Capítulo 11 - Tristan Lucchesi

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Os olhos de Selena lacrimejaram enquanto olhava pra mim.

Eu era inocente dessa vez, pelo menos achava que era. Ela resmungou algo e saiu rapidamente rumo ao banheiro.

_Está esperando o que lesma?

_ O que foi Guida??? Do que precisa?

_ Preciso que deixe de ser lerdo.

_ Lerdo por quê?

_ Jesus, Tristan. Vai atrás da Selena e tente conversar. Na verdade, não tente... converse. Peça a ela pra abrir a porta e fique lá até ela sair e olhar pra você. Quando ela sair você a beija, suave, doce e lentamente, sem assustá-la. Com certeza você não vai querer assustá-la mais.

_ Guida!!!!

_ O que? Perdeu a prática?

_ Talvez ela não esteja interessada. Já pensou nisso, nós vamos na casa da irmã dela, todos os domingos a algumas semanas e nunca rolou nada.

_ Porque você é lerdo, lento e ela problemática. Coisas que podem ser resolvidas com alguns beijos e muita conversa.

Fico olhando entre Guida e o caminho que leva ao banheiro em que Selena se trancou, sinceramente não tenho ideia do que fazer, mas não preciso pensar muito, Guida rapidamente me dá um tapa e um olhar que poderia me matar.

Então pego a deixa e sigo para o banheiro.

Paro na porta indeciso com o próximo passo e olho para onde estava, vendo Guida que encontra meu olhar.

Sem esperar mais, pois sei que o próximo passo é ela vir até aqui, bato levemente na porta e espero.

_ Só um momento. _ Depois de um tempo, Selena responde.

Assim que a porta se abre e ela me vê, seus olhos que estão vermelhos, voltam a lacrimejar, ela faz menção de fechar a porta novamente, mas eu forço um pouco e entro no pequeno lavabo, fechando a porta atrás de mim.

_ Eu já estava de saída Tristan, poderia esperar lá fora só por um momento? - Ela diz parecendo chorosa e ansiosa.

_ Selena... - Começo, sem saber exatamente o que dizer.

Ela me olha nos olhos e eu quebro, não sei o que dizer, mas sei exatamente o que quero fazer.

Seguro seu rosto, esfrego com o polegar uma lagrima teimosa que cismou em escorrer e beijo seu rosto, depois sua testa, seu nariz e olhando ainda em seus olhos, me aproximo lentamente de seus lábios.

Esse é o momento.

Aquele momento certo, em que ela deve me parar, caso não queira que eu prossiga.

Lentamente toco seus lábios nos meus, suavemente quase como uma caricia, ela ainda não reage. Sendo assim, passo sobre seus lábios fechados minha língua quente e desejosa. Ela é receptiva, de uma forma inesperada, segura meu pescoço puxando meus cabelos da nuca e me aproximando mais dela.

Sua língua invade a minha boca e é minha vez de ficar sem reação, mas apenas por um instante.

No momento seguinte, a fome que sinto pelos seus lábios me consome e eu sou apenas um homem sedento em busca de saciar minha sede.

Nossos lábios se buscam, nossas línguas percorrem caminhos, se digladiam, se conhecem, se deliciam uma com a outra.

O beijo não é, nem de longe como um simples beijo, casto.

Ele já se inicia intenso, cheio de desejos e promessas. De luxuria e de pecado. Suas mãos puxam os cabelos de minha nuca e me aproximam mais de sua boca. Ela parece faminta, gulosa e eu a acompanho nesse desejo desenfreado. A seguro em meus braços e a suspendo sobre a pia do banheiro, a sento ali e continuo minha busca desesperada por mais dela.

JUNTANDO OS PEDAÇOSOnde histórias criam vida. Descubra agora