Quando comecei a escrever Power, eu tinha 16 anos e estava no primeiro ano da faculdade. Escrevia fanfics no finado Orkut desde os 10 e tinha um péssimo histórico de não conseguir terminar as coisas. Até então, eu só tinha conseguido finalizar duas fanfics, ambas sem muita coerência e sem muito sentido.
Power foi o primeiro projeto que me deu personagens para chamar de meus. Me deu também uma espécie de determinação louca que dizia que eu precisava terminar de contar a história desses cinco de qualquer jeito. Mas, lá em 2012, quando foi concebida, Power não era nada do que se tornou. Naquela época, eu já amava escrever, mas ainda não tinha muita prática sobre como levar uma história para a frente, porque já tinha desistido de muitas coisas até ali. Enquanto eu escrevia o começo, estava tudo muito lindo e tudo muito ótimo, até que percebi que não fazia ideia de que história eu queria contar. Então, parei, pensei e tudo o que vocês acabaram de ler é o resultado de todo esse brainstorming. Claro que algumas coisas mudaram, mas o arco principal se manteve o mesmo.
Como eu disse, antes de Power, eu amava escrever, mas a verdade era que não tinha a menor noção do que estava fazendo. Hoje, continuo meio perdida, mas aprendi muita coisa sobre o meu processo criativo e como o meu cérebro funciona. Eu aprendi a construir um enredo, diálogos razoáveis, desenvolvimento de personagens e, principalmente, a não desistir, apesar da minha escrita lenta e dos bloqueios criativos forçados que sofri durante esse período.
Tenho total consciência de que Power não é uma história perfeita. Aos 16 anos, eu não sabia o que era representatividade e nem a importância disso em histórias. Também não sabia muito bem como montar algo com cinco personagens protagonistas – até então, eu mal tinha conseguido terminar alguma coisa com um protagonista só, quem dirá com cinco. Por isso, reconheço sim que tem alguns aspectos daqui que poderiam ser infinitamente melhores, apesar de estar satisfeita com o final feliz que meus personagens tiveram. Mas acreditem: se eu começasse a escrever isso aqui hoje, vocês leriam uma trama e personagens muito diferentes.
Porém, agora está tudo finalizado e não tem mais volta. Aos 21 anos e com a faculdade concluída, é como se eu estivesse encerrando dois ciclos da minha vida, completando duas missões diferentes. Nenhum dos personagens de Power é baseado em ninguém – talvez o Robbie do início seja o que tem um pouquinho da minha preguiça – nem em nenhuma parte do que eu vivi, mas hoje eu não consigo desvencilhar a história da minha própria vida de jeito algum. Power faz parte de mim e eu estou em cada linha de Power.
E, por causa disso, ainda não decidi se vou ou não mudar o meu username aqui do Wattpad para combinar com o meu próprio nome, mas essa é definitivamente a última vez que assino com o pseudônimo. Assinar como Callie Dornan é uma fase da minha vida que acaba junto com Power e com a faculdade. Hoje, diferente de quanto eu tinha 16 anos, não sinto mais necessidade nem vontade de usá-lo, então não estranhem se, qualquer dia desses, eu trocar de vez o user, que mantenho mais por carinho ao nome do que por qualquer outra coisa (e também porque as pessoas já se acostumaram a me chamar de Callie, fazer o que?).
Ademais, eu espero mesmo que vocês tenham gostado de acompanhar POWER. Tenha você vindo do Orkut, tenha você chegado aqui em 2015, quando comecei a postar com frequência no Wattpad, tenha você chegado aqui ontem, muito obrigada por abrir a minha historinha e me dar uma chance de contá-la a você. Espero, do fundo do meu coração, que você tenha se divertido e gostado, ao menos um pouquinho. Se isso aconteceu, por favor, não se esqueça de me dizer o que você achou de tudo, seja por comentário ou mensagem privada. E, se você deixou de votar em algum dos capítulos, que tal deixar uma estrelinha lá? Vou continuar por aqui e nunca vou deixar de ficar feliz em receber as estrelinhas e comentários, prometo! ;)
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POWER
Teen FictionP O W E R conta a história de Peter Cartwright, Oliver Fleshwood, Wendy McGarden, Ellen Fawkner e Robert Johnson, cujas vidas passam a se interligar profundamente a partir de um acidente em uma excursão escolar. Aos poucos, os cinco começam a sentir...