I be there for you

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''Mas quando não for seu dia, semana, mês, ou até mesmo seu ano.
Eu estarei lá por você, como já estive antes.''

(I'II Be there for you - Friends)

(I'II Be there for you - Friends)

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POV NAHUEL

Dirijo em direção no centro de Seattle, escuto o leve suspirar cansado ao meu lado e aproveito sinal fechado para olhar o banco do passageiro, Carly está dormindo nele. Seus olhos fechados ainda parecem inchados pelo choro e as olheiras demostram que não dorme bem a dias. Depois de sua súbita explosão em lágrimas, demorou para ela se acalmar e depois decidimos sair um pouco para ela distrair. Eu queria poder fazer algo a mais por ela, mas sinceramente não sei o que.

Passo a mão no cabelo e suspiro. Talvez se eu próprio não estivesse me sentindo uma confusão poderia ajudar Carly melhor. Mas eu também mal tenho dormido e quando isso acontece, sonho com coisas estranhas e desconexas que não me lembro direito. E toda vez que penso nisso tudo, o anel que carrego em um cordão em meu pescoço - que foi da minha mãe e é a única coisa que tenho dela- parece queimar, quase como se quisesse dizer algo.

Balanço a cabeça e volto a me focar na minha amiga dormindo, agora em quase nada ela lembra a criança que conheci.

Nove anos para uma pessoa que não envelhece como eu não é muita coisa, o tempo para nós parece passar diferente e sem importância. Já para um humano é muita coisa. Por isso me surpreendi ao reencontrá-la, claro que imaginei que estaria diferente, mas não imaginei o quanto. A garotinha que conheci foi substituída por uma linda jovem de corpo esquio devido a dança, o rosto infantil agora é adulto e ainda mais bonito.

Quando a revi, por um momento parecia ser outra pessoa, mas então ela me olhou e encontrei minha pequena amiga em seus olhos.

Relembro a primeira vez que conversamos, anos atrás.

Ela era apenas uma garotinha com o olhar assustado que havia perdido os pais. Estávamos na ilha Esme e ouvir e vi como as Amazonas a trataram, não foi nada direto, mas ela percebeu a rejeição.

Carly disse que iria procurar conchas do mar e pegou seu baldinho saindo sozinha em direção à praia no fim de tarde. Por algum motivo, sentir-me impelido a segui-la de longe. A criança Carly passava pelas areias saltitando demostrando despreocupação, as vezes se abaixava e pegava uma concha colocando-a no balde rosa em suas mãos.

Ela saiu de perto de todos e permaneceu andando cantarolando, eu não precisava está perto para vê-la perfeitamente pois tenho os sentidos muito avançados. Carly seguiu andando por muito tempo, até que parou olhando o mar. Ela tinha uns 7 anos, seus longos cabelos voavam pelo fraco vento, seu pequeno corpo era iluminado pelo fim do dia.

Carly se sentou sobre a areia e cobriu seu corpo com seus braços. E então chorou. Foi quando entendi que meus sentidos estavam certos, ela estava fingindo estar bem para não preocupar ninguém. Ela sabe que isso é impossível em uma casa com um leitor de mentes e um leitor de sentimentos? Mas se bem que até parecia realmente enganar os outros...Menos eu, eu percebi algo estranho.

RenunciadoOnde histórias criam vida. Descubra agora