Capítulo 56 - Tristan Lucchesi

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Estou super ansioso para ver Selena.

Desde ontem, depois de vê-la seminua na cama, o que antes era só imaginação, passou a ser algo real, vívido demais. Vê-la deliciosa e parcialmente nua e toda aberta na cama, com carinha de satisfeita, subiu consideravelmente meu nível de desejo por ela.

Nesse momento, tenho medo de estar sozinho com ela, por isso quando ela me abre a porta toda linda e sorridente me dando passagem pra entrar, me mantenho parado junto ao batente feito um poste.

_ Não vai entrar? – Ela pergunta procurando alguma coisa pela casa.

_ Agora não. Vou te esperar aqui.

_ Por quê?

_ Digamos que hoje, agora, nesse momento..., é mais seguro assim.

Ela parece não entender, mas também não faz qualquer outro comentário.

Me mantenho plantado no batente da porta pelos próximos cinco minutos, quando ela finalmente, me empurra pra fora e fecha a porta atras dela.

_ Aonde vamos? – Ela pergunta enquanto eu chamo o elevador.

_ O que está com vontade de comer? Dependendo do seu desejo, eu indico o lugar.

Minha fala foi totalmente inocente e totalmente voltada para comida de verdade, mas depois de ver o rosto vermelho e quente de Selena penso que ela pode não estar pensando no mesmo tipo de comida que eu.

Toco levemente em suas costas para sairmos do elevador e mesmo correndo o risco de enlouquecer pergunto:

_ Vou querer saber o que exatamente você pensou???

Ela me olha e fica mais ruborizada ainda, morde os lábios e eu tenho que colocar a porta do carro entre nós dois, pra que eu não ultrapasse nenhum limite.

Céus..., como queria ser eu, a morder aquela boquinha.

Assim que fecho a porta dela, dou a volta e abro a porta do meu lado, mas antes de entrar, dou algumas respirações profundas, tentando manter o foco.

_ Você está bravo? – Ela quer saber quando finalmente entro.

_ Bravo? Não. Por que estaria bravo, linda? – Pergunto querendo saber o que se passa naquela cabecinha cacheada.

_ Sei lá. Talvez por que eu não pensei exatamente naquilo que foi proposto?

_ Selena, eu posso estar muito curioso pra saber o que você pensou, mas de modo algum ficaria bravo por seus pensamentos não serem os que foram propostos. – E eu daria qualquer coisa pra saber sobre eles... _Mas, como você não escolheu o menu, eu me decidi por um lugar. Como sei que gosta de carne, escolhi uma churrascaria, bem gostosa. Tenho certeza de que vai gostar. Tudo bem, pra você? Ou prefere outro local.

_ Não. Esse aí está ótimo. Mas já aviso que não tenho dinheiro pra bancar seus lugares caros.

Dou risada, ela é realmente muito racional as vezes.

_ Você precisa pedir um aumento ao seu chefe. – Falo brincando. _ Mas falando sério agora. Vamos tirar algo do nosso caminho, está bem. Toda vez que eu convidar você pra sair e eu espero que sejam muitas vezes, eu pago okay. Nessa parte, sou um homem das antigas. Gosto de pagar a conta, abrir a porta, puxar a cadeira, andar do lado da rua, segurar a mão... espero que não se importe. Não quero parecer machista nem nada, até porque acho fundamental as mulheres serem respeitadas e tratadas como iguais, mas acho legal e gostoso fazer essas coisas. É um tipo de cuidado extra que tenho com quem quero bem. Quero deixar essas coisas claras desde o começo, porque na sociedade atual, um gesto assim pode ser encarado como machismo e não como cavalheirismo. Espero que me diga quando algo em mim te incomodar.

JUNTANDO OS PEDAÇOSOnde histórias criam vida. Descubra agora