Capitulo 55: Pen Drive

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No calor da noite, quando as sombras se estendem como dedos fantasmagóricos, é que as verdades mais cruéis se revelam. São como segredos obscuros, escondidos nas dobras do destino, esperando pacientemente para serem desvendados. Verdades que cortam como lâminas afiadas, desafiando a complacência da mente humana.

Capitulo 55

O Pen-drive sobre a mesa me chamou a atenção. Ele tinha um pequeno chaveiro escrito Erick. Lembrei-me que o Erick costumava baixar filmes de romance e colocar em Pen-drive para assistirmos juntos aos finais de semana. Levantei-me e conectei na televisão. E foi só depois de alguns minutos que me dei conta de que ali estava a filmagem de um dos piores dias da minha vida. Eu fiquei paralisada, não conseguia desligar... Eu não queria. Mordi o canto dos lábios apreensivas e senti as lágrimas escorrem dos meus olhos.

O Thomas voltou correndo, desligou a televisão e me encarou.

-Porque droga você desligou? Eu quero continuar assistindo

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-Porque droga você desligou? Eu quero continuar assistindo... - Falei em lágrimas.

-Chloe... - Ele tomou-me os ombros e me encarou: - Já passou.

-Porque isso está com o nome do Erick? Porque aquela pessoa enviou isso para vocês?

-Fique calma... Essa pessoa é uma sádica que queria destruir a todos nós.

-Caramba! Caramba! - Surtei em uma crise de choro. O Thomas segurou-me pelos braços e abraçou-me com força imobilizando-me em seus braços: - Fique calma... - Sussurrou. Respira fundo e fique calma.

O Erick e a Kate passaram correndo pela porta e nos olharam naquela situação, em seguida o John e a Izabel.

O Erick olhou para nós por alguns segundos, antes de ir em direção ao Thomas e empurrá-lo com força, fazendo com que ele me soltasse:

-Que porra Thomas! - Gritou.

Eu limpei os meus olhos e olhei para os dois. O Thomas estava tentando se controlar.

- Acha mesmo que conseguirá me manter do seu lado se continuar agindo dessa maneira, Erick? Resolver o seu ciúme na violência não é a melhor solução. Eu não quero mais mentiras, estou cansada delas. – Gritei. - E é justamente o fato de você ser a droga de um mentiroso que eu estou cada vez mais longe de ir adiante com esse casamento.

-Eu te amo, Chloe. - Falou olhando-me fixamente.

- Tem certeza Erick?

- Não me culpe, amor. Iremos nos casar. Eu só não quero ninguém entre nós dois.

- Eu não sei se quero me casar. Você tem se tornado um estranho na minha vida. Todos vocês... Dizem que faço parte da família, mas me escondem tudo.

Virei-me de costas, estavam todos ali: Izabel, John e Kate.

- Fica calma. – Izabel aproximou-se e segurou as minhas mãos: - Entendemos que você está passando por um momento delicado. Tudo o que aconteceu foi uma tragédia, mas agora, você está aqui conosco. Você e o Erick estão apaixonados, se amam e irão se casar. Não briguem. A culpa do desentendimento de vocês é do Thomas... – Ela olhou para o filho mais velho: - Perceba que ela está entre vocês dois.

- O Thomas está sendo o amigo que eu nunca tive. Fui torturada e ele me salvou. Ele estava lá quando eu precisei e eu vou ser eternamente grata a ele. O Erick é o meu noivo, os meus problemas são com ele. Ele é a única pessoa culpada aqui.

- Você veio até aqui por amor. Sempre se orgulhou do amor que sente pelo Erick. Não é agora que irá desistir. Todos os casais passam por dificuldades... – A Izabel olhou para todos nós enquanto dizia suas palavras motivadoras.

-Eu não sei se o amor é tudo.

-Eu e o John tivemos uma idéia. Vamos ir para nossa casa de praia, é um lugar maravilhoso. Tem toda tranquilidade do mundo... Você irá descansar e colocar sua cabeça no lugar. E depois de três dias, voltaremos para o seu casamento com o Erick e vocês dois terão uma linda lua de mel. Está tudo bem querida, está tudo bem. Vamos passar três dias incríveis em família, enquanto você despede-se da vida de solteira.

Izabel saiu do quarto acompanhada do marido que permaneceu o tempo todo em silêncio.

A Kate deu um curto sorriso para nós: - Não quero que continuem brigando. Nós amamos você Chloé. 

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