Ele Está Vindo

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Richy já havia nos falado que a eletricidade aqui era um problema, ele até sugeriu trazer algumas velas.

Depois do susto do apagão, vamos todos pra cozinha. Afinal de quem foi a ideia de trazer uma arma pra cabana? Temos que descobrir quem trouxe e o mais importante, eu fui ameaçada de novo e agora meus amigos também estão em perigo. Eu penso se eu deveria mesmo ter vindo pra cá.

Lilly está nervosa e quer saber como o Michael Hanson sabe onde estamos e como ele ficou sabendo disso.

Nesse momento, Jake me chama no pv e diz que ao entrar no mapa do celular da Hannah, eu acidentalmente liguei o GPS dele. Eu não acredito que a culpa é minha. Como vou encarar meus amigos agora? Eles não vão mais confiar em mim.

Jake quer assumir a responsabilidade pelo GPS estar ligado, mas ele não pode fazer isso, não agora que todos estão começando a confiar nele. É muito importante pra mim que ele se dê bem com meus amigos. Eu vou falar a eles o que aconteceu, eles sabem que eu não faria uma coisa dessas de propósito.

Nisso a Jessy me chama de volta a conversa deles.

- Junne?

- Desculpa, eu estava um pouco distraída. O Jake acabou de contar uma coisa e não sei como falar pra vocês.

Eles me olham confusos sem entender nada. Mas eu continuo.

- Algo terrível aconteceu. O Michael sabe onde estamos, eu fui enganada. Sinto muito. - eu fico nervosa e começo a tremer.

- Ah não! - Cleo leva as mãos na boca.

- MDS. Junne, você não pode estar falando sério. - Lilly fala indignada.

- Estou com tanta raiva de mim mesma. - eu começo a chorar e a Jessy vem me abraçar.

- Como isso pôde acontecer? - Thomas me questiona.

Nessa hora Jake aparece e explica o que exatamente aconteceu.

- Enquanto Junne e eu estávamos investigando o telefone da Hannah, ativamos o sistema de localização por acidente, ativando assim o GPS.

- Hum, entendi ... - Thomas se vira pra mim com um olhar acusatório.

- Não se preocupe com isso, Junne. - Jessy olha de cara fechada pro Thomas. - Você sempre nos ajudou, sempre esteve do nosso lado. As coisas simplesmente às vezes dão errado. - ela sorri pra mim e me tranquiliza um pouco.

- Mas coisas assim não deveriam acontecer. - eu falo secando a lágrima que escorre pelo meu rosto.

- Levanta a cabeça. - Jessy fala com um sorriso no rosto. - Nós precisamos de você. Você sabe disso, certo? - ela fala erguendo meu rosto com a mão no meu queixo.

- Isso significa que o Michael sabia que viríamos. - Thomas fala andando de um lado pro outro.

- Ele queria que você encontrasse o telefone. Ele planejou tudo. - eu completo.

- Oh, céus! - agora é Lilly que começa a chorar.

- Eu tive um mal pressentimento sobre o telefone desde o início. - estou entendendo tudo agora.

- E agora, o que vamos fazer? Vamos voltar pra Duskwood? - Lilly fala.

- Isso provavelmente é o melhor a se fazer. - diz Cleo.

- Eu não acho que seria uma boa idéia.

Lilly fala que antes de decidirmos vir pra cabana, ela sugeriu o hotel pra gente ficar juntos. De qualquer forma devemos decidir isso rápido. Jessy sugere que vamos pra uma cabana diferente, mas a essa hora da noite pra onde iríamos?

- Eu tenho um ideia melhor. - Dan fala e olha pra mim. Eu sei exatamente o que ele tem em mente. - Nós ficamos.

Todos olham pra ele sem entender nada.

- Sim, nós ficamos! - eu concordo.

- Exatamente. - Dan olha pra mim e eu confirmo com a cabeça. - Deixe ele vir. Vou me acomodar aqui e esperar por ele.

- O quê!? - Lilly fala ainda em choque.

- Eu não sei se a Junne já falou pra vocês, mas ela e eu estamos aqui por causa de vocês. Pra ficar de olho.

- Não, eu não contei.

- Vocês não podem estar falando sério. - Jessy me olha.

- Mas nós estamos. Nós temos coisas a acertar com aquele fabricante de máscaras. Vamos resolver isso aqui e agora.

- Pode contar comigo, Dan. - eu falo.

Dan explica o seu plano. Temos quatro entradas na casa, se nos dividirmos ele não irá entrar sem ser visto. Ele fica me ameaçando, mas não imaginou que juntos somos mais fortes. Dan e eu vamos liderar esse plano e ele não vai encostar um dedo se quer nos meus amigos.

- E ainda temos uma arma. - Dan completa.

- E ela está carregada pelo menos? - eu questiono.

- Claro. E pronta pra dar um fim nessa velha lenda mofada.

- Parece que até que foi você quem trouxe essa arma. - eu o encaro com os braços cruzados.

- Não, não fui eu e não negaria se fosse.

- Vocês só podem estar ficando loucos. - Lilly ainda não quer aceitar a nossa ideia. - Ele é um assassino e extremamente perigoso.

- E ele sempre será, enquanto estiver livre. Pela primeira vez desde que essa porcaria toda começou, estamos todos juntos. Nós até sabemos que ele está vindo. Honestamente? Nós nunca estivemos mais seguros.

- E ele não vai esperar que a gente se defenda. - eu completo.

- Exatamente.

- Não acredito que estou prestes a dizer isso ... - Cleo fala e dá uma pausa. - Mas acho que eles têm razão.

- Nós suportamos isso por tempo suficiente. Esta é a nossa chance da acabarmos com isso. Vocês concordam?

Todos estão com pouco de medo, mas concordam com nosso plano. Juntos somos mais fortes do que ele.

O Sequestro De Hannah DonfortOnde histórias criam vida. Descubra agora