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Minha vista está embaçada, o barulho dos aparelhos me diz que estou em um hospital

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Minha vista está embaçada, o barulho dos aparelhos me diz que estou em um hospital. Tento me mexer, mas tudo dói. Começo a perceber que meu estado está pior do que realmente pensei, pois há algo em meu rosto que me impede de falar. Começo a me mover, tentando tirar isso de mim, mas é em vão. Até que ouço uma voz que parece familiar, e logo os médicos e enfermeiras chegam tentando me acalmar, mas nada adianta. Até que ouço, por cima, uma enfermeira dizendo que precisaria me sedar, então lentamente tudo escureceu novamente.

Quando abri meus olhos novamente, a luz já não me incomodava como antes. Sinto um pouco mais de facilidade em respirar. Tento me mexer e, apesar da dor, não há nada que me prenda.

— Hey, hey... Nem pense em fazer nenhum movimento! — Ouço a voz de Aiden ao meu lado de forma gentil. Ele esteve comigo todos os dias. Apesar de estar dormindo, hora ou outra, conseguia ouvir as vozes familiares dele e dos outros. Ou eu definitivamente estava sonhando com todos eles durante esse tempo. Aiden passa as mãos pelo meu rosto de um jeito como se não estivesse acreditando que eu estava sentada bem à sua frente. Seus olhos estão marejados, e encosto o meu em seu peito, procurando conforto.

— Onde está todo mundo? — pergunto em tom baixo, ainda sentindo um pouco de dor em minha garganta. 
— Eles estão lá fora. O médico não deixou todos nós ficarmos aqui, então estamos nos revezando. — Ele me respondeu com os braços em volta do meu corpo.

— Aiden... E o Viktor? — digo quase em um sussurro, me lembrando dos últimos acontecimentos.

— Morto! Como deveria já ter acontecido há muito tempo. — Logo Aiden me ajuda a ficar em uma posição confortável e logo chama a todos que lotam o meu quarto. Olho para meus maridos, e eles entram um a um, com expressões que mesclam alívio e preocupação. Primeiro, vejo a expressão de Aaron que se aproxima rapidamente, seus olhos brilhando com lágrimas contidas. Ele se agacha ao meu lado, segurando minha mão com força, como se quisesse me transmitir toda a força que ele tinha.

— Você nos deu um susto enorme, sabia? — diz ele, a voz embargada. — Eu pensei que havia perdido você.

Então, Austin aparece, seus cabelos bagunçados e um sorriso tímido que logo se transforma em um choro contido. Ele vem até mim e me envolve em um abraço suave, tentando não me machucar. O calor do seu corpo me traz conforto e segurança, e nesse momento, sinto que estou cercada de amor.

— Eu sabia que você ia voltar para nós — ele murmura, enquanto as lágrimas escorrem pelo seu rosto.

Por último, mas não menos importante, vejo Adam, que está um pouco mais afastado, seus olhos fixos em mim com uma intensidade que me faz sentir vulnerável. Ele parece hesitar por um momento, mas então se aproxima e se ajoelha ao meu lado.

— Você é mais forte do que imagina — ele diz, a voz firme. — Passamos por tanta coisa juntos, e eu não posso imaginar a vida sem você.

Enquanto olho para cada um deles, uma onda de gratidão e amor me invade. Apesar da dor e do cansaço, eu sei que estou cercada por pessoas que se importam profundamente comigo. Cada um deles é uma parte vital da minha vida, e mesmo em meio ao caos, eles me deram a força que eu preciso para continuar lutando.

Dança das sombras (Harém reverso)Onde histórias criam vida. Descubra agora