Capítulo 28

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Acordei com a Ana Julia chorando. Eu levantei a peguei no berço desci com ela peguei a formula fiz uma mamadeira pra ela e subi de novo. Me sentei no quarto dela e ela mamou até dormir de novo. Eu voltei para o meu quarto e dormi de novo. No dia seguinte foi um dia caótico. A Ana Júlia e o Samuel tiveram febre, por causa da vacina que tomaram um dia antes, a Laura estava enjoada por causa da medicação nova, o Hugo estava irritado porque brigou com a namorada, e a Helena estava num mau humor terrível. Foi um dia de muito choro, porta batendo, manha, e mais choro e mais porta batendo. Eu estava mentalmente cansada. Natalie ligou e eu desliguei na cara dela não queria falar com ela eu precisava descansar.

Eu: Laura está melhor? Precisa comer alguma coisa filha.

Laura: Não estou a fim não mãe.

Eu: Toma uma vitamina pelo menos. É banana com maçã. – dei a ela. Qualquer coisa vai lá no meu quarto.

Laura: Tá. - O Samuel estava dormindo já e fui dar uma mamadeira pra Ana Julia. Ela mamou e dormiu. Eu troquei a fralda dela, ela estava sem febre. Samuel também não tinha febre. Eu finalmente ia poder sentar e comer direito. Desci, fiz um misto quente pra mim. O Hugo desceu.

Eu: Oi...

Hugo: Oi...

Eu: Quer um misto quente?

Hugo: Quero. – dei a ele e fiz outro pra mim, servi suco pra gente.

Eu: E ai, porque brigaram?

Hugo: Ah mãe, a Melissa implica com umas coisas muito nada a ver. Eu fui jogar futebol com uns amigos e meu celular acabou a bateria e ela começou a me acusar que eu estava com outra porque tinha umas meninas lá do colégio que ela não gosta no mesmo lugar que a gente. Eu nem falei com as meninas. Só que elas filmaram e postaram ai criou um monte de historia.

Eu: Insegurança dela.

Hugo: É. Só que ela não acredita em mim. Eu não fiz nada e ela deu o maior show, isso me irritou muito mãe.

Eu: Deixa a poeira abaixar, depois vocês conversam filho. Agora ninguém vai resolver nada.

Hugo: Eu gosto muito dela mãe, de verdade, mas essas dúvidas sobre o meu caráter me magoam de verdade. – suspirou. Ele realmente estava chateado.

Eu: Quer que eu converse com ela filho? – fiz carinho no cabelo dele.

Hugo: Ah nem precisa mãe. Obrigado. – terminamos nosso lanche e subimos. Dei uma olhada nos pequenos, fui ver as meninas e entrei no quarto da Helena, ela estava vomitando. Me sentei na cama dela e quando ela saiu, ela assustou comigo ali o que a deixou ainda mais nervosa.

Helena: Não bate mais não?

Eu: Só se for em você. Segunda de manhã você tem uma consulta com uma terapeuta e com uma endocrinologista.

Helena: Pra que?

Eu: Para começarmos a tratar seu distúrbio alimentar – ela arregalou os olhos - Eu não sou cega Helena, e nem surda. Você claramente está abaixo do seu peso, seu humor está insuportável, e você vomita tudo que come. Vamos cuidar disso antes que isso te mate. Segunda feira as 9 da manhã. Se quiser falar disso comigo e com a sua mãe nos procure. A gente está aqui para te ouvir e te apoiar. Mas nem que seja a força, você vai se tratar. Eu te amo. – sai do quarto. A gente lidava com a Helena assim, no rompante e a deixando sozinha para pensar, porque senão virava uma grande guerra. As 23 horas o meu telefone tocou de novo era a Natalie. Eu suspirei e atendi, eu já estava deitada.

Eu: Oi Natalie. – falei sem humor.

Nat: Porque ninguém atende minhas chamadas? E porque cancelou duas vezes?

Eu: Porque estava sem humor e ainda estou e sem tempo.

Nat: Está deitada?

Eu: Aqui já são 23 horas e o dia foi difícil

Nat: O que está acontecendo?

Eu: Os pequenos tiveram reação da vacina de ontem e passaram o dia péssimos, com febre, chorando, amoados. A Laura passou o dia na cama e sem comer, por causa do remédio novo, a Helena com um mau humor insuportável, e o Hugo de mau humor porque brigou com a namorada e está super chateado. As crianças comeram tomaram banho, estão sem febre e dormiram. A Laura tomou uma vitamina e dormiu, a Helena já sabe que vai na terapeuta e numa endócrino na segunda pra tratar dos distúrbios alimentares dela, e o Hugo e a Melissa vão se resolver ou não.

Nat: Priscilla, deveria ter me atendido. Eu teria resolvido...

Eu: Eu sou mãe deles também Natalie, não é isso que você fala? Eu fiz o meu melhor e estão todos a salvo e dormindo agora. Eu vou dormir tá? Estou com dor de cabeça e cansada. Não tem nenhum jantar pra ir não? Boa noite. – desliguei na cara dela. Ela ligou de novo mais três vezes e eu cancelei a chamada e desliguei o telefone. Eu estava exausta.

A GRANDE FAMÍLIA SMITH-PUGLIESEOnde histórias criam vida. Descubra agora