Aliança Perigosa
"A Noiva do Meu Irmão"
Em seus devaneios mais românticos, jamais imaginara que o destino reservaria uma trama tão intrincada. Um amor inocente, tão puro quanto a aurora, agora se desdobra em uma teia de perigos imprevistos. Um noiva...
"Desejava ardentemente protegê-la! Talvez... Essa fosse a desculpa grandiosa que buscava para mantê-la próxima... 'Proteção' soava mais nobre e ético do que admitir que nutria sentimentos proibidos pela noiva de meu irmão."
Capítulo 13
Thomas:
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Fazia alguns dias que Chloe estava morando na mansão. Sempre que nos encontrávamos, discutíamos por coisas bobas e eu fazia questão de provocá-la. Eu me divertia com as respostas que ela me dava e com as expressões que fazia sempre que estava irritada. Erick não fazia questão de esconder que qualquer aproximação minha com a garota o incomodava, e mesmo ele sendo meu irmão, eu não me importava com isso, principalmente porque sabia que as intenções dele com a garota não eram boas.
Minha mãe é competitiva. Passa os dias temendo a derrota financeira da família e age como uma louca obsessiva por poder. Mas eu não consigo culpá-la. Meu pai a incentivou a agir assim e, no final das contas, eles querem que os filhos se tornem como eles: robôs projetados para ter poder, tudo e todas as coisas pelo maldito poder.
Quando minha mãe anunciou a festa de noivado, eu sabia que era apenas mais um de seus truques. Se não bastasse estar forçando um casamento para dar ao Erick uma fortuna que nunca nos pertenceu, ela também usaria a imagem da garota para anunciar ao mundo que: dinheiro não é importante quando se tem amor. Hipócritas. Se Chloe fosse uma garota comum, uma simples garçonete que trabalha em um café e não tivesse uma herança tão grande para receber, jamais a aceitariam em nossa família.
Meu pai sonha com poder na política; o poder na empresa não é o suficiente. Ele precisa estar à frente de um povo para se sentir importante, mesmo que eu contrarie essa decisão, tendo em vista que ele não é a melhor opção para estar à frente de um país. Minha mãe não consegue pensar em outra coisa a não ser a possibilidade de ser a primeira-dama. A campanha política deles começa aqui, dentro de uma festa de noivado.
A festa é a melhor que podem oferecer; eles não veem isso como um gasto desnecessário, mas como um investimento.
A música "Mariage D'Amour" de Chopin é a escolhida do momento. Abro um sorriso, tenho certeza que foi uma escolha da Kate. Ela ama essa música. Eu poderia tocá-la se não fizesse tanta oposição a essa festa.
Estou distante de todos, sentado no bar, com um copo de uísque, observando a festa.
Chloe entrou no salão, vestida como uma princesa. Rosa lhe cai bem. Ela está linda! As pessoas a recebem com sorrisos. Ela sorri timidamente, não deve estar acostumada a ser o centro das atenções. Seu olhar se cruza com o meu. Tão inocente.
Ela está perdida no meio de tantas pessoas. Sente-se deslocada no meio de tantas perguntas; ela não serve para esse mundo. Ela é como eu: gosta de um café em um canto sossegado, da leitura de um livro em um lugar tranquilo. Ela sonha em se sentir completa vivendo o amor de um homem. É tão errado assim, invejar o lugar do meu irmão? Não que eu fosse capaz de oferecer isso a ela, não que eu tivesse algum tipo de sentimento e fosse capaz de fazê-la feliz...