1 - Bittersweet

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[N/A:] oioii! gente eu estou revisando essa história e consertando quaisquer contradições ou problemáticas que possam haver. sendo assim, se tiver alguma coisa que te incomodar nessa história, que você ache problemático, por favor me avise🙏🏾 obrigada💜

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Min Suga. Este sou eu. E esta é a casa onde eu mais fui feliz e onde eu mais sofri. Afinal, minha vida consiste basicamente nisso. Controvérsias, extremos, lágrimas de alegria, risos de agonia...

Nem sei por que eu cismei de voltar aqui depois de três longos anos longe dele. Longe do homem da minha vida.

Falando assim, eu posso até parecer um tanto sentimental, e chega a ser engraçado por que o único sentimento que eu tenho é de amargura. Simplificando: eu sou um filho da puta, desalmado que destruiu a inocência da única pessoa que já foi importante pra mim.

Andando pelos únicos dois cômodos desse barraco, algo como arrependimento me atinge, mas eu não sei lidar com isso, então, tomo mais um gole da garrafa de vodka quase vazia que tenho em mãos.

Meu estômago já começa a embrulhar, minha visão está embaçada e a respiração pesada. Não vou chorar. Me recuso.

Com um grito desesperado que surpreendeu mesmo a mim, joguei com toda a força que tinha, a garrafa contra a parede. Estilhaços voaram contra o meu rosto, me causando mais um pequeno corte na bochecha.

- EU NÃO SOU VOCÊ! - pus pra fora todo o meu desespero nesse grito, lembrando da mulher que me botou no mundo.

Era uma alcoólatra, irresponsável com três filhos que ela criou igualmente mal, sendo eu o do meio.

Eu herdei dela a doença do alcoolismo, herdei dela a irresponsabilidade, herdei dessa casa a desgraça de ser quem eu sou.

Sentei nos estrados da cama sem colchão e me lembrei que foi exatamente ali que eu me encolhi no colo da minha noona todas as vezes em que éramos obrigados a presenciar nosso pai batendo na nossa mãe por ela estar bêbada. Mais à frente, uma mesa (que era a nossa cozinha), me fez lembrar das vezes em que ela bateu em mim e nos meus irmãos pra descontar a frustração de não poder lutar contra o meu pai.

Foi nessa casa que eu vivi a pior infância possível. Mas foi nessa casa que eu vivi o melhor ano da minha vida, ao lado do cara que me acolheu, que me entendeu, e realmente.. Me amou.

Eu nunca soube amar. Não soube dar a ele o amor que ele merecia.

Talvez pelo fato de eu ter crescido apanhando de uma mãe bêbada e ouvindo "eu te amo's" de uma mãe sóbria, por ter crescido ouvindo "seu pai me ama sim", vendo-o a agredir todo santo dia.

Eu amava aquele garoto. Eu o amo. "Então, por que você me machuca?" ele perguntava com lágrimas em seus lindos olhos castanhos. "Por que eu te amo", eu pensava... Ainda penso. Na verdade, eu não tenho um motivo real pra isso. Talvez eu esteja possuído, talvez eu só seja maluco. Por que eu sempre acabo machucando a única pessoa que eu amo? Bom, isso eu não sei, mas foi esse o motivo que o fez sumir no mundo. Foi por isso que ele fugiu da cidade, do país... De mim.

Sem escolha, mandei uma mensagem para a única pessoa que eu não consigo machucar. V não demorou a me responder, tão pouco a me encontrar no lugar que somente ele conhece.

~*~

- Eu não entendo. - ponderou ele, acariciando meu peito nu depois de termos feito o sexo mais sujo possível - Como você consegue machucar a pessoa que você ama, e proteger a mim, alguém por quem você não sente nada?

- Eu não sei... - murmurei um tanto distante.

Eu sempre ficava assim depois de fazer sexo com V. Ele me lembrava tanto Jungkook. Então, por que eu agredia um e protegia o outro?

- Qual é o seu problema, hein? - perguntou de forma doce.

- Eu também gostaria de saber...

~*~

- Sabe que aquele seu amiguinho até que é bonito? - provoquei - Como os meninos o chamam mesmo? J-Hope? - sorri de lado, mordendo o lábio inferior.

- No Hoseok-hyung você não encosta! - V levantou num pulo, apontando o dedo no meu rosto - Está me ouvindo? Não pensa nele. Não olha pra ele.

Ri com seu desespero. Eu sempre soube que Taehyung era louco pelo melhor amigo.

- Ei, se acalma. - ri, com a voz mais calma do mundo - Não vai ter um ataque do coração aqui.

- Eu não estou brincando, Suga. - seus olhos estavam arregalados e sua respiração agitada - Hoseok é território proibido. Ele não é como eu. Ele não é como os caras que você conhece.

Dei de ombros.

- Não gosto de meninos certinhos mesmo. - desdenhei.

Mas, por outro lado, pensei no garoto Hope. Há alguma coisa no jeito dele que me faz lembrar do antigo Jungkook. Meu Jungkook.

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