40. Envolvido

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''De pé na beira do amanhecer,
O dia é passageiro."

(Orbit - Hwasa)

(Orbit - Hwasa)

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POV ALEC

Mais de duas semanas haviam se passado desde que comecei a namorar Carly, a rotina dela passou a me ter incluído em grande parte. Mesmo quando passava restante da tarde nos ensaios, ela pede para que eu a acompanhe. Gosto disso, gosto de vê-la dançando.

Fora isso, ela fica na casa comigo e diversos beijos foram trocados e muitos filmes assistidos. Muitas vezes quem a vai buscar é Renesmee e as vezes também fica para assistir algo conosco, gosto dela também, ela realmente parece bem confortável em minha presença.

Mas hoje foi muito corrido para Carly, de forma que não há vi ainda.

Não sei bem o que me guia, mas quando dou por mim estou próximo a sua casa.

Assim que chego na clareira da casa, vejo Carlisle chegando em seu carro, provavelmente do hospital. Ele para o carro e desce despreocupadamente, mas assim que meu cheiro lhe atinge, seu corpo torna-se tenso mesmo que não queira demostrar. Ele olha em minha direção, que saio de entre as árvores.

Os olhos dourados encontraram os meus vermelhos, estão firmes e sem humor. Não quero briga nem discursão, quero apenas saber sobre Carly. Desvio o olhar para a casa atrás de si, desejando poder vê-la.

Não sei como meu rosto está, mas seja lá o que o médico ver, o faz suspirar, como se desistisse e ao mesmo tempo estivesse com pena.

—Carly está bem, Alec. –A voz monótona –Ela chegou a pouco tempo.

Não sei como ele entendeu, mas fico grato. Continuo com os olhos na grande casa, seu aroma indica que esteve na porta a pouco tempo.

É quando a vejo. Através da grande janela de vidro da sala, posso ver minha garota saltitar escada abaixo, seus cabelos molhados indicando que havia acabado de sair do banho, seu corpo coberto por uma calça de moletom e uma blusa surrada, seu sorriso fazendo meu peito acalmar mesmo a distância.

Ela some de vista entrando na cozinha. Inclino o corpo querendo ver mais dela, mas não consigo, apenas sua leve risada chega até mim e sem perceber um sorriso toma meus lábios.

Quando volta meu olhar para Carlisle, ele me encara analisando-me.

—Céus, você gosta dela mesmo. –Divaga, depois suspira novamente –Preciso entrar. Você quer entrar para vê-la?

Penso na maravilha que seria poder ficar com ela um pouco, em como se ficaria surpresa em me ver... Mas também me lembro de que seria na casa dela, onde ninguém gosta de mim. E o sentimento da minha parte é, no mínimo, recíproco.

Então balanço a cabeça em negativa. Carlisle analisa-me por alguns segundos, esperando para ver se mudo de ideia. Vendo que não, deseja boa noite e se vira-se caminhando até sua casa e entrando.

RenunciadoOnde histórias criam vida. Descubra agora