Alec era apenas um jovem quando foi brutalmente acusado de bruxaria junto de sua irmã. Transformado em vampiro, ele logo percebe que nada importa além dele.
Carly era apenas uma alegre e inocente criança quando o destino tira de sua vida seus pais...
''A batida do meu coração pula quando estou com você, Mas ainda não entendo Como o seu amor pode fazer o que ninguém mais pode.''
(Crazy In Love-Sofia Karlberg)
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POV ALEC
Odiei. É a única palavra que define perfeitamente a viagem, e depois da quinquagésima nona vez que me perguntei o que estava fazendo ali, parei de contar. Estou na primeira classe e, felizmente, não há ninguém ao meu lado. –Idiotas.- sussurro para mim mesmo enquanto observo ao meu redor. – O que disse, senhor?- A aeromoça questiona.. Seu cabelo loiro preso e com os olhos escuros, carrega um carrinho com várias comidas fedorentas. Sorridente, ela olha para mim, retribuí o seu olhar através dos óculos escuros e sorrio maliciosamente. O coração dela perde uma batida, eu sei que não é por medo. – Eu não disse nada. – minha voz suave. Ela rir, encantada. Como seria fácil matá-la, humanos são facilmente seduzidos. – Frango ou peixe? – Não quero. Do que eu me alimento, não é comida humana. A jovem aeromoça dá um passo para trás e sai dirigindo-se para o passageiro da frente. (...) Estou correndo. O vento bate em meu rosto e me sinto livre. Meus pés mal tocam o chão e as árvores se balançam enquanto eu passo por elas, há muito tempo eu não sei onde estou, apenas a floresta é meu refúgio. É minha casa. Se por um lado é bom, por outro é completamente estranho. Eu nunca gostei de ter muitas pessoas ao meu redor, mas havia alguém que sempre estava do meu lado: Jane. É muito estranho não tê-la ali, correndo em uma floresta. Lembro-me das vezes em que corríamos assim, porém com pesar percebo que a grande maioria era para caçar algum vampiro. As raras vezes que fizemos isso por prazer foram há tempos atrás, quando tínhamos acabado de ser transformados. Com o tempo, tudo mudou. Paro em baixo de uma amontoado de rochas para me proteger da chuva forte que começa a cair, a noite está escura e não há nenhum barulho além das gostas de água que caem ao meu lado. Solidão. É tudo o que sinto, mas não era ruim, é até bom. Isso é o que desejei por semanas, nos Volturi eu sentia que estava dividido e sendo mutilado por dentro. Entretanto, porque a sensação de ainda não ser o suficiente em engole? Pensei que quando me afastasse de tudo, seria o suficiente. Mas não. Apenas isso não. O que então? Por uma mania desenvolvida, ponho as mãos nos bolsos e encontro o que procuro. A pulseira. Retiro-a e a encaro, parecia uma eternidade desde que a olhei pela última vez, mas eu sabia que eram apenas dias. Eu havia saído dos Volturi, havia deixado minha irmã, havia deixado a Itália e, no entanto, não havia jogado aquele pequeno objeto fora. Tudo em mim estava mudado e eu já não me importava com isso. Fecho os olhos e então ela vem a mente: seus longos cabelos escuros com um leve ondulado, pele morena clara e olhos castanhos escuros, as assas de anjos tatuadas em suas costas. – A mais bonita que já vi. - Sussurro a mim mesmo. Eu posso admitir isso, não posso? É apenas a verdade. Além disso, há algo em seus olhos que a fez parecer mais encantadora, um brilho diferente. Algo que me faz querer não a soltar. Algo que eu não entendo o que é. Levanto-me e retorno a caminhada, já não me importando com a chuva que me ensopa até o osso.