CAPÍTULO 32

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Resolvendo ficar ali sentada no banco até dar mais um tempo e ir atrás da Camila. Ela está se divertindo tanto que não quero atrapalhar. Meu celular toca. Vejo que é a Camila, então desligo o celular, não antes de olhar as horas. Era quase três hora da madrugada. Com certeza teria problemas sobre como sair daqui. Mesmo que eu espere até amanhã, não vou pedir ajuda a ninguém. Resolvo me afastar e ir sentar no banco mais longe da entrada, um que fica atrás de uma árvore. Duvido que eles me vejam aqui.

Só preciso ficar sozinha. A música lá dentro continua muito alta. Estou tão cansada e meu corpo começa a pedir descanso. Resisto tanto contra esse sono, mas a sensação é insuportável. Vejo o Cal voltar e entrar. Não sei quanto tempo passou, mas as pessoas estavam indo embora e o dia já estava clareando. Amarro meu cabelo em um coque. Deve ser umas cinco horas da manhã. Resolvo caminhar até encontrar um táxi. Algumas pessoas ainda saíam da festa.

Meu braço é puxado, fazendo-me parar de andar. Viro e vejo o Cal.

- Te achei. O Luke vai ficar louco.

- Cal, por favor, só me deixa ir?

Estou tão cansada e com tanta raiva que não quero ter que olhar o Luke agora.

- Nicole, desculpa. Ele já está bem zangado.

Ele me puxa e eu não tento relutar, só vou com ele de volta para onde estava, sendo que agora só restavam os homens do Luke na festa.

Assim que entro, vejo-o sentado no mesmo lugar, só que agora com as palmas das mãos cobrindo o rosto.

- Luke? - Fala Cal, assim que nos aproximamos dele, que continua com as palmas no rosto.

- O que? - Ele responde sem olhar para nós.

- Aqui ela. - Cal diz, e o Luke tira as palmas das mãos do rosto, me olhando de maneira tão intensa que sinto o estômago revirar.

Quero chorar, mas seguro qualquer tipo de lágrima. Não posso chorar agora. Ele parece estar realmente zangado.

- Sente ela aqui e todos saiam.

Cal faz o que ele manda, me sentando de frente para ele. Logo todos saem, e ele fica em silêncio, analisando meu rosto. Meu coração bate forte contra o peito. Minha respiração está acelerada, mas tento disfarçar o quanto estou nervosa.

- Onde você esteve?

Me mantenho em silêncio, desvio o olhar dele, procurando qualquer outra coisa para focar. Ele se encosta na poltrona de novo, relaxa os ombros, mas a tensão em seu rosto ainda está evidente.

- Nicole, não vai me falar?

- E por que eu deveria? - Respondo, tentando manter a calma, mas minha voz sai mais baixa do que eu gostaria.

Ele ri, e isso me irrita ainda mais. Me levanto e dou um passo em direção à porta, mas ele me puxa pelo braço, forçando-me a parar. Coloca minhas mãos atrás das costas com uma só mão, e me puxa contra seu corpo. Meu peito colide com o dele, e meu quadril, sem querer, se inclina para o seu. Não consigo evitar, sinto uma onda de prazer invadir meu corpo, e isso me desespera, eu sou uma vergonha.

- Agora você vai me dizer onde esteve? - Ele sussurra no meu ouvido, a voz rouca.

- Não, não vou. - Respondo, tentando me afastar, mas ele me segura com mais força, me apertando ainda mais contra seu corpo, Deus ele é quente.

Sinto sua respiração quente em meu pescoço, e cada toque faz meu corpo se derreter, ele beija meu pescoço com beijos quentes. Preciso me afastar, mas algo dentro de mim não quer.

- P... pare. - Minha voz sai rouca, cheia de desejo e frustração, porque é exatamente o que ele está fazendo, e é impossível resistir.

- Que mesmo? Peça de novo que paro. - Ele olha no meu rosto, mas vejo a ameaça e o prazer em seus olhos. Não consigo mentir, então fico calada, deixando-o continuar.

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