Alec era apenas um jovem quando foi brutalmente acusado de bruxaria junto de sua irmã. Transformado em vampiro, ele logo percebe que nada importa além dele.
Carly era apenas uma alegre e inocente criança quando o destino tira de sua vida seus pais...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
POV ALEC
Há duas coisas que ninguém sabe sobre mim:
1° Beatriz gostava que eu a chamasse de Triss.
2° Carly não foi a primeira humana a ter conseguido me alcançar.
É sobre isso que penso. Que deixo ser liberto pelos riscos que o lápis causa na folha ao qual uso. A voz de Carly, a acusação em seu tom, o choro contido ao relembrar de Triss... Tudo saindo incontida na folha branca.
O rosto tomando forma nos traços:
Os cabelos longos, escuros e cacheados. O rosto de pele escura. Os olhos negros.
Ela nunca foi esquecida. Talvez suprimida e perdida dentro de mim, mas permaneceu. Como uma erva daninha, ao qual você arranca do meio do campo e pensa que se livrou, mas as raízes ficam e no momento certo voltam a se mostrarem.
Essa é Beatriz para mim. Minha erva daninha. Aquela que por muito tempo consegui manter no escuro de tudo o que sentia. Porém agora? Agora que não tenho mais como controlar tudo o que sinto como antes?
Agora ela é minha sombra. O rosto que vejo em qualquer garota com cabelos longos e cacheados.
Nunca sentir por ela o que sinto por Carly, isso é impossível.
Mas ela era minha amiga.
E eu a matei.
ITÁLIA 1763
O dia nublado acoberta minha pele de brilhar, a suave brisa de primavera sopra entre as arvores fazendo as folhas caírem suavemente. Permaneço subindo a encosta, a grama verde fazendo meus pés afundarem. Não estou com pressa, por isso ando devagar.
Carlisle saiu para caçar. Reviro os olhos com o pensamento. Seria muito mais fácil e saboroso se alimentar de humanos. Mas não, ele prefere os animais.
Dou outro passo e sorrio ao pensar em como ele acreditou fácil que eu realmente tenho qualquer interesse genuíno pela sua forma de viver.
A verdade: Eu não tenho. Nenhum. Nunca tive.
Mas eu já estava entediado, levar humanos para me alimentar propositalmente na sua frente já não trazia emoção que desejava. Então pensei: Porque não fingir? Mentir que ligo ao menos um pouco em seus preciosos humanos e assim, depois de saber seu preferido, o tirar dele?
