Aliança Perigosa

Capítulo 57: Amizade comprada

Na encruzilhada sombria da vida, onde as sombras se entrelaçam e os destinos se entrecruzam, descobrimos uma verdade amarga: alguns amigos são como serpentes venenosas, mais perigosos do que os mais selvagens inimigos.

Capítulo 57

Julie:

Era a primeira vez que eu entrava em um lugar como aquele. Os meus olhos passeavam pelas paredes incríveis que aquela casa tinha enquanto eu me controlava para não sorrir. A empregada fez um comentário, mas eu não entendi muito bem. Apenas fiquei em silêncio enquanto era acompanhada até o quarto do Erick.

Ele abriu a porta do quarto e me convidou a entrar... Eu senti um pouco de falta de ar ao olhar para aquele par de olhos azuis. Ele abriu a carteira e sem dizer nada colocou o dinheiro em cima da cama:

-Eu disse para me enviar o número de sua conta por mensagem. Não era para vir bater aqui na mansão. Essa situação ficará muito complicada se a Chloe desconfiar.

-Você gosta mesmo dela? - Eu não podia ignorar aquela pergunta. Ele parecia não acreditar na pergunta que eu estava fazendo, sorriu: - Julie, eu amo aquela mulher.

-Eu imagino que a ame muito, para fazer o que está fazendo... - Eu sentei sobre a cama, sabia que a saia curta deixava as minhas pernas aparentes para ele. Sorri, antes de me deitar na cama macia, colchão de rico, era outra história.

-Se a Chloe acordar e te ver aqui, será um grande problema.

-Você realmente tem medo de vê-la com o Thomas? Me pagar para inventar uma história para a sua namorada foi uma ideia genial. Será que ela acredita que o Thomas e eu estamos juntos? - Dei uma risada curta.

-Julie, esqueça esse assunto. - Ele curvou-se em minha direção e sussurrou olhando nos meus olhos. Como aquele homem conseguia acender o meu corpo com apenas um olhar?

Eu toquei o seu rosto com as mãos: - Eu tenho uma pergunta um pouco íntima para te fazer... Sendo um homem tão viril, como consegue ficar sem uma mulher ativa na sua cama? Eu sei que vocês dois não fazem sexo. - Gargalhei vendo sua expressão mudar.

-Isso não é da sua conta...

-Você não sente falta? Falta do sexo? Falta do calor e dos gemidos de uma mulher? - Toquei a sua face novamente levando os meus lábios nos seus. Ele não reagiu, endureceu com o meu toque. Desci com as mãos por sua calça enquanto encarava seus lindos olhos azuis: - Eu posso fazer você relembrar como é gostoso. - Sussurrei em seu ouvido.

Ele empurrou-me com as mãos: - Por favor, Julie... - Pediu.

Eu tirei a blusa rapidamente e em seguida tirei o meu sutiã... Seus olhos pousaram sobre os meus seios por um instante:: - Vista-se e saia do meu quarto, agora. - Pediu.

-Eu gosto de ouvir você falar desse jeito... Tenho muito mais para lhe mostrar debaixo dessa saia...

-Julie isso não faz parte do acordo. Você me garantiu que iria conquistar o Thomas, então faça seu show para ele.

-Eu não ligo de ficar com vocês dois... - Passei as mãos pelo cabelo deitando na cama. - Vem, experimenta... - Seus olhos brilharam quando viu eu tocar os meus próprios seios.

Ele empurrou-me contra a cama, segurando-me pelo pescoço. Tinha muita raiva em seus olhos e isso me fez sorrir. Ele continuou a apertar-me com força, enquanto com a outra mão puxou-me a saia e eu precisei respirar.

-Erick... Está acordado? - Escutei a voz irritante da Chloe do outro lado da porta e ele endureceu. Vi um pouco de espanto nos seus olhos. Levantou-se rapidamente juntando minhas peças de roupa e fazendo-me entrar no guarda roupa. O lugar era claustrofóbico e estranhamente apertado. Ele abriu a porta do quarto para ela:

-Querida, dormiu bem? - Perguntou. E eu senti o meu estômago se revirar.

-Sim. Sua mãe pediu para eu vir lhe chamar... Vamos tomar café e saímos em alguns minutos.

-Tudo bem, desço em alguns minutos.

-Ta.

Ela saiu do quarto. Escutei o barulho da porta se fechando. Ele abriu a porta do guarda-roupa e me encarou:

-Vista-se, vou pedir à empregada que lhe trouxe, para lhe ajudar a sair de casa, sem ser vista. Mas, não quero que volte aqui nunca mais.

-Para onde vocês vão? - Perguntei enquanto vestia as roupas apressadamente.

-Vamos descansar, antes do casamento.

-Então vejo que a Chloe vai conseguir o que sempre quis, se casar virgem.. Ou você já teve o prazer de fazer sexo com ela? - Dei risada.

-Julie minha vida sexual com a Chloe não diz respeito a você. - Respondeu friamente.

-Mas, não pode negar que quase transou comigo na sua cama a poucos minutos atrás.

-Porque você está agindo como uma vagabunda mal amada que não tem homem querendo te levar para a cama e precisa se oferecer para homem comprometido. - Seu comentário ofensivo me fez rir.

-Mas, não sou eu, quem precisa pagar para alguém seduzir meu irmão, apenas porque me sinto inseguro e com medo dele levar minha namorada pra cama, primeiro que eu. É como se a virgindade da Chloe fosse o grande troféu de vocês...

-Cala a sua boca... Ou vou fazer você engolir suas palavras agora mesmo.

-Calma amor, vou seduzir o Tom, da mesma forma que eu quase te seduzi você. - Sorri.

-Eu disse, transar com ele não é o bastante. Eu preciso que você fique grávida.

-Tudo bem, eu posso fazer isso. Amei essa casa, quem sabe tenha a sorte de vir morar aqui?