Capítulo 25: Dance comigo?

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"Eu me sentia um tolo, perdido em um labirinto de emoções proibidas, alimentando sentimentos por uma mulher que jamais poderia ser minha. Cada pensamento, cada suspiro, era como uma corrente invisível que me prendia mais fundo em um abismo de desejo e desespero. Sabia que estava dançando na borda de um precipício, onde o amor e a realidade se chocavam em uma dolorosa colisão. No entanto, mesmo consciente do perigo iminente, era incapaz de conter a chama ardente que ardia dentro de mim, consumindo-me com uma intensidade avassaladora. Pois, mesmo que fosse um tolo por alimentar tais sentimentos, preferia viver na ilusão de seu amor do que enfrentar a cruel realidade de sua ausência."

Capítulo 25

Capítulo 25

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Thomas

Olhei para a garota morena de cabelos curtos. Ela sorriu para mim debruçando sobre a mesa com a intenção de evidenciar o decote no vestido.

-Eu sou a Julie. - Ela passou a língua nos lábios e sorriu. Falha tentativa de ser sexy. O Erick não conhecia alguém com uma voz menos irritante para fazer aquela cena maldita?

-Estou encantando. - Respondi para a garota de forma hipócrita. A mentira e a cordialidade são duas primas que nós confundimos bem. Eu sorri.

O Erick havia conseguido a artimanha do pior jantar da história. O silêncio e o constrangimento pareciam grande aliados naquele momento. Eu havia acabado de descobrir que haviam pessoas ainda piores que bonequinha quando se tratava de comer em uma mesa de forma elegante.

Situações como derrubar comida descaradamente enquanto cortava um pedaço de carne, mergulhar os dedos no prato de sopa, para retirar alguma coisa que ela não havia gostado do sabor (alcaparras), fazer uma crítica completamente desnecessária sobre como o carré de cordeiro tinha uma acidez exagerada (ela só podia estar se inspirando em algum reality de cozinha para me impressionar) e ter dito que o mousse de chocolate da prima dela era mais gostoso. Essa era a tal da mulher que o meu irmão e a noiva dele esperavam que fosse a minha metade perfeita. Só podiam estar de sacanagem.

A Julie encheu outra taça de vinho e continuava a falar sobre os patos que avó brasileira criava no sítio que tinha e o Erick conseguia achar alguma graça naquela história absurda ou fingiu uma risada para não ficar ainda mais perturbador. A Chloe havia passado o jantar todo calada, parecia chateada com alguma coisa. A mão pousava educadamente sobre as do Erick. Eu observei sua afeição, ela estava tão delicada. Sua postura era tão nobre e o seu jeito tão doce. Os traços finos bem desenhados faziam dela uma mulher incrivelmente linda. Será que ela tinha consciência disso?

- Eu amei o vestido. Você está incrivelmente, bela. - Comentei quebrando qualquer coisa estranha que a Julie falava.

Ela levantou o olhar e seus olhos chocaram-se com os meus. Ela quase sorriu.

-Foi sua irmã que deu o vestido de presente. - A Julie comentou revelando os dentes como se tivesse qualquer graça em seu comentário.

-E sua roupa, foi um presente da sua prima? - Perguntei encarando-a. Deixando a sem resposta.

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