53. Ímpeto - parte I

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''Em primeiro lugar,

Eu vou dizer tudo que está na minha cabeça.''

         (Beliver- Imagine Dragons)

         (Beliver- Imagine Dragons)

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POV ZAKI

-Vadia maldita! -grito lançando uma cadeira velha na parede. -Vampira miserável!

Minha voz ecoa pelo espaço da sala de aula escura pela noite e completamente vazia. O vento do lado de fora balança as janelas, o cheiro do que sobrou do guarda que fazia vigia ainda estar em mim após me alimentar dele. Pensei que talvez fosse me acalma após me alimentar, que a raiva por Fallen fosse ser suprimida.

Porém não foi. Ainda queimo em raiva por ela e por mim.

Passo as mãos nos curtos cabelos e inclino-me com as mãos sobre uma das mesas dos alunos. Ainda não entendo, mesmo tendo passado dias desde que encontrei a vampira loira de nome Fallen, como falei tanto a ela? Como contei todo meu plano? Porque fiz isso?

Mas naquele dia, na floresta onde próximo acontecia uma festa, falar parecia algo necessário. Eu queria continuar próximo dela e quanto mais ela questionava, mais eu dizia. E quando dei por mim, ela sabia de tudo.

Eu despertei de mim mesmo, tentei ir atrás dela, porém fugiu. Entretanto eu sabia que todo meu plano de chegar de surpresa para Alec havia ido por água a baixo quando lhe olhei melhor. Estava escrito em sua fase: Ela conhecia Alec. Ela iria contar tudo.

Por algum motivo ela queria protegê-lo.

Grito sobre meus braços e frustração coroe meu corpo. Eu estava tão perto, faltava tão pouco! Meu plano era seguir por esses dias para Seattle, iria pegar Alec de surpresa; a vidente entre eles não iria me ver e sei disso pois da ultima vez os Volturi nos contou sobre isso.

Ergo-me e respiro fundo suprimindo a raiva. Abaixo os olhos e vejo em meu pulso esquerdo um pequeno retalho de pano azul amarrado em meu pulso, a lembrança de quando a amarrei ali retornam: Amira no chão, seu coração sem bater, já estava morta.

Os olhos sem brilho de quando morreu ganha vida em minha memória, revivem com as memórias que tenho desde pequeno.

Nasci seis anos após ela, eramos de família pobre e o pouco que conseguíamos era para se manter. Mas eu era doente, sempre fui uma criança de muitos cuidados físicos. Minha mãe não gostava de minha presença, dizia que já haviam preocupações demais para ter um filho sempre doente, ela me despreza. Porém eu tinha meu pai e Amira, ele sempre cuidava o melhor que podia de mim e Amira largou a escola com 15 anos para trabalhar e juntar o dinheiro para me comprar remédios.

Então um dia eu voltava tarde da escola, estava estudando tentando melhorar as notas porque queria entrar em uma boa faculdade e posteriormente ter dinheiro para ajudar minha irmã e pai. A rua escura de nossa casa não me permitiu ver, só sentir a mordida. Gritei assustado, cair no chão vendo todos os livros se espalharem no asfalto, minha mão na ferida recém aberta. Havia alguém a minha frente e ergui os olhos: Alto, pele escura, os olhos animalescos em um amarelo impossível para um humano comum.

RenunciadoOnde histórias criam vida. Descubra agora