Capítulo 34: Rosas em vasos de vidro

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Ao despertar com o primeiro raio de sol a invadir seu quarto, ela se viu imersa em reflexões sobre o fluxo vertiginoso do tempo, como se tivesse sido arrebatada por uma correnteza invisível enquanto dormia. "Como tudo passou tão rápido?", indagou-se, seus pensamentos dançando entre as sombras do amanhecer. Como névoa dissipada pela brisa matinal, os momentos pareciam ter desaparecido, escapando-lhe entre os dedos como areia fina. E ela, observadora silenciosa da passagem do tempo, mal percebera os sutis movimentos do destino tecendo os fios de sua jornada.

Capítulo 34

Chloe:

Os dias passaram rápido demais...

O Erick estava distante e às vezes eu tinha a sensação de que ele estava me evitando, isso me assustava. No início de nosso namoro, mal podia esperar para vê-lo e agora parecia natural o nosso distanciamento.

A Kate quase não saia do quarto, estava sempre lendo ou assistindo suas séries coreanas e parecia sempre triste com alguma coisa. Por muitas vezes, eu tinha a impressão de que a minha presença naquela casa era um grande incômodo.

Eu evitava me encontrar com a Izabel ou com o John pelos corredores, qualquer coisa que fosse relacionada a bagunça matrimonial daqueles dois seria um problema.

Devido a uma regra absurda que havia sido colocada na casa, eu não tinha mais a liberdade de conversar com os empregados. Ninguém correria o risco de perder o emprego, simplesmente para me ajudar a quebrar aquele sentimento de solidão.

Os meus professores, eram objetivos demais. E seguindo as regras da Izabel: "Professor é professor. Não amigo. Ele tem a finalidade de ensinar, não de conversar assuntos paralelos"

Eu sempre me encontrava com o Thomas na biblioteca ou na sala de jogos. Conversamos durante as noites e sempre que isso acontecia eu me sentia um pouco menos solitária, mas com a sensação de estar fazendo algo muito errado.

-Eu preciso te mostrar uma coisa... No andar de cima. - Ele fez um gesto com as mãos apontando para a escadaria no fundo da biblioteca.

-No andar de cima? Como você se sente morando em um castelo? - Perguntei cruzando os braços.

-Não moramos em um castelo...

-Aqui é muito, muito grande.

Ele abriu um sorriso: - Acho que cada pessoa que morou nessa casa, construiu uma parte. Ou seja, é uma casa bem antiga.

-Eu estou curiosa para saber o que iria me mostrar.

-Tudo bem. Me siga.

Andamos em silêncio pelos corredores, subimos as escadas e caminhamos mais um pouco... Ele tirou uma chave do bolso e destrancou a porta para que eu entrasse.

Eu observei ao redor... Era tão lindo! Uma sala de música... Pouca luz. 

 

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