Capítulo 61 - Selena Piacessi

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Então..., foi isso que perdi todos esses anos.

O tempo todo em que Tristan se preocupava comigo, eu o xingava mentalmente por ser tão bonzinho, educado, dedicado e atencioso.

Às vezes eu me sentia uma vadia, admito.

Ele todo preocupado com meu bem-estar, meu desconforto e eu toda louca de desejo, querendo ver se a tal da penetração, que faríamos iria ser realmente boa ou terrível como me lembrava.

Me preocupei com a penetração porque era praticamente o "item" que faltava experimentar. Havia claro, outras coisas, mas todas elas no meu entender, viriam depois dessa.

A penetração não foi só boa, foi ótima, incrível.

Teve a parte chata da dorzinha inicial, o que me surpreendeu um pouco, pois achei que não passaria por isso. Mas é preciso levar em conta, que o fato dele ter um membro grande e grosso, me deixou um pouco dolorida e desconfortável..., teve também um momento em que as lembranças ruins quiseram se aproximar, mas eu me segurei nele, naquele momento, em nossos momentos. E, depois que ele voltou a me beijar, a me tocar, me acariciar..., tudo voltou a ser incrível e eu só queria mais e mais e mais.

Fico pensando essas coisas enquanto ainda estou agarrada em Tristan e ele ainda brinca com meu cabelo. Eu já dormi, acordei e ele continua na mesma posição. Mal respira. Fica me olhando, esperando que eu surte ou algo assim.

Ele já me perguntou não sei quantas vezes se estou bem e eu já respondi sei lá quantas vezes que sim.

E verdadeiramente sim, estou mais do que bem, me sinto completa, inteira.

Como se algo perdido, tivesse sido encontrado.

Como se eu tivesse encontrado a última parte do meu quebra cabeça e agora ele estava completo.

Estava me sentindo maravilhosa, linda, desejada, viva, segura.

Quando ele subiu em cima de mim, confesso que me veio uma sensação ruim, estranha, um pequeno pavor começou a subir por minha barriga e eu pensei naquele momento que surtaria. Mas eu mantive meus olhos abertos, como ele pediu e assim que olhei seus olhos, ouvi sua voz e senti seu cheiro, tudo desapareceu como num passe de mágica e só ficou ele.

Estou maravilhada em saber, como é gostoso o tal do sexo com Tristan.

Só de pensar, quero tudo de novo.

_ Quanto tempo a gente precisa esperar? – Pergunto, querendo saber se tem alguma regra pra isso, já que nunca me atentei a esse fato nas pesquisas que fiz.

_ Esperar pra quê, linda? – Ele pergunta acariciando meu rosto.

_ Você sabe, pra ir de novo.

Tristan ri e beija minha testa. Sua risada é deliciosa e contagiante, mas me sinto meio boba, porque acho que fiz uma pergunta idiota.

_ Foi uma pergunta idiota?

_ Não. Não, foi uma pergunta idiota. Foi uma pergunta muito válida. – Ele acaricia meus lábios. _E a resposta é: Quando os dois quiserem, podemos ir de novo. Quando, onde, como... tudo depende do desejo que nós dois tivermos. Tudo que for combinado entre nós dois, dentro de quatro paredes sempre será válido.

_ Você gostou? Acha que eu fui bem? Que eu fiz direito? – Pergunto querendo saber se ele se sente tão completo quanto eu me sinto nesse momento.

_ A questão é. Você gostou? Foi dolorido? Foi o que você esperava? Teve um momento que senti você meio estranha..., fiquei preocupado.

_ Você sempre vira as perguntas pra mim, isso é frustrante.

_ Porque seu prazer, sempre estará em primeiro lugar para mim.

JUNTANDO OS PEDAÇOSOnde histórias criam vida. Descubra agora