Aliança Perigosa
"A Noiva do Meu Irmão"
Em seus devaneios mais românticos, jamais imaginara que o destino reservaria uma trama tão intrincada. Um amor inocente, tão puro quanto a aurora, agora se desdobra em uma teia de perigos imprevistos. Um noiva...
Uma vez que uma dívida é contraída, ela se torna uma marca indelével em nossas almas, uma lembrança constante de nossa falibilidade. O tempo pode avançar, as estações podem mudar, mas a dívida permanece, paciente e implacável, aguardando o momento oportuno para ser saldada.
Capítulo 57
Eu não estava animada com a possibilidade de viajar em família. Eu não estava bem. Tudo o que eu queria era deitar na minha cama e ficar dentro do quarto sem ver outras pessoas. Me parecia completamente sem sentindo voltar de um sequestro e ir tirar férias.
Mas eu não tinha escolha. A Izabel havia decidido pela família e as palavras da matriarca eram leis dentro daquela casa.
Todos já estavam dormindo. Eu entrei na biblioteca para procurar livros novos para ler nos dias que passaria em viagem, desde que eu havia retornado, eu tinha uma dificuldade muito grande para dormir a noite. A biblioteca era um lugar perfeito. A realização de meu sonho de infância. Grandes prateleiras completas de todos os tipos e gêneros literários. Era também o meu grande refúgio, livros não amarram as pessoas em cadeira e as machucam.
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Eu escolhi quatro livros de romance para ler durante a viagem. A biblioteca estava escura. Apenas um dos lustres estava acesso. Eu carregava os livros quando deixei cair. Abaixei-me para pegar.
- Eu te ajudo, bonequinha. – Os olhos verdes de Thomas tornaram-se hipnotizantes. Ele pegou os livros que estavam no chão e os entregou em minha mão e eu senti um choque eletrizante quando os seus dedos tocaram os meus. A quanto tempo ele estava ali?
- Eu não estava roubando, senhor Walker. Tenho autorização para estar aqui. Irá me oferecer um cheque para ir embora?
- Apenas se eu puder levá-la a algum lugar. – Ele me fez sorrir.
- Eu estou noiva de outro homem. – Respondi.
- Parece que estamos destinados a nos encontrar durante a noite. - Ele comentou. Era um detalhe interessante e fazia muito sentido.
- Podemos alternar as noites que ficamos acordado durante a madrugada. Assim, não correríamos o risco de nos encontrar. – Sugeri.
- É tão ruim assim se encontrar comigo?
- Não. Eu gosto de conversar com você, Thomas.
- Se sente melhor? Estou preocupado com você.
- Estou tomando alguns remédios, vou ficar bem. Eu tenho que te agradecer por tudo. Você salvou a minha vida.
- Eu fiz o que devia fazer. Faria isso por qualquer pessoa.
- Mesmo assim... Obrigada! – Ele sorriu.
- Se precisar de mim, me ligue. Vocês irão se divertir muito. - Ele tirou um celular do bolso e me entregou.
- Você não irá? Sua mãe disse que era uma viagem em família.
- Às vezes não me sinto fazendo parte dessa família. Eu prefiro ficar por aqui. Se cuide, bonequinha. Mas, agora, vá dormir, está tarde, você precisa descansar.
- É... – Concordo: - Boa noite, Thomas.
- Boa noite, Chloe. – Eu caminhei em direção a saída. Ele ficou onde estava. Dei alguns passos, então tive coragem de dizer o que tanto queria: - Thomas...
- Fale.
- Quero te pedir uma coisa.
- Peça o que quiser.
- Eu quero que você vá conosco amanhã. Quero que nos acompanhe. Eu me sinto segura ao seu lado, não será a mesma coisa se você não for. – Fui sincera.
- Você e o Erick precisam de um momento...
- Terei muito tempo para ficar com ele depois que me casar. Além do mais, o Erick está planejando nossa viagem de lua de mel, ele quer ficar alguns meses na Europa. Quase não vou poder falar com você. Você pode fazer o que estou pedindo? Pode nos acompanhar amanhã?
-Chloe...
- Por favor, eu não vou te pedir mais nada.
- Eu vou. – Ele respondeu.
- Promete?
- Sim bonequinha. – Dei um sorriso e fui para o meu quarto. Aquela noite eu consegui fechar os olhos e dormir. Sem pesadelos.