19. Órbita

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''Para sua órbita,
Eu retornarei.''

(Orbit – Hawsa)

(Orbit – Hawsa)

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POV CARLY

O reflexo de alguém parado do outro lado da rua movimenta atrás de mim chama minha atenção, foco minhas vistas tentando ver melhor.

A silhueta masculina ganha nitidez. Pele clara, cabelos castanhos e roupas pretas.

Meu corpo trava, minha respiração some. O som de meu coração batendo contra os ouvidos é tudo o que escuto quando percebo Alec parado do outro lado da rua.

Devo estar sonhando, ou, no mínimo, imaginando coisas.

Viro-me rapidamente e constato que é real. O rapaz está do outro lado da rua parado. Não me ver, parece tentar se controlar, seus olhos fechados, corpo tenso e mãos em punhos ao seu lado. Mas sei que é apenas questão de tempo, ele me verá a qualquer momento.

Deveria correr e tentar fugir antes que ele me note. Mas não consigo. Meus pés travam no chão, meu coração acelera aos meus olhos verem novamente aquele que por meses imaginei. Isso que invade meu peito ao vê-lo é alegria?

Tento me focar em algo mais importante. Como por exemplo: Porque está aqui? O que faz em EUA? Seria algo relacionado aos Volturi?

Os carros passam em alta velocidade entre nós enquanto os segundos se passam. Eu não consigo me mover, apenas vejo o jovem rapaz a minha frente. Alec aspira fundo e algo semelhante a dor atravessa seu rosto. Ainda de olhos fechados, começa a virar o rosto em minha direção.

Ele abre os olhos.

O mundo para.

Mesmo a distância, sinto seu olhar me invadir.

Completa surpresa atravessa seu belo rosto aos seus olhos cravarem em mim. Ele pisca como se esperasse que sumisse. Dar um passo inconsciente em minha direção, parece um pouco desequilibrado—o que é inconcebível para um vampiro.

Sem perceber, também dou um passo a frente.

Ele balança a cabeça, tentando voltar a realidade. Fecha os olhos fortemente e os reabre.

Não há mais magnetismo. Há apenas um vampiro olhando para sua presa.

Meu corpo gela e a garganta se fecha. Deveria ter fugido quando tive chances.

Alec passa os olhos ao redor, procurando para saber com quem estou. Dou um passo para trás sentindo a respiração instável. Medo cobre meu corpo em um manto negro. O rapaz volta os olhos para mim, um sorriso incrivelmente diabólico transforma seu rosto em um lindo anjo maléfico.

Assustadoramente calmo. Perfeitamente diabólico.

O vibrar descontrolado do meu celular em minha mão faz-me despertar em um pulo. Sem olhar para trás, apenas começo a correr por entre as pessoas que passam por mim em diferentes direções. Meu peito se aperta ao tentar imaginar como escaparia dele.

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