59. Luxúria

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"Mão santas,
Me fizeram uma pecadora."

(River - Bishop)

(River - Bishop)

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POV ALEC

O carro passa pela estrada deserta e escura enquanto dirijo. Estou no carro com Carly, mas ela permanece em silêncio ao meu lado, os olhos divagando sem ânimo para o pé que balança distraindo-se.

Carly em silêncio por tanto tempo nunca é normal, ela sempre anda falando pelos cotovelos. Mas, desde semana passada, é essa versão silenciosa e distante que tenho. Não acharia ruim se esse fosse seu normal, se ser calada fosse comum a ela. Porém não é. E isso só significa que estar triste.

Depois da conversa com Nessie e Jacob ocorrida nessa tarde, finalmente entendi o problema central com Carly. E é por isso que sei que preciso mudar isso, tirar da mente dela qualquer ideia de que possa pensar que estou desejando Fallen ou qualquer outra. Só a ideia de me sentir atraído por alguém além de Carly me dar vontade de rir de tão ridículo que soa a mim.

Eu amo Carly. Desejo Carly. Fim.

Paro o carro e olho-a, ela continua com os pensamentos longe olhando para o pé que balança sem realmente o ver; nem percebeu que chegamos. Ponho uma mão em sua perna chamando sua atenção e ela pisca virando-se para mim.

-Chegamos, amor.

Ela olha em volta e franze a testa.

-Porque estamos na sua casa e não na minha? -questiona.

Hoje a levei ao cinema para lhe distrair e passarmos um tempo juntos. Venho tentando ao máximo esses dias passarmos tempos juntos fazendo algo como passear no parque, assistir um filme no cinema, a levar para jantar... Coisas assim também me distraem do problema com Zaki. Mesmo que, durante a noite enquanto ela dorme, eu permaneço do lado de fora logo abaixo de sua janela com o pensamento completamente focado nele. Com medo de sua aparição.

Sorrio dissipando o pensamento do Lobisomem, não vou pensar nele agora.

-Eu quero lhe mostrar algo.

Ela me olha e inclina o rosto.

-E o que é?

Acaricio seu rosto carinhosamente.

-Digamos que é um presente.

Carly estreita os olhos levemente desconfiada, mas me segue para dentro de casa. A conduzo com a mão levemente em sua cintura em direção ao quarto principal, o mesmo onde ela já dormiu em meus braços antes. Carly abre a porta e eu acendo os abajures ao lado da cama.

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