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Uma semana tinha passado e esse foi exatamente o tanto de dias que estou ao lado de Lilly no hospital, por mais que todos tenham insistindo eu não irei sair de seu lado, enquanto ela não acordar e estiver fora de risco junto com o nosso bebê

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Uma semana tinha passado e esse foi exatamente o tanto de dias que estou ao lado de Lilly no hospital, por mais que todos tenham insistindo eu não irei sair de seu lado, enquanto ela não acordar e estiver fora de risco junto com o nosso bebê.
Luiza e Octávio também vem fazer visita todos os dias então esse era o momento em que eu usava para ir dar um volta mesmo a contra gosto, mas sei que Lilly me mataria se soubesse que não confiava em sua amiga.

Até agora não achamos nada que leve até o paradeiro da família de Octávio, depois de muito insistir finalmente ele contou sua história. Onde o pequeno menino foi tirado de seu país para ser trazido para cá, apenas para Viktor fazer dele um de seus soldados.

A história de Octávio era marcada por dor e perda, assim como a minha e de Adam, e cada palavra que saía de seus lábios parecia carregar o peso de sua infância roubada. Ele falava sobre os dias de treinamento, sobre como foi forçado a lutar ao lado de homens que eram o dobro do seu tamanho, tudo isso com ele arrancado de sua família e colocados em um mundo de violência e medo, os dias que em ficou trancado com fome, até mencionou o momento em que acho que tinha morrido e que Lilly era um anjo que teria ido para buscá-lo e de fato foi já que graças a tudo isso ele não estava mais naquele inferno.

Enquanto ele narrava suas memórias, e tudo o que ele e Lilly passaram trancados eu não podia deixar de pensar em como a vida dela estava suspensa naquele quarto frio e silencioso. Ela lutava por nós, e eu não podia falhar com ela. O bebê que estava por vir teria um pai presente, e eu me recuso a deixar que o passado de Octávio assim como o meu e de meus irmãos se repetissem. Era um ciclo que precisava ser quebrado, e eu estava determinado a fazer isso.

-Você não precisa enfrentar isso sozinho, eu disse a Octávio, tentando oferecer um pouco de esperança, já me simpatizando com ele por ter conhecido a dor assim como eu desde criança.
-Vamos encontrar a sua família. Não importa quanto tempo leve, eu estarei aqui para ajudá-lo. Digo a ele que está sentado ao lado da cama de Lilly ele olhou para mim, os olhos refletindo uma mistura de gratidão e desconfiança. A dor de ter sido separado de seus entes queridos ainda era forte, mas havia uma pequena centelha de determinação começando a brilhar.
-Obrigado! ele respondeu, com a voz trêmula.
- Aiden,Mas e se eles não estiverem mais lá? E se Viktor matou todos ?

-Não pense assim. A esperança é a última que morre. Vamos procurar pistas, conversar com pessoas. Alguém deve saber algo sobre o que aconteceu com eles.

Enquanto falávamos, Luiza entrou no quarto, seu semblante preocupado. -Como está Lilly? ela perguntou, e eu imediatamente percebi que precisava me concentrar no que realmente importava.

- Ainda na mesma! respondi, a tristeza pesando em meu coração.
-Mas eu estou aqui por ela e Octávio também.

Luiza assentiu e caminho até Octávio repousando sua mão em seu ombro enquanto olhava para o rosto pálido de Lilly deitado, após algum tempo ela e o menino vão embora já que Luiza está com a gestação bem avançada e não poderia fazer muito esforço já que a qualquer momento o bebê poderia nascer. Me sento em uma poltrona no quarto e aproveito o silêncio para trabalhar um pouco mais, logo sou interrompido por Adam que me manda mensagem.

Dança das sombras (Harém reverso)Onde histórias criam vida. Descubra agora