25- No Signal

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J-Hope POV:

Depois daquele almoço desastroso com os meus pais, eu fiquei me sentindo tão desamparado, e com ainda mais saudade do Jimin.

Na segunda-feira, eu mal consegui me concentrar nas aulas, fiquei o dia inteiro tentando uma videocall com ele, mas parece que ele não estava muito afim de colaborar comigo.

Já era quase sete horas da noite e eu ainda não tinha conseguido nada. Ainda bem que eu tenho o Taehyung grudado em mim dia e noite pra me perturbar e me distrair.

- Será que o Jimin está rejeitando as suas chamadas? - jogou o veneno.

Semicerrei os olhos, mostrando que ele não estava ajudando em nada. Ele riu. Safado.

- É brincadeira! Continua tentando, vai. - empurrou meu ombro de leve.

- Você não vai ficar provocando ele, vai? - cobrei, o olhando.

- Eu estou quietinho. - fez aquela carinha de bebê que eu não resisto, então comecei a rir - Não vou falar nada. - fingiu trancar a boca com uma chave invisível.

Não aguentei com tanta fofura, e me joguei encima dele, fazendo cócegas. Morri de rir com suas risadas, ele realmente é um dongsaeng adorável.

~

19:30 e eu continuava olhando para a tela em branco do notebook, esperando Jimin atender a minha chamada, quando senti os dedos de Taehyung mexendo nos meus lábios. Olhei pra ele de soslaio, tentando entender o que ele estava fazendo. Ele começou a acariciar o meu lábio superior, bem onde eu tenho um sinal, o fitando profundamente.

O peguei de surpresa, mordendo de leve seu dedo, o fazendo rir de nervoso com o susto.

- Ele não está atendendo~ - resmunguei com dificuldade, pois ainda estava com seu dedo entre meus dentes.

Ele forçou sua mão, livrando seu dedo indicador, e em seguida, fechou o notebook, deitando-se por cima dele.

- Então esquece ele. - fez charme.

- Vai quebrar o meu notebook! - o empurrei com certa brutalidade.

- Aigoo~ - reclamou, se deitando com uma carinha de cachorro abandonado.

- Aigoo~ - o imitei, ficando por cima dele.

Sorri, o induzindo a sorrir também. Ficamos assim por alguns segundos, sorrindo e nos encarando, até que ele me surpreendeu ao me roubar um selinho.

- Ya! - me levantei rápido, fechando a expressão - Não achei graça nenhuma!

- Você não costumava ligar! - rebateu.

- Mas antes nós éramos crianças inocentes, e agora eu tenho um namorado!

- Um namorado que está do outro lado do mundo e nem sequer te responde!

- Isso não significa que eu deva traí-lo!

- Aish! - sem resposta, apenas se levantou e saiu, batendo a porta.

Revirei os olhos. Às vezes a imaturidade dele me irrita, mas mesmo assim, eu odeio quando ele fica chateado comigo.

Olhei para o lado e dei um ar de riso ao ver seu celular no meu criado-mudo.

Apenas esperei, e então...

Ele entrou outra vez, indo direto até o criado-mudo.

- Esqueci meu celular. - falou emburrado, pegando o objeto e se dirigindo à porta novamente.

Mas quando ele passou por mim, agarrei seu braço o forçando a me encarar nos olhos.

- Você vai mesmo ficar bravo comigo? - murmurei.

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