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                           Lilly

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                           Lilly

O ônibus partiu e finalmente conseguia sentir um pouco de alívio em meu coração, mesmo triste por deixar minha mãe eu tinha que fazer isso não poderia viver minha vida sendo apenas um fantoche de uma pessoa que não conheço, aproveito que estamos na estrada e abaixo o banco para finalmente consegui tirar um cochilo, assim depois poderia começar a pensar no que fazer quando chegar ao meu destino.



Acordo com o barulho de cochichos dentro do ônibus, olho pela janela e vejo uma fila gigantesca de carros em nossa frente.
-o que está havendo? Questiono uma senhora sentada na poltrona ao lado.

-Parece que estão fazendo uma blitz, acho que a polícia está procurando por algo.

Tento permanecer neutra, mas a sensação de algo ruim acontecer não me deixa ficar calma, conforme o tempo passa o ônibus vai se deslocando lentamente, pelo jeito levaria mais de uma hora para chegarmos ao nosso destino.

Quando chega nossa hora de passar pela blitz meu coração começa a ficar acelerado rapidamente, discretamente me levanto e vou até a cabine do banheiro, entro lá dentro e abro a janela que dá para fora observo ao redor e os batalhões estão mas a frente,se eu pulasse máximo que poderia acontecer era virar o pé.

Olho para baixo e tomo coragem subo na borda do vaso sanitário quando ouço vozes do lado de fora, a polícia estava dentro do ônibus e pedindo identificação de todos, não tinha escolha, eu pulava ou era pega por eles.


Pulo pela janela e em questão de segundos ouço a porta do banheiro sendo arrombada quando olho para cima vejo um soldado me olhando pela janela.

-Fique parada bem aí mocinha!


-Ela está aqui, pulou a janela da cabine. Ouço ele gritando para seus companheiros, imediatamente me levanto e começo correr pelo carros que estão em movimento pelo avenida, olho para trás e tem pelo três soltados correndo atrás de mim, olho para frente e vejo três motos em alta velocidade desviando dos carros.


"era só isso o que me faltava".

Tento mudar de faixa no meio dos carros, mas uma moto passa bem ao lado derrapando e me assusta, o motoqueiro vira sua moto e me olha enquanto começa acelerar fazendo um barulho alto, ele não jogaria essa moto em cima de mim ? Sim. Ele faria isso porque está vindo em minha direção.

-Merda! Merda! Merda!

Começo a correr novamente e pulo na frente de um carro ouço um motorista me chamando de doída mas nem fudendo deixaria esse motoqueiro vim atrás de mim.
Minhas pernas estavam cansadas, sentia o suor escorrendo pelas minhas costas, meu cabelo estava grudando em meu pescoço, mas o que me deixava mais assustada agora era o fato de ouvir não uma, mais sim mais duas motos vindo atrás de mim. O que significa que o motoqueiro tem amigos, eles só podem trabalhar para o senhor Fox não posso deixar eles me pegarem.


Entro correndo em um beco abandonado por um segundo me apoio na parede e deixo meu corpo descansar, o que eu faria agora ouvia o barulho das motos se aproximando, a única solução era ir para o metrô novamente mais como faria isso a próxima estação estava a quilômetros de distância só tinha um pouco de dinheiro não conseguiria nem pegar um táxi.


Não tinha outra escolha teria que ir andando, vejo uma moto passando pela avenida e me chama atenção eles estavam aqui tinha que correr, aproveitar que ainda não tinham me visto começo a correr e uma luz alta de farol ilumina o beco, ouço ele acelerando e vindo atrás de mim tento correr o mais rápido possível mais dou de frente com um SUV preto em minha frente ele joga o farol alto em mim me deixando completamente cega, colo minha mão em frente para tentar proteger meus olhos logo as outras motos chegam até nós e ouço quando elas diminuem o seu barulho.


O farol do SUV e desligado meu olhos levam um tempo para acostumarem novamente com o escuro, olho para trás e os três motoqueiros estão bem atrás de mim impedindo completamente qualquer tentativa de fuga, tento olhar seus rostos mais todos estão com seus capacetes escuros assim como suas roupas.

A porta traseira do SUV abre e eu instintivamente dou um passo para trás, sei que agora nem tem fulga mais meu corpo age como proteção. Olho fixamente para a porta e quando ele sai nossos olhos se encontram.
-achou que poderia fugir de minha Lilly ?

Me afasto novamente para trás, mas lembro dos motoqueiros atrás de mim.

-Nem pense em correr, ou quem sofrerá as consequências, será sua mãe!

Assim que ele menciona meu coração se quebra.

-Entre no carro, isso não é um pedido.

Respiro e caminho lentamente até a porta me aproximo do senhor Fox e sua expressão é tão feia que me deixa mais amedrontada.


Quando entro dentro do carro, logo ele avança em cima de mim jogando seu corpo sobre o meu me prendendo com seu peso.

-Se você acha que pode fugir ou se livrar de mim, Lilly está enganada.

Seu rosto está tão perto do meu que conseguindo sentir sua respiração, uma lágrima desce pelo meu rosto e meus lábios começam a tremer.

-Você pertence a mim, e fará o que eu lhe ordenar partir de agora.

-Você entendeu ?

Sou apenas capaz de balançar minha cabeça concordando.

-Quando eu faço uma pergunta, Lilly gosto que me respondam. Ele diz apertando suas mão em volta dos meus braços.

-Você entendeu ? Ele pergunta novamente e minha voz sai apenas como um sussurro.

-Sim.

-Boa menina!

Senhor Fox ordena ao seu motorista para seguir viagem, fico sentada ao seu lado completamente em silêncio durante a viagem fico apenas focada para a janela do lado de fora, em nenhum momento tento fazer qualquer tipo de contato visual com ele.

O carro vira à esquerda e entramos em uma espécie de condomínio fechado, todas as casas aqui parecem extremamente caras, o  apartamento em que morava era só senhor Fox era um apartamento muito bom mas não se compara a esse condomínio.

Fico perplexa com o quanto de dinheiro uma pessoa pode ter, o carro segue rumo a colina logo avisto uma imensa casa branca que parece ser tirada de uma revista de arquitetura.

Quando o carro é estacionado Senhor Fox abre a porta e sai rapidamente, sigo atrás dele em silêncio mas não deixo de notar as quatros motos estacionadas em frente a casa.

Logo quando passo pela porta de entrada sou recebida pela casa extremamente luxuosa, mas meu olhos logo caem na três pessoas que estão sentados no sofá com uma expressão não muito amigável Austin e o meu diretor fico imóvel quando meus olhos se conectam com os deles.

-Olha só o que temos aqui, Você não parece tão valente agora como na escola.
Austin me provoca na frente de todos e permaneço em silêncio.


-Lilly a partir de hoje essa será sua casa, a governanta mostrará seu quarto e te ajudará a organizar suas coisas.

Logo uma mulher não muito velha aparece me guiando e me levando para o andar de cima, passamos por um corredor com várias portas até chegarmos em quarto que parece ser de hóspedes decorado com tons Bejes.


Tentei puxar conversa com a governanta, mas a mesma permaneceu em silêncio, a única coisa que me disse era que o café da manhã seria servido às sete horas.

Dança das sombras (Harém reverso)Onde histórias criam vida. Descubra agora