Capítulo 11: É uma força violenta e poderosa.

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A bomba de fumaça laranja explodiu, fazendo todos em volta gargalharem com o barulho, enquanto a fumaça se espalhava pelo meio das pessoas. Uma variedade de cores. Os gêmeos haviam explodido várias delas pela floresta do acampamento. Os guerreiros bebiam e riram, se aproveitando de cada segundo daquela pequena confraternização ali.

Tinha visto Mia e Caio de relance, dividindo um copo de bebida, sentados em frente a uma das várias fogueiras espalhadas por ali, onde comidas eram feitas e guerreiros se reunião ao redor. Caminhei até onde Percy e Margo estavam sentados juntos. Não sabia até onde as coisas entre os dois estavam, já que eles eram quase reservados demais. Mas sabia que eles haviam se aproximado bastante, desde o dia que Percy saiu do Chalé Azul

—Não está aproveitando a festa? —Margo indagou, e eu neguei com a cabeça. Nos últimos dias a última coisa que eu conseguia ficar era animada a ponto de aproveitar qualquer coisa. —Você se preocupa demais, sabia? Você não é responsável por tudo. E não deveria pensar demais no que Olivia disse.

—Sabe que ela tem razão. —Falei, o que fez Margo erguer as sobrancelhas na minha direção. Aquela questão inacabada com Olivia cintilando nos olhos dela. —Se eu controlasse a água, tudo seria mais fácil. Eu poderia ajudar bem mais.

—Você está se cobrando por algo que não é responsabilidade sua. —Percy retrucou, me fazendo encolher os ombros com o tom de advertência na voz dele. Era algo que Percy não costumava usar comigo. —Você é uma guerreira e não uma elemental. Precisa lidar com as coisas como guerreira.

—Queria que fosse fácil assim. —Sussurrei, encarando a fogueira entre nós, que chiava sempre que a gordura da carne sobre ela pingava sobre as chamas. O cheiro fazia minha barriga roncar, como se eu não comece a séculos.

Ergui a cabeça quando alguém se aproximou, olhando na mesma hora para Margo quando percebi que era Olivia. Ela estava olhando ao redor, sem se dar conta de que Margo estava bem ali. Ou talvez ela simplesmente não se importasse. Margo não demorou a notá-la também, ficando rígida.

—Oi, Zaia. —Ela abriu um sorriso assim que me viu, ignorando a presença de Margo. Mas vi o movimento de Percy, de passar o braço ao redor de Margo, como se quisesse protege-la, mesmo que ela fosse capaz de fazer isso sozinha. —Você viu o Sky? Eu estou o procurando desde o inicio da noite, mas não o encontro em lugar nenhum.

—Ele foi visitar a mãe dele. —Afirmei, mesmo que aquilo não fosse da conta dela, porque me incomodava a forma como ela queria ficar grudada nele o tempo todo. Olivia assentiu, antes de se afastar com um suspiro pesado. Não demorei a notar que ela não se dava com quase nenhum dos guerreiros ali.

—Tem notícias de Ágatha? —Percy indagou, provavelmente na tentativa de aliviar o clima, agora que Olivia tinha se afastado e desaparecido de novo.

—Não. —Neguei com a cabeça, comprimindo meus lábios. —Amélia não tem noticias dela a semanas. O último contado dela foi perto da Cidade das Estrelas. Depois disso, mais nada.

—O que tem na Cidade das Estrelas pra ela ter ido lá? —Margo questionou, mas eu não conseguia pensar em nada, assim como Amélia não fazia ideia.

—Muitos elfos. —Percy deu de ombros quando eu e Margo olhamos pra ele ao mesmo tempo. —A Cidade das Estrelas é a região principal dos elfos. O elemental da terra, Gael, é de lá. Sabe se Amélia mandou alguém atrás dela?

Balancei a cabeça negativamente, porque não sabia se ela tinha feito isso ou não. Tinha certeza que eu não recebia todas as informações de Amélia, mas tinha parado de questionar depois de um tempo. Havia uma sensação de vulnerabilidade dentro de mim, que eu odiava mais do que qualquer outra coisa.

As Crônicas de Scott: A Guerra / Vol. 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora