Capítulo 34

4.8K 338 14
                                    

Estava com medo de ir em frente com tudo. Tinha passado o caminho todo a pensar no que lhe haveria de dizer, como ela iria reagir à minha presença, será que ela não me queria mais? Será que me iria expulsar, me chamar nomes e gritar comigo? Eu esperava do fundo do meu coração que ela não o fizesse, pois eu sabia que isso me iria doer mais do que mil espadas afiadas. Eu sempre tive medo, aliás estive apavorado toda a minha vida, eu sei que a impressão que eu mostrava às pessoas não era essa, eu demonstrava um ar duro e sério, mas na verdade eu era nada mais que um animal ferido por dentro. Eu queria consolo mas rejeitava-o, eu queria amor mas mostrava que estava bem sozinho, mentiras mentiras, sempre fizeram parte da minha vida, especialmente as que eu insistia em contar a mim mesmo. Eu queria-a, eu desejava-a mais do que eu queria viver, não a ver nem a tocar fazia a minha fera vir ao de cima tão facilmente que era quase impossível não ficar insano, o meu corpo chorava pelo dela, como se apenas o seu toque me pudesse acalmar, ela era o meu céu e o meu inferno ao mesmo tempo, a minha doce tentação, o meu anjo e o meu demónio. Sentia-me a ficar maluco por ela, por estar longe por estar perto, por ser seu companheiro e por não ser, ficaria sem bolas sem alguém soubesse de todos os pensamentos que iam na minha mente, não queria que me tomassem por fraco...merda, merda porque penso eu assim? Porque sou fraco por amar alguém mais do que a mim mesmo, que estúpido que eu sou, dei-me um pontapé mental querendo que todos estes pensamentos se dissipassem da minha cabeça. 

Entrei na minha casa o mais silenciosamente possível, óbvio que não estava à espera que me saudassem com balões, mas de qualquer das maneiras também não estava à espera do ambiente entristecedor com que me deparei. A casa estava escura, a luz do sol impedida de entrar devido às cortinas grossas que estavam sobre as janelas, nenhuma centelha de ar puro circulava pelo ar, criando um ambiente pesado e difícil de se respirar, até a própria casa parecia morta por dentro. Não se ouvia nenhum barulho nem nenhum cheiro, mas eu sabia que a Kora estava aqui, sabia porque eu conseguia sentir a presença dela em casa, ela estava no quarto eu sabia-o, e foi para lá que eu me dirigi. O quarto estava imerso na penumbra, intoxicado com o cheiro dela, até mesmo com a minha visão aguçada custou-me delinear a pequena figura que estava deitada na cama. Andei devagar até ela, temendo que ela não tivesse notado a minha presença, ou que estivesse a dormir, nesse caso não a queria acordar. O corpo dela estava enrolado nos lençóis, como se tivesse cheia de frio e não se conseguisse aquecer, notei o cheiro ténue de comida e quando olhei vi que havia um tabuleiro com várias coisas nele, mas tudo intocado, decerto que tinha sido o Jake, ele sempre sabia o que fazer nestas situações. Com cuidado deitei-me ao pé dela, a cama afundando-se com o meu peso e chiando um pouco, com calma fui chegando o meu corpo ao dela, ela estava gelada e agarrou-se instantaneamente à nova fonte de calor, gemeu ao agarrar-se a mim. Não era só a ela que estava saber bem este momento, parecia que um iceberg estava a descongelar dentro do meu peito, vertendo pelos meus olhos, este gesto era tão simples, e eu amava-a por isto, por ela apenas com um pequeno toque conseguir fazer o que mais ninguém conseguiu até hoje, tocar-me sinceramente. Beijei-lhe o topo da testa e abracei-a querendo tê-la o mais perto possível de mim, peguei na mão dela e entrelacei-a na minha, e neste momento compreendi que ela valia a pena tudo isto, eu não me iria embora nunca mais, não me iria afastar nunca mais. Agarrei a bochecha dela cuidadosamente e beijei-a como se o mundo fosse acabar, beijei-a pelo todo o tempo que não o pude fazer. Passado um tempo ela beijou-me de volta, não compreendendo ainda o que se estava a passar, gemeu contra a minha boca e arqueou-se para mim o seu corpo colando-se ao meu. Segurei-a contra mim com força pressionando-a contra a minha erecção, que saltou ante a atenção. Os nossos toques eram agressivos, desesperados, os nossos corpos começaram a suar debaixo dos lençóis, pus-me em cima dela. Mordi-lhe o pescoço enquanto me posicionava no meio das suas pernas, ela vestia apenas umas cuecas finas, meu deus queria-me vir mas resisti à tentação. Ela gemia contra mim no escuro, os nossos perfumes misturados, as nossas respirações ofegantes, puxei-lhe a camisola que ela vestia rasgando-a, revelando assim os seus mamilos para mim. Chupei-os com intensidade, mordendo-os com alguma força, ela estava a gostar, as suas pernas puxavam-me para si querendo que eu a penetrasse, mas eu não o fiz. Com um puxão retirei as minhas roupas e mandei-as para lado nenhum, estávamos agora os dois nus e juntos na cama, os nossos corpos a esfregarem-se um contra o outro, o meu membro na entrada dela, atiçando-a, brincando com ela. Puxei-lhe o cabelo e puxei-a contra mim, sabia que estava a ser agressivo mas não me conseguia controlar, estava louco para a possuir para a marcar, para a foder. Tomei-lhe a boca com desespero e penetrei-a ao mesmo tempo, ela gritou na minha boca ante o prazer repentino e sei que ela gozou quando ela começou a ordenhar o meu membro. Cerrei os dentes ante a sensação, ela estava tão apertada à minha volta que eu nem sabia se me conseguiria mexer dentro dela. Comecei a mexer-me devagar, ela estava tão molhada para mim, tão quente, os meus movimentos ficaram mais fortes, mais urgentes, ela agarrou-se a mim, as suas unhas a arranharem-me as costas, sabia que estava a fazer sangue e a deixar marcar mas eu queria, eu queria que todos vissem que ela me tinha feito isso, que ela era minha, ela estava a castigar-me eu sabia disso, ela sabia que era eu, e que doce castigo, gemi por mais. Ela puxou-me o cabelo e expôs o seu pescoço, mordi-a sentindo o seu sangue inundar a minha boca, o sabor doce descendo pela minha garganta, e ela fez o mesmo no meu. Assim que senti os dentes dela rasgarem a minha pele, agarrei-lhe o rabo com força indo até ao fundo dentro dela, gritámos os dois ante a sensação, agarrei-lhe as mãos e prendi-as em cima da cabeça dela, ela lutou contra mim, o seu corpo ondulava debaixo de mim querendo soltar-se mas ela apenas estava a conseguir fazer mais fricção no meio dos nossos corpos. Os pés dela faziam força nas minhas costas, eu com um movimento agarrei-os e virei-a de barriga para baixo na cama, as suas mãos ainda presas nas minhas e as suas pernas imobilizadas entre as minhas, ela não se conseguia mexer, e eu sabia que ela estava a amar cada pedacinho. Entrei e sai devagar dela, nesta posição conseguia ir mais fundo e sentir toda e cada contracção que ela fazia, provoquei-a dando-lhe estocadas fortes e rápidas, e ela gemia na almofada implorando-me para se vir. 

