Inner Demons

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''Não se aproxime muito
É escuro aqui dentro
É onde meus demônios se escondem.''

(Demons - Imagine dragons)

(Demons - Imagine dragons)

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POV JASPER

(9 anos atrás)

Os cheiros a minha volta queimam minha garganta. Eu já deveria estar acostumado com isso, a não me deixar ser tão atingido pela forma como os humanos presentes me afetam.

Mas não é isso que acontece.

Mesmo que não respire, que não der aos meus sentidos o cheiro de sangue. Mesmo assim, o simples fato de saber que estou cercado por eles me lembra que pode ter se passado décadas desde que abandonei o sangue humano como fonte de alimento, a falta dele ainda queimará em brasa minha garganta.

Somado isso ao fato de sentir o que todos que passam a minha volta sentem. São sentimentos demais, tudo me golpeia de forma crua e intensa.

Tento não pensar em nada disso enquanto caminho pela rua movimentada.

A pequena humana, Carly, passou a morar conosco tem quase um ano. No início ela era bem quieta e triste, se mantinha pensativa, estava sofrendo pelo que aconteceu, agora ela é mais espontânea e alegre. E, de uma forma surpreendente, se encaixou perfeitamente em meio a um clã de vampiros.

Todos lá gostam dela, de sua companhia, de seu carisma. Ela está coberta de cuidados por Rosalie e Alice que a vivem enfeitando-a com as mais diversas roupas femininas, como uma boneca. Emmett adora brincar com ela e Renesmee das brincadeiras mais estranhas e divertidas possíveis. Edward e Bella a levam junto da filha para onde for. Esme e Carlisle a tratam como uma filha querida. E eu...

Bom, eu me mantenho afastado.

O mais afastado e distante possível.

Tento não ficar perto dela dentro de casa. Evito passar muito tempo aonde ela esteja. Procuro manter distância de sua presença.

Isso porque da ultima vez que convivemos diretamente com um humano, eu fiz uma besteira tão grande que no fim minhas ações quase levou a morte de Edward.

Por pouco, muito pouco- por conta de uma gota de sangue- eu quase matei Bella. E isso fez com que ela e Edward se separassem e depois quase morrerem nas mãos dos Volturi.

Naquela época, passei os meses me culpando amargamente pelo descontrole por conta de tão pouco. Mas foi incontrolável. Bastou uma gota do sangue ser vista e sentida, daquele doce e tão delicioso sangue e tudo mais se escureceu. Eu só queria o sangue, não importando de quem fosse.

RenunciadoOnde histórias criam vida. Descubra agora