37. Solar

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"Quando somos crianças aprendemos a distinguir entre o vilão e o herói; o bem e o mal; um Salvador e uma causa perdida.
Contudo, e se a única diferença reside na perspectiva de quem está narrando a história? "

(Legancies)

(Legancies)

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POV JANE

Abro a porta do meu quarto, ela produz um leve ranger ao fechar-se atras de mim.

Estou em Volterra. Estou em casa.

Logo terei que sair a pedido dos Volturi. A todo tempo, desde que soube disso, comecei a sentir um pequeno desconforto. Eu não saía em missão há um tempo relativamente bom e algo perto da ânsia de ficar aqui, no prédio, me tomou desde de então.

Olho brevemente em volta, meus olhos passeando pelo espaço sem muito interesse. O quarto é relativamente grande, mas o fato de estar coberto de livros dá a sensação de ser menor do que realmente é.

Após a súbita e confusa saída de Alec, momentaneamente me vi perdida. Como assim ele me deixou? Como assim ele se foi?

Por que nem olhou para atrás enquanto eu apenas fiquei o vi indo embora sem nenhuma explicação?

Eu o odiei, na verdade, ainda o odeio por ter ido. E isso me fez fechar-me sobre mim mesma. Os meses seguintes não conseguia me concentrar, estava raivosa e pensativa.

Descobri por intermédio de David, que a pouco tempo chegou segurando um braço, o real motivo da saída de meu irmão. David não foi tão solícito ao me dizer, tive que ''obrigá-lo'' a falar toda a verdade da forma que tão bem conheço e gosto. Não precisou de muito, David já sabe como meu dom pode ser sofrido e contou após o primeiro grito de dor.

Foi por Carly. Pela humana.

Os Volturi já sabiam, estavam queimando em uma chama silenciosa e raivosa pela ameaça que Alec fez através de David. Até então eu estava no escuro, não sabia que eles já tinham conhecimento sobre a humana. Muito menos que tentaram acabar com a vida dela.

Mas assim que soube, desejei que o plano tivesse dado certo. Quer ela estivesse morrido.

Naquele dia, gritei em ódio por saber que ela continuou viva, que Alec deixou tudo para trás por ela. Que me permitir deixar que sua saída estivesse me atingido como uma faca.

Ainda sinto falta dele, muito mais do que permito me dizer. Sinto falta do seu sorriso sarcástico, do seu cheiro, do seu toque... E isso me levou a trancar-me em mim mesma ainda mais.

RenunciadoOnde histórias criam vida. Descubra agora