NATALIE NARRANDO...
A semana foi intensa em casa, no trabalho, com reuniões escolares, com a noticia triste da doença da nossa afilhada tão amada. Sem pensar duas vezes oferecemos nossa casa para elas que estavam com o apartamento no meio de uma obra. Não era bom pra elas e menos ainda para a pequena. Eu e a Pri conversamos, ela se desculpou comigo, pelas confusões, pelos desentendimentos. No sábado foi a leitura do testamento do Roberto e ficamos surpresas com o patrimônio dele. Eu arrumei o estúdio que tínhamos no terceiro andar para receber as meninas e dar mais privacidade pra elas, mais conforto também. Ficou bem aconchegante. Rafa ficou emocionada com nosso cuidado com elas. Criamos uma grande rede de apoio a elas. Eu só conseguia pensar como eu era grata a Deus por não estar vivendo nada disso com nenhum dos meus filhos apesar da Laura sofrer bastante com as ausências. Eu percebi a Laura um pouco triste a alguns dias e quando o humor dela tem rebaixamentos muito grandes, eu noto que ela se sente um pouco pior. No sábado ela acordou passando muito mal ficou deitada o tempo todo no sofá. A noite tinha uma festa de 15 anos de uma garota do colégio e a Helena com o Hugo iriam, a Laura foi convidada também, mas não quis ir.
Helena: Mamãe, me empresta um scarpin seu?Eu: Claro amor, olha no closet. – ela entrou – Está linda com esse vestido filha. – ela usava um vestido preto com um cinto liso dourado largo. – Acho que esse aqui vai ficar perfeito – Era um scarpin dourado. Ela calçou e ficou perfeito.
Helena: Amei mãe... – deu uma voltinha.
Pri: Nossa... Que linda você tá filha. – deu um beijo nela.
Eu: E a Laura já se arrumou?
Helena: Ela não vai. Ela disse que não está se sentindo bem.
Pri: Amor acho melhor a gente levar a Laura no hospital. Ela está assim o dia todo, ela não comeu quase nada, ela está aérea.
Eu: Eu vou ligar para o neurologista dela e ver o que a gente pode fazer. – a Helena saiu do quarto eu liguei para o médico da Laura e ele disse para leva-la ao Copa Dor que ele que estava lá de plantão.
Helena: MÃE... MÃE... – começou a gritar desesperada e a Rafa entrou no quarto na hora. A Pri correu e eu também. – Laura fala comigo... Laura...
Rafa: Laura... Laura... – tentava acordá-la. – Ela está desmaiada.
Helena: Eu vim falar com ela e ela estava no chão. – estava desesperada.
Rafa: Melhor chamar uma ambulância. – a Pri já ligava.
Eu: Vai ficar tudo bem filha...
Pri: Chamei o Samu, é mais perto daqui e eles vão levar para o Copa Dor. Chegam em cinco minutos.
Helena: Vou tirar essa roupa e vou junto.
Eu: Filha, você e seu irmão vão a festa da amiga de vocês. Não faz sentido vocês perderem, estão falando disso a semanas. Vocês sabem como a Laura passa mal. Não podem deixar de fazer as coisas de vocês. Ela vai ficar bem, confia na mamãe. Eu mando mensagem.
Hugo: Mas mãe...
Eu: Mas nada filho... Vocês vão e eu mantenho vocês informados ok?
Lohana: Vamos fazer o seguinte... Eu levo vocês na festa, a Pri e a Nat vão para o hospital com a Laura e enquanto isso a Rafa fica com os pequenos. Qualquer coisa eu os busco as 3 horas como o combinado. Dá pra fazer isso gente, vai ficar tudo bem ok?
Eu: Tem certeza?
Lohana: Claro que sim Nat. – a ambulância chegou, ela ainda não tinha acordado. A colocaram no oxigênio. Eu fui com ela na ambulância e Pri foi de carro. A Rafa ia ficar com as crianças e a Lohana ia levar os mais velhos na festa que não era longe, era ali no Leblon mesmo. Chegamos no hospital ela já foi pra neurologia direto. Eu fiz a ficha dela, e a gente ficou esperando. Eu sabia que tinha algo errado.
Pri: Tem algo errado. A Laura só fica assim quando algo grande acontece.
Eu: Mas o que aconteceu? Ela não falou nada, e a Helena disse que não sabe também, mas que notou que ela anda um pouco triste a alguns dias. – logo o meu telefone tocou era a Helena. – Oi filhinha?
Helena: Oi mãe, e ai alguma novidade?
Eu: Ela está sendo atendida ainda, o médico ainda não veio falar com a gente. Como está a festa? – pelo eco e a musica distante ela deveria estar num banheiro.
Helena: Está bem bonita. A Mariana está linda, depois te mando uma foto que tiramos. Mãe, eu descobri porque a Laura anda tão triste. – coloquei no viva voz pra Priscilla ouvir.
Eu: E o que é filha? Eu coloquei no viva voz pra mamãe ouvir tá.
Helena: Ela não é mais a capitã do time dela.
Eu: Mas a Laura é tão desprendida filha, ela ficou feliz por ganhar o titulo, porque ela ficaria triste por perde-lo? Ela sabia que não seria pra sempre.
Helena: É ai que tá mãe. Ela passou mal em dois jogos e o time dela perdeu. O treinador do time está afastado por causa de uma cirurgia, e o substituto a tirou da liderança alegando que uma menina que não tem controle sobre o próprio corpo por causa de uma doença neurológica, não tem capacidade para ser capitã de um time. E que ela não deveria nem estar num time como aquele que dirá sendo capitã. – a Pri me encarou furiosa. – Ele não pode fazer isso com ela mãe. Ele não é o treinador oficial e pelo que eu entendi o Timmy que é o treinador não sabe disso, e nem a diretora do colégio.
Pri: A gente vai resolver isso filha... – suspirou.
Eu: Filha o médico chegou aqui, vamos conversar com ele tá? E daqui a pouco a gente te manda mensagem.
Helena: Tá mãe. Dá um beijo nela.
Eu: Pode deixar – desligamos.
Rodrigo: Priscilla, Natalie, vamos até uma sala pra gente conversar. – fomos pra uma sala e nos sentamos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESE
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 36 anos sou juíza estadual e tutora universitária de uma universidade particular no Rio de Janeiro, moro numa numa cobertura no Leblon no Rio de Janeiro. Eu sou casada com Natalie Kate Smith Pugliese, ela...