Alec era apenas um jovem quando foi brutalmente acusado de bruxaria junto de sua irmã. Transformado em vampiro, ele logo percebe que nada importa além dele.
Carly era apenas uma alegre e inocente criança quando o destino tira de sua vida seus pais...
Você pode me ouvir gritando: Por favor, não me deixe?''
(Hold On-Chord Overstreet)
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POV ALEC
Eu pensei que soubesse o que fosse sofrimento. Que entendesse o significado da palavra angústia.
Mas nenhum momento. Nada. Me preparou para o que explode em meu peito e engole todo meu ser ao ver Carly gritando em meus braços.
E não há nada que eu possa fazer.
Não posso transformá-la, isso a matará mais rápido. Não tenho como fazer seu sangue ser compatível com o veneno, uma vez que isso é impossível de mudar...
Eu encontrei minha salvação e agora ela morre em minhas mãos.
–Carly... –sussurro em angústia.
Tomo seu rosto em minhas mãos novamente sentindo seu corpo tremer em dor. Ela parece aérea, fora de si, seus olhos não focam. Sei que o veneno está paralisando seus órgãos, retirando a vida daquela que trouxe vida ao meu mundo.
Porque sim, hoje vejo que como antes vivia: Reprimindo tudo dentro de mim, anestesiando meus próprios sentimentos. Aquilo não era vida. Tive tanto medo e raiva por não ter mais o controle sobre mim que agora vejo o qual maravilhoso é estar apaixonado.
Mas toda essa paixão parece sem sentido quando a vejo perdendo sua vida.
Abraço seu pequeno corpo e sinto uma leve pressão em meus olhos, meu peito se balança em soluços de angústia ao mesmo tempo que o coração se contorce. É então que percebo que estou chorando. Após mil anos, eu estou chorando.
Choro por não suportar a ideia de perdê-la. Por ela só ter aparecido em minha vida agora. Por tudo que lhe antes de causei e todo mal que a desejei.
Choro por tudo o que nunca viveremos.
Os soluços rompem meu corpo e transbordam em minha garganta preenchendo a mata a nossa volta, minhas mãos seguram mais firme seu corpo querendo protegê-la do inevitável.
–Por favor, Mi Salvezza... –sussurro em seus cabelos, desespero escorre em minhas palavras enquanto ela deixa outro grito de dor atravessar seus lábios e reverberar em meu peito –Por favor... Não você...
Eu trocaria de lugar com ela se isso a fizesse viver, eu sofreria essa dor se ela se salvasse.
Sinto o cheiro de seu sangue saindo da mordida, o aroma é tão fraco que não desperta sede diretamente em mim. Afasto-a um pouco para olhá-la nos olhos, seu rosto se contorce em dor, seu coração diminui ainda mais os batimentos.