-Hum...diz-me princesa o que queres - Sussurrei-lhe ao ouvido, a minha respiração quase inexistente.

-Eu quero-te a ti, por favor... - Gemeu para mim.

-Não é isso que eu quero ouvir - Sai dentro dela fazendo-a ofegar - Diz-me o que queres!

-Eu quero que não pares, por favor eu quero que me fodas com força, por favor!

Entrei dentro dela com força novamente, gritámos os dois as nossas vozes enchendo o quarto, sentia o orgasmo a chegar e penetrei-a com mais força.

-Diz que és minha Kora, diz! - Sussurrei-lhe.

-Eu sou tua, eu sou tua! 

Urrámos os dois quando o orgasmo nos atingiu como uma onda, os nosso corpos a esfregaram-se um contra o outro em urgência todos suados. Caí para cima dela esgotado, mas depressa me virei com medo de a magoar com o meu peso, puxei-a para o meu colo aninhando-a contra mim. Ela não disse uma palavra para mim, limitando-se a respirar contra o meu pescoço, dei-lhe festas nas costas e respirei o aroma do seu perfume, os nossos corpos estavam saciados um do outro por enquanto, mas isso não bastava para resolver todo este problema.

-Eu sei que eu sou um idiota, o maior idiota que existe, eu eu compreendo se não me quiseres de volta. 

-A questão não é se eu te quero de volta, a questão é que me magoaste mais do que pensas, e eu não sei se posso viver na duvida de chegar a casa e tu não estares aqui, é muito doloroso. 

-Eu compreendo, e é por isso que eu prometo pelo meu sangue e por nós, que as coisas vão mudar daqui em diante, eu já tenho algumas ideias, mas eu preciso de ti ao meu lado para ir em frente com isto, porque eu não sei se consigo aguentar estar mais uma vez sem a tua presença.

-Que ideias? - Falou num tom curioso

-Eu conto-te tudo depois princesa, promete-me apenas que me dás uma segunda chance - Esperava que ela dissesse que sim, por favor.

-Eu prometo que vou tentar, mas...desiludiste-me muito por isso acho que tens de ganhar de novo a minha confiança. - Parecia insegura, as palavras pareciam cortar a sua própria língua ao saírem.

-Isso é mais do que eu mereço neste momento, eu aceito tudo o que me deres, e eu ganharei a tua confiança de novo, nem que seja a última coisa que eu faça neste mundo.

-Espero que sim...espero mesmo que sim... - E caiu no sono novamente.

A última coisa que eu consegui pensar antes de me juntar a ela, foi que amanhã mudanças iriam acontecer, e eu esperava que o Jake concordasse comigo, oh o Jake. Parece-me que amanhã teria de falar com ele também, afinal eu sei que também o tinha magoado muito profundamente, ainda continuávamos a ser irmãos, e isso era algo que nunca iria mudar entre nós, ao mesmos era o que eu esperava. Esperava que as pessoas que eu mais amava neste mundo me pudessem perdoar por as ter abandonado, por ter traído a confiança delas, e que voltassem a confiar em mim mais uma vez, era tudo o que eu desejava neste momento. Fazer parte da família que eu abandonei.





Mais um capítulo e este foi meio hot , espero que tenham gostado *.*

Prometo que vou tentar postar o próximo capítulo mais rápido para não terem de esperar tanto.

Esperem por mim

Votem e comentem e principalmente desfrutem =)

A Sombra de KoraOnde histórias criam vida. Descubra agora