32. A razão

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''Encontrei uma razão para mudar
quem eu costumava ser.
Uma razão para começar de novo
e a razão é você.''

(The reason - Hoobastank)

(The reason - Hoobastank)

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POV ALEC

Carly segura o vestido e o ergue retirando-o. Levo um susto tão grande que sobressalto vendo sua roupa passar a base superior de suas coxas.

- O que está fazendo?

Rapidamente ponho minhas mãos sobre as suas impedindo-a de prosseguir. Se tivesse um coração que bate, nesse momento ele estaria saindo pela boca. Olho para baixo vendo suas pernas a mostra e o vestido embolado em suas mãos, meu peito aperta e algo perigosamente descontrolado ruge dentro de mim. Carly enruga o nariz como se não gostasse do meu impedimento, seus olhos ainda embaçados e tontos, sem foco.

- Esse vestido está imundo!

Puxa as mãos do meu aperto e cambaleia um pouco para trás. Depois segura na parte de cima atrás de seu pescoço onde um nó prende o vestido no lugar e o solta. Meus olhos quase saem de órbita vendo-a abrir as mãos, por um segundo fico sem reação ao ver o pano deslizar pela sua pele. Consigo estado de espírito suficiente para impedi-la antes que veja o que não deveria, mas engulo seco ao perceber que por pouco não a veria sem a parte de cima da roupa.

- Céus, Mulher! -minha voz é rápida, minha respiração descontrolada- Dá para parar de tentar ficar sem roupa na minha frente, por favor!?

Carly cambaleia novamente demostrando que ainda não consegue pensar direito. Seus lábios formam um leve bico indignando e seus olhos se erguem para mim. Nossas mãos dadas próximo a sua clavícula me mandado eletricidade.

- Que diferença faz? -sua voz é embolada e arrastada -Isso é só um sonho.

Dou um leve sorriso e subo a parte do seu vestido que abaixou prendendo-o novamente.

- Está achando que isso é um sonho, Carly? -afirma com a cabeça tontamente e meu sorriso aumenta -Quer dizer que você sonha comigo? E no sonho por acaso você tira a roupa?

Só a menção dessas palavras faz meu corpo esquentar, a gravidade que me segura na terra é seu corpo e sou puxado em sua direção.

Ela sorrir um sorriso bobo e mesmo sabendo que sua forma de agir se deve a tontura, não posso achar mais fofo.

- Não, nunca ficamos assim. -Põe a mão na cabeça fechando a feição. -Aí, está doendo.

Apoia a cabeça em meu ombro e acaricio seus cabelos agora sujos, Carly se torna uma mistura de aroma de terra molhada e rosas. Novamente surpreendo-me em como o simples fato de a ter tocando em mim parece ser incrivelmente bom. Após alguns minutos se recuperando, ela ergue a cabeça e me encara, os olhos firmes informam que a tontura se foi. Entretanto parece um pouco perdida.

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