recuperação de uma histerectomia é muito demorada. Como vai fazer com tantos filhos pra cuidar?

Eu: Eu tenho uma esposa mãe – ela rolou os olhos – E ela vai cuidar deles integralmente. Ela vai pegar mais uma parte das férias dela e vai pegar uma licença especial para cuidar da casa e das crianças 24 horas.

Mãe: Os mais velhos podem ficar com a gente, eles são mais independentes. Eu posso levar as meninas ao colégio, buscar, ir as reuniões, leva-las nas atividades.

Eu: Obrigada mãe, mas eles nos ajudam muito com os mais novos, com as rotinas da casa. Não se preocupe.

Pai: Eles já sabem filha?

Eu: Não pai. Eles estão tão felizes com as férias deles.

Mãe: A Priscilla não pode impedir que você conte a eles.

Eu: E quem disse que a Priscilla impediu alguma coisa mãe? Para de implicar com a minha mulher atoa. Ela não pediu nada. Eu que pedi a ela para não contar nada até eles voltarem. Eu quis que eles vivessem as férias deles. Não vamos esconder nada, só queria que eles curtissem sem se preocupar. Que droga mãe, para de atacar a Pri sem motivos.

Pai: Chega vocês duas.

Eu: Não dá para falar com você mãe. Não tem dialogo. É triste, mas não tem... – dei um beijo no meu pai. – Te amo papai.

Pai: Te amo filha...

Mãe: Natalie, volta aqui... Natalie... – eu sai chorando e nervosa como sempre. Cheguei em casa a Pri não estava, eu subi e deitei. Não dá para falar com a minha mãe, sem ser magoada, sem sair triste disso tudo. Já estava tudo muito difícil pra ter que lidar com ela.

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Deborah é uma carne de pescoço mesmo né?

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora