27. Ruptura

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''Não haverá luz do sol se eu te perder, amor. Se eu te perder, todos os dias irá chover.''
(It will rain)


POV CARLY

O tempo parece congelar e se desenrolar. Duas coisas assustadoras acontecem no mesmo momento:

Três vultos altos e grandes passam pela janela e caem sobre Alec, retirando-o de perto de mim e prendendo-o no chão. Sinto um toque extremamente quente envolver minha cintura por trás e olho vendo mãos grandes e animalescas puxar-me violentamente para fora pela janela.

-Carly!

O grito de Alec é a última coisa que escuto quando sou levada.

O vento passa por mim rápido fazendo meus cabelos soltarem do penteado e tamparem meu rosto enquanto sou puxada por trás. Vejo Alec no chão tentando sair do aperto dos três seres de aparência estranha.

Meu corpo encontra com um corpo alto e peludo, tento ergue o rosto para vez quem seja. Ele lança-me de contra a parede do prédio de forma bruta e a leve tontura me toma pelo baque, a cabeça protesta. Estamos no alto, logo abaixo a colina se desenrola juntamente com a floresta, suas garras prendem-nos com uma mão afundadas na estrutura da parede.

-Olá, querida.

A voz grave e com um tom de rugido me faz firmar as vistas. A minha frente um ser diferente de tudo o que já vi sorrir de forma estranha e doentia. Assim como os outros vultos, ele é alto e seu corpo possui a mistura de humano e animal, diferente da tribo Quileude, ele não se torna totalmente lobo e sim a junção disso. Sua feição no rosto permanece praticamente intacta, com a exceção de que grossos pelos cobrem grande parte.

-Me solta! - tento empurrá-lo, mas não surte efeito.

-Carly!

O grito de Alec ecoa acima de nossas cabeças, dentro do espaço. Escuto brigas acontecendo no andar onde Seth e Emmett estão.

O Ser abre um largo e sinistro sorriso ouvindo o que só pode ser descrito como angústia na voz de Alec. Suas grandes presas se mostram e parecem captar a luz envolta causando-me um arrepio sombrio. Chega seu rosto mais perto do meu.

-Você tem mais protetores do que fui informado.

Sinto a raiva queimar minha pele e lanço meu corpo contra o seu com toda força que possuo, o que faço surte efeito e ele desequilibra e começa a cair. Como estou suspensa no ar sendo apoiada apenas pelo seu aperto, sou levada junto e caímos até encontrar o chão da colina. Sinto todo meu corpo doer pelo impacto e vejo-o logo do meu lado.

Ponho-me de pé respirando com dificuldades. Quero correr, mas o olhar do ser a minha frente diz que me pegará. Um vulto grande cai sobre ele e Emmett o segura pelo pescoço, ergue os olhos para mim rapidamente.

-Corre!

Saio do meu torpor e começo a correr, mas o chão é íngreme e dificulta meus passos. Escorrego várias vezes enquanto me embrenho entre a florestas na noite iluminada pela lua. Meu peito queima em medo, meu corpo dói pelos ferimentos, minha cabeça protesta contra os baques.

Mas não posso me dar por vencida, preciso ser o mais forte que conseguir. Enquanto corro contra o chão em decline, pergunto-me quando terei sossego e não precisarei fugir pela floresta.

Sinto alguém me alcançar por trás e lançar-me ao chão, meus pés escorregam na terra úmida e um grito rompe meu peito quando meu corpo cai de encontro a terra. Por ser uma colina, não consigo manter sustentação e começo a rolar com quem me atacou logo ao meu lado.

RenunciadoOnde histórias criam vida. Descubra agora