Capítulo 15 ― Irmandade (Parte 2)

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Anteriormente...

― Como é? ― ela perguntou, incapaz de formular uma pergunta mais elaborada.

― É isso mesmo que você ouviu. Enquanto você estava aqui, me dizendo o quanto eu sou intragável, se perguntando sobre quais feitiços eu lancei sobre o Oliver para que ele me quisesse, a sua mãezinha querida estava no meu sofá, aos beijos com o meu pai. ― o sorriso falso nos lábios dela aumentou. ― Olha só que maravilha! Já posso te dar um abraço e te chamar de irmãzinha?

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― Como você... Você não conhece a minha mãe! ― Wendy exclamou, tentando processar aquela imagem. Sua mãe aos beijos com um homem... Não, pior, com o pai de Ellen.

― Você é tão idiota que chega a ser inacreditável. ― a voz da ruiva voltou a grosseria habitual, enquanto seus olhos se enchiam de raiva. ― Que tal nós cinco sofrendo um acidente, Oliver, você e eu deitados em macas, nossos pais ao nosso lado... Isso te lembra alguma coisa?

― Mas... Como...

― Como um homem inteligente, formado e culto como meu pai conseguiu a proeza de cair nas garras da sua mãe? Não faço a menor ideia. ― e o dia de Ellen pareceu completo quando ela viu raiva brilhar nos olhos de Wendy. Era isso que ela queria. Uma reação. Precisava de uma reação para se sentir melhor consigo mesma, para que pudesse se convencer de que não, não era a única que achava aquilo tudo um absurdo. ― Aí você imagina a minha cara quando ela sorriu para mim, vindo apertar a minha mão e perguntando como eu estava. ― sorriu ironicamente, erguendo as sobrancelhas em pura diversão. ― Ela disse que eu deveria conhecer você e que nós provavelmente éramos melhores amigas, imagine só! Mal sabe ela que a filha é uma louca que estava me insultando alguns minutos antes.

― Olha só o que você está dizendo! Eu tenho todo o direito de rebater os insultos que você jogou em cima de mim! ― Wendy deu um passo para frente e Oliver apertou um pouco a cintura de Ellen, reforçando o aviso. Peter estava encostado em uma das paredes do galpão, um pouco distante, mas parecendo se divertir com a situação toda.

― É claro que você tem. Pode rebater, pode falar o que quiser para mim, sobre mim, isso não me importa. ― ela fez um gesto de desprezo com as mãos, então sua expressão voltou a ficar séria. ― Mas, quando você tem a cara de pau de falar da minha família, você desce a um nível que eu jamais seria capaz de ir.

― Você é uma hipócrita, Ellen! ― a loira exclamou, ainda tentando visualizar sua mãe em um relacionamento com o homem que tinha criado aquela garota insuportável.

― Hipócrita? Eu? ― as sobrancelhas grossas voltaram a se erguer. ― Faça-me o favor, Wendy. Você fica aí me chamando de arrogante, pelo amor de Deus. Não que eu seja a Srta. Humildade, mas você já se olhou no espelho alguma vez, por acaso?

― E qual é a moral que você tem para me chamar de louca, Ellen? Me poupe. ― a garota rolou os olhos, o que fez com que Ellen bufasse de frustração. Ela estava começando a perder a paciência.

― Para começar, eu nunca me senti atraída por outra pessoa que não fosse o Oliver. ― contestou, ganhando outro aperto na cintura do namorado. Os olhos dele corriam de uma a outra, mas ele preferia se manter neutro. Aquela briga não era sua.

― É claro, ninguém nunca te quis. ― um sorriso venenoso apareceu no rosto da outra. ― Ele foi o único.

― E qual foi mesmo a parte da história em que Robbie te quis, Wendy? ― Ellen assumiu um falso semblante pensativo. O sorriso desapareceu imediatamente do rosto da loira. ― Mil desculpas, mas eu devo ter dormido nesse trecho.

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